6.04.2009

Uma canção lenta...

lembro
que já vivemos sim
e morremos um pro outro também,
veja bem a distância é assim:
velamos hoje e quem sabe amanhã, o enterro.
tudo o que me fez, me fez viver, me fez chorar,
em mim muito doeu,
mas nada...nada aqui dentro de mim pode mais sangrar.
eu sei, você não diz,
eu sei que você chorou.
meço, mas peso com minhas palavras
e a mágoa que tens de mim, é o tamanho
do que sinto, incertamente, hoje por você.

sinto falta do seu olhar,
mas só por um minuto,
a saudade que eu tenho,
é longa, dura...dura o tempo de uma canção.

um ano se passou
e nada, nada...nada que passou adiantou, só
fotos, ilusões
de uma vida certa, incerta, mala aberta, sonhos, coração,
tudo em vão,
mas não tem revolta não, eu só quero você se encontre,
saudade até que é bom, é melhor do que andar vazio;
ouço mais essa e não sinto,
ando anestesiado em meu jazigo,
se quiser, mande flores,
é o que resta em meio as dores.



(Adriano Veríssimo 12/05)

4 comentários:

Homero disse...

um é ano é suficiente pra saber como é doer. Lindooo!!!

Renata (impermeável a) disse...

esta dor é linda.


eu sei.

Cícero Nascimento disse...

Lindo... triste, lindo, doloroso toda essa auxencia, e lindo tb, vle a pena o que passou? falas como se tudo nao valesse a pena, sei la!!!!
Depois que alguem morre,nao é o caso, proclamo os fatos vividos por essa pessoa, quando eu morrer quero que sorriam lembrando dos bons momentos em que passamos juntos e nao na perda do meu corpo, meu espirito esta dentro e vivo.

bjos meu anjo

Anónimo disse...

APAGUE AS VELAS!