Bateu
E eu sabia que bateria
Inventiva e ilusória
A saudade pungente
Na janela da memória
Bateu, uma semana
Que as rugas traçadas
Numa geometria angulada
Com agulha, pontiaguda
Rasgando triunfal o coração adormecido
Bateu e descarregou
A bateria e que eu sabia que bateria
Tardou a angustia
Que há horas não sentia
E lá no fundo – o canto
Do pássaro que morreu
Da musica que numa mais se tocou
O sabiá que nunca mais vi
Nunca mais cantei
E que hoje
Bateu em minha janela
Bateu, eu sabia que bateria
Quando ele foi
A bateria descarregou e eu não ouvi
Nem cantei a sua musica
Meu eterno sabiá.
9.29.2010
9.23.2010
NEUTRO
Eis o período de desaguar
De acender o fósforo
Visceralizar
Botar fogo na alma
Congelar as emoções
Eis o período temido
[A.Veríssimo]
De acender o fósforo
Visceralizar
Botar fogo na alma
Congelar as emoções
Eis o período temido
[A.Veríssimo]
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