1.31.2009

Manhã de Sábado



Hoje saiu sol, hoje tá quente
Hoje eu posso calçar chinelos,
Colocar meus grandes óculos escuros.

Hoje amanheci em paz...
em paz comigo.
Hoje eu tô feliz,
feliz por que hoje...
Hoje é sábado!

(Adriano Veríssimo)

1.29.2009

Brilho da Estrela

(SEM IMAGEM - NÃO HÁ IMAGEM PARA O QUE VOU ESCREVER)

Por hora gostaria de ser uma estrela
aquela estrela que é planeta e se confude
Sozinha no espaço constelado

Ela brilha, sabia?
Ela tem luz própria, sabia?
Ela embeleza um céu escuro, sabia?
Só que não se percebe, por que não olhas pra ela

Por mim faria outra pessoa
Que visse o brilho da estrela sozinha,
que se viu um dia
A estrela chora calada e não perde o brilho
por que ela sabe que existe um universo todo
para observa-la e admira-la
Mas ela chora...
e com razão.

...por estar sozinha...
Ela chora!



......


quieto, bem quieto
mudo
as palavras e os vídeos
me deixam "mudo"

mudo de lugar
quieto

1.27.2009

Folha Seca



Quando a gente chora de corpo aberto
o dia fica leve...leve como uma folha seca
só que a folha seca, quebra e se esfarela...
se esfarela quando uma mão cruel a esmaga.
Por hora, não há nada, além da mão que esmaga
só o apelido que me guarda e mais nada:

Folha Seca...
que me cerca.
Se me pergunta: Por que?
Respondo:
...Por nada.

1.22.2009

Vias, Vê e Verá


Tu que vias andorinha e sabiá
Em mim um beija-a-flor acarinhá
Vem cá me dê sua pipa e vem voar
Jeitinho seu de mostrar o que é amar

Tu que vê naves e aviões
num infinito de constelações e clarões
Hoje não sonha, não mexe
aos poucos de criança, envelhece

Tu que verá jaguatirica e tatu
Numa terra vermelhinha e céuzinho azul
Se joga nesse rio, se quiser acompanho tu
Nos jogamos sem medo de corpo limpinho e nú.

( Adriano Veríssimo )

1.20.2009

Candura


Passou o trem perto da igrejinha
Passou a senhora e a menininha
Andou longe o casal em sincronia
Encostou e feriu o acidente na rodovia

Molhou a chuva forte aquele menino orgulhoso
Corpo a corpo, na cabana, sussurro meloso
Concha, abraço, beijo no pescoço
E na cabeça o chapéu do outro

Passou o dia, passa lua
O grito mudo, a carne crua
Mergulhou fundo na lama suja
Cá dentro dói e a mão sua.

Jogou a sorte no lixo da rua
Pesou na balança da candura
Obedeceu o desejo, volúpia
Passou detalhes e o pedido de desculpas

Passou o boi e no chifre: um laço
Borrou e coloriu o rosto do palhaço
Na calçada a marca e os estilhaços
E na estrada longa marca d´outros passos

Melindrou, cutucou, sacudiu
A pedra atirada do menino, feriu
Esfumaçando a obra de arte que sumiu
Na semana anterior em que o sentimento faliu

Passou o passaro e a bandinha
O menino e a prainha
E a perola na ostra, era amor
que se tinha.

(Adriano Veríssimo)

1.13.2009

I miss you

Manhã mansa
filha de um sentimento
que esquenta e faz doer
nesses dias longos
que não vem me ver.

1.09.2009

Prova de Fogo


Dói, sangra
parece hemorragia
escorre por todos os cantos internos,
difícil é estancar da cabeça
e do coração;
Mexe ponteiros do dia
e do inferno, a noite.
Triscando na ferida, presente,
que não cicatriza. Lembra.
Balança a folha seca
num deserto quente
ardendo claramente no azul infinito do céu;
é a dor elegante
de sofrer distante
do amor amante
bajulado e aceso
numa prova de fogo
que eu mereço e não esqueço.

(Lígia Slywitch e Adriano Veríssimo)
*resultado de scraps inertes, mas cheios de intenções.