10.16.2007

Na Febem...

(Escreverei agora, talvez, um dos maiores post que tive até hoje, mas vale a pena, pois não medi palavras...)

Nesse domingo fui me apresentar com o espetáculo a "Flor do Mandacaru" na FEBEM.

Domingo, um dia com tempo nublado, úmido, tudo favorecendo para um dia de descanso e filmes a tarde toda, mas tínhamos que nos apresentar na FEBEM do Brás, para meninos com média de 12 - 13 anos. Lá nessa unidade que apresentamos, é como um setor de triagem, ali vão os meninos que não receberam ainda julgamento, a permanência deles ali é de 03 meses, mas alguns ficam quase 01 ano.

Chegamos, esperamos um pouco, entramos e fomos revistados, tive que deixar minha mochila por que tinha um monte de coisa que não podia entrar (câmera, isqueiro, chave...). Subimos as escadas e por alguns segundos havia um silêncio sem fim, e as escadas eram no estilo giratória, então você olhava para cima, e via aquelas escadas girando em cima de você. Estava meio escuro, pois tinha uma janela, pequena, que dava uma certa claridade para os degraus.
Subimos as escadas, chegamos no UIP 10, onde íamos nos apresentar e tínhamos que passar por um guarda e era mais ou menos assim: ele abria a grade, entravamos, ele fechava aquela, e abria a outra, como uma gaiola, sabe!?. Naquele momento eu me senti mal, algum sentimento, uma sensação estranha, eu me arrepiava, e reparei cada canto, como se cada mínimo espaço tivesse algo. Comentei isso com o pessoal, e a Dolly (Larissa), também sentia essas sensações, uma hora nos olhamos e os dois com lágrima nos olhos. Mas teve um momento que quase não agüentei, foi quando vimos o primeiro menino, porque até então, não tínhamos visto nenhum.
Estávamos numa roda, esperando alguma coisa que não me lembro, enfrente a porta do refeitório, quando de repente sai um menino, baixinho, meio gordinho, com cabeça raspada, de cabeça baixa, com as mãos para trás (abertas) e pedindo "Licença Senhores, licença senhoras!", e essas palavras são ditas a todo momento, eles têm