6.20.2011

PELÍCULA

Um bar, um vento gelado na espinha, uma fruta. O menino de olhos pequenos, que em poucas palavras seguiu seu rumo, sua estória, seu jeito manso de dizer e seus pensamentos e desejos feito turbilhão passaram pela pequena mesa de bar. Uma cena. Um take. Um roteiro de vida sendo descrito, um protagonista e seu laboratório forçado. O homem em meio a tantos brinquedos que já não era imagem, era humanização de aparências, com seus traumas, seus segredos; sua saliva densa raramente externada. Olhos brilhantes, um coração gigante, sonhos lindos que passam dia-a-dia em aglomerada bagunça de pensamentos. Maria, José, João, Antônio, nomes que explicam a formada fonte de talento deste pequeno e intenso menino. Um corte. Gravando. E a película da vida real continua sendo rodada.

6.14.2011

E agora?

E agora José? Se visse além do horizonte, as dunas não terminariam como na fotografia. E o vôo que não levantou? O salto dado à queima roupa, foi extravagante demais para sua personalidade tímida, sua beleza introspectiva. O fusca azul, a menina na bicicleta e você ainda no mesmo lugar, observando tudo – que não mudou nada. E amanhã? O mesmo dia de sempre, que lá no fundo te incomoda, que te cansa, só uma pena que te coça as axilas e nem sequer sorri. Quinta, sexta, sábado que te aguarda e não expressa nada, nada além de mais um dia. O amor que não sofre mais por você, pois nem para amar tens forças; as musicas românticas não te comovem mais, pois “Love Songs” só tem o mesmo sabor quando o coração quer chorar. E agora? E agora José? O que faz da tua vida? O que faz dos teus dias? O que tens feito para realizar os seus sonhos?