8.31.2007

Lugares Proibidos

" A você que me dedica o pôr-do-sol de um Domingo inexpllicável e eu te dedico a lua de um Sábado longe de ti.
O que acontece entre nós não entendo, e não quero entender, vou deixar a razão muito longe disso tudo. Estou extasiado! E as palavras somem quando não tenho o tal do teu Beijo..."


Lugares Proibidos
(Helena Elis)

Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem data
Chega mais cedo amor
Eu finjo que não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já


Beijo no coração,

Adri Veríssimo

8.29.2007

[...E que eu...]

Quem nos dera poder ser 10% porcento de uma criança e conquistar a sabedoria e a inocência e a virtude de ser e gostar do que realmente é. Máscaras! Usamos máscaras o tempo todo, será que ainda nos reconhecemos? Será que reconheço o homem que realmente sou? Você por acaso sabe o que gosta, o que sente, o que deseja?
Obrigados a pensar em vãs filosofias de vida, de agradabilidade dos nossos derredores. A que ponto chegamos? Botamos fé em qualquer coisa, cremos que somos infalíveis, sem saber que não conhecemos o suficiente. Não quero aqui levantar bandeira para nada, e nem para coisa alguma, quero expor o meu pensamento - ridículo? Talvez, mas é meu e ninguém me tira. O que mais podem tirar de nós, além do caminho, da nossa felicidade, do amor, do verde, da paz, do querer, do poder, de ser, de agir, de, de, de, de tantas coisas que passam em minha cabeça nesse momento.
Semana passada, estava eu vindo no ultimo trem, era quinta feira, eu lembro bem, eu estava cansado, depois de um dia exaustivo de trabalho e de um ensaio meio estranho, vinha eu no trem, com poucas pessoas, e na estação de Presidente Altino, uma antes de eu descer, entram a mãe e dois filhos, de no máximo, uns 10 - 12 anos, pequenos, desnutridos, (e sem preconceito algum, pelo contrário, posto aqui pela revolta ) negros. Estava frio, e eu estava com blusa e toca, e ainda estava friozinho, e eles estavam de bermuda e de chinelos, com uma blusa bem fina. A mãe, ela separava as balas num saquinho e os dois estavam vendendo, gritando: "Um pacotinho de bala é 50 e 03 é R$ 1,00...". Eu parei, estava levantado já, e continuei parado e olhando para os garotos, um deles me olhou e continuou a vender, eu continuei observando, e no momento, durante 02 minutos não pensei em nada, nada mesmo, não sabia o que pensar, até sair do trem e perceber que estava um pouco mais frio do que eu pensava, e que já eram meia-noite, e que eu estava voltando pra minha casa, e que ia dormir, e que eu tinha cobertor, e que eu tenho vinte e um anos e eles dez, e que eu estudei e nessa hora com essa idade eu estava dormindo, e que eu sou mais um ser humano mesquinho, ridículo e idiota que mora nesse planeta................

Adriano Veríssimo

8.25.2007

Filmes Proibidos

[...]
Você percebe um ponto interno de corrupção. Um sinal vermelho. Não avançar, diz o aviso. É melhor cair fora e você sabe disso. É o momento certo de dizer não. Virar as costas e dizer não.
Você detecta sua forte atração pelo proibido. E vai, está indo, está desobedecendo seu bom senso e se deixando levar. Maldita curiosidade.
"E porque não fazer a escolha errada?", perguntei a mim mesmo.
"Você é um idiota. Completamente louco e idiota", me respondi.
Certas pessoas preferem o inferno. Um lugar particular onde deixam na porta todas as culpas acumuladas.
Deveria constar de sua ficha técnica: pessoa obsessiva.
Você não se importa. A lâmpada acende, pisca. Soa o alarme. Você ouve a sirene, sabe que ultrapassar signifca perigo, que é território minado. Mas você deixa detonar.
[...]

(Trecho do livro "Filmes Proibidos" de Bruna Lombardi)


8.24.2007

Taxi to daydreams/Taxi para o devaneio

Gostaria de convidá-los a assistir o curta que gravei ano passado, que esteve no Festival de Berlin e agora está participando do Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

Filme: "Taxi to daydreams/Taxi para o devaneio" direção: Ansgar Ahlers e Dirk Monthey.

Elenco
Pierre Semmler (taxista)
Daniel Torres (Dio)
Adriano Veríssimo (Fabio)
Guntbert Warns (Drunk)
Isabella Parkinson (Brasilian Woman)


Salas de Exibição/Horários:

24/08 - Cinemateca (Sala Petrobrás) às 18hs
26/08 - Cinemateca (Sala BNDES) às 18hs
27/08 - Mis (Museu de Imagem e Som ) às 15hs
31/08 - Centro Cultural de São Paulo às 18hs
31/08 - Cinusp às 19hs
02/09 - Centro Cultural de São Paulo às 20hs


Vejam a programação do Festival no link abaixo.
E também o link da Produtora Forseesense, onde explica mais sobre o filme.


