5.11.2009
Momentos Paulistanos *08
Noite num condomínio da periferia de São Paulo. As meninas novas, sabedoras de tudo e suas entranhas ardentes, conversam e riem; de um lado os meninos, do outro as meninas. Os meninos falam sobre o primeiro baseado, se mostram para as meninas, que por sua vez se fazem de desentendidas e apenas riem. De um lado é a "a irmã", de treze anos, do outro "o irmão", com seus dezenove, este por sinal, só ouvia as mentiras dos meninos, enquanto observava a reação de sua "irmã". O irmão, era dependente químico e viciado em sexo, mas era novo nessa turma, veio da casa de sua tia do interior, com quem morou quase a adolescência toda, foi expulso do colégio por atentado ao pudor a professora - enrabou-a enquanto ela procurava o giz que havia caído no chão.
A irmã, sempre muito tímida, sonhava em perder a virgindade com um rapaz bom, trabalhador e que eles tivessem mais de três anos de namoro, seria o suficiente para conhece-lo.
Naquela noite, ela entrou no banheiro para se banhar, o irmão entrou em seguida, impedindo-a de fechar a porta. Ela forçou, ele resistiu. Estavam só em casa, sua irmã mais velha, lésbica, tinha ido tocar num bar de Pinheiros; sua mãe viajado para a casa da avó para visita-la e seu pai, era falecido.
A irmã, teve medo, os olhos do irmão era assustador. Ele trancou a porta do banheiro, prendeu-a nos seus braços contra a parede e tapou sua boca.
Abaixou sua calcinha, ela chorava. Enfiou o dedo indicador na sua vagina - ela tremeu. Roçava sua jega, na bunda dela. Sussurrava malícias em seu ouvido. Botou-a de frente e apenas disse:
"Se você fizer algo, eu te mato, então faz tudo o que eu mando e goza...maninha!"
Virou-a de quatro. Meteu. Meteu. Sangrou. Meteu. Gemia. Ela gemia bastante e já chorava pouco. Eles se beijaram. Linguas, peitos, dor e paixão. Gozaram juntos.
Banharam-se. Se despediram com um beijo. Ele saiu, pra buscar o pó e ela chorou baixinho no quarto.
Ela escondeu de todos.
Meses depois. A bolsa estourou. Chamou sua irmã lésbica, e disse que ía ter o bebê. Ninguém sabia. A irmã, não entendeu.
Nasceu o bebê, menino, bonito, sem defeitos, sem roupas e sem enxoval.
A "irmã" apenas chorou quando soube o resultado:
ele "também" era soropositivo.
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5 comentários:
Verdades q parecem mentiras... existem tantas...
Obs.: É o Hugo no blog da Marcela tá - rs
nossa que história forte... nada mais que muitas realidades no país afora...
Boa semana pra ti!
Uau...Um dos momentos mais vicerais!!!
que bom, mais um momento pra calar e dar aquela pontada no estômago...
impossível não ficar triste por saber que é tão real e que acontece muito mais do que se pode imaginar...
abraço Adri...
bjo
vah
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