Beijo grande,
Adri Veríssimo



8.23.2007

Libra

Entenda um pouco mais a pessoa de Libra...

Alguns amigos o convencem a passar num vernissage logo ali na esquina do restaurante onde vocês vão jantar. Nem bem você atravessou aquela parede humana na entrada da galeria e um sujeito simpático dispara na direção de seus amigos. "Oh! há quanto tempo." E para você "Acho que ainda não fomos apresentados, mas já ouvi muitos elogios ao seu talento." "Estou incrivelmente feliz em revê-los" - ele continua - "A exposição está incrível. Acho que é a melhor do ano. Os títulos dos quadros são incrivelmente modernos, não fica nada a dever ao Soho. Fiquem à vontade, o vinho que estão servindo é incrível. Não desapareçam, heim, agora que eu reencontrei vocês, não perco mais." Envaidecido pelo reconhecimento fulminante da sua pessoa - você, que pensava ser um peixe fora d'água num vernissage - cabe-lhe perguntar: "Mas, me digam, quem é esse cara tão atencioso? o dono da galeria? o marido da pintora? o patrocinador dos convites?"


Nada disso - provavelmente, nem a pintora nem galerista o conhecem, pelo menos até esta noite. Ele é, simplesmente, cem por cento libriano. O grande promoter do zodíaco. Alguém cujo sincero desejo de agradar supera todas as convenções.
[...]

Um libriano faz as honras da casa até quando a casa não é dele: nada é mais vital para a balança do que os rituais sociais e as boas-maneiras, aí incluídos elogios à queima-roupa, frases sob-medida e olhares derramados. Mas seria uma calúnia afirmar que ele não passa de um hipócrita bajulador. O libriano acredita honestamente que aqueles quadros da exposição são divinos, e que ter conhecido você foi a coisa mais importante da sua vida - pelo menos até sair para o próximo vernissage.
[...]
O desejo de agradar da balança está intimamente ligado à imperiosa necessidade de que todos o vejam como a criatura mais agradável da face da Terra: por isso ele se empenha tanto em se tornar a imagem mais charmosa e comentada da noite, competindo inclusive com os próprios quadros. Libra precisa ser aceito socialmente - e isto não é exatamente um defeito. Para um aquariano ou escorpionino, incapazes de dar a devida importância às aparências, este signo regido por Vênus pode parecer um tanto fútil. Mas isso é puro preconceito.

.....
Não pense que estou me gabando, dizendo com gosto "que sou libriano", mas que é o melhor signo do zodíaco, isso todos vão concordar comigo. (risos)
Adriano Veríssimo

8.21.2007

Distância Minha

Distância Minha
Quero te ver
Mesmo não te conhecendo
"Distância minha"
que os dias sejam melhores
e que essa atração
seja mais forte e intensa
Enraizada as nossas virtudes,
concentrada aos nossos valores
E que os dias sejam diferentes
"como já estão sendo"
Como coqueiro verde
reluzente ao sol
Alto, belo e verde
sombra na praia e refrescante sensação
Exuberante forma
Que melhora o dia
com suas mínimas mensagens.
( Adriano Veríssimo )

(Foto: Coqueiros da Praia de Coroa Vermelha - By Adriano)

Ahh! Como estou bem!

De volta a vida rotineira. Depois de pequenos dias de férias, é bom voltar, ou melhor, explicando-me, não voltar a trabalhar, e sim estar mais presente ao meu canto. Estava com saudade de expor aqui no " a bordo de uma viagem sem fim".
Estou tranquilo, tranquilo, tranquilo. Depois de alguns dias na Bahia, e de descanso em minha cama com muitas Trakinas e livros. E também varar a madrugada com bons amigos. Ahh! Como isso foi bom...Poder rodar com o Boi no dia da Cultura Popular pela Paulista, e ver o mundo em movimento e não por detrás deste computador.
Poder beber uma cerveja a qualquer dia, sem temer a resseca do dia seguinte. Comer, comer e comer sem pudor, e sem pressa.
[suspiro] Ahh! Como estou bem!
Tantas coisas acontecendo, tantos planos previstos para o futuro, não tão longínquo. Tanto Maracatu, tanta música, tantos ensaios, tantas praias, tantas brisas do mar no rosto, tantas e tantas risadas...
[suspirando] Ahhhh! Como estou bem!
E além de tudo, ainda melhor, por estar assim, conhecendo, me agradando, com essa pessoinha que em poucas palavras "está me fazendo parar e pensar"...Muito me agrada. Estou bem com isso. Ainda é cedo em falar, mas é impossível não pensar.

Essa mensagem é só para dizer que estou de volta, que estou bem, que estou sorrindo para o dia e palpitando pela noite.

Simplesmente feliz!

( Foto: Meu pé na Praia de Coroa Vermelha - By Adriano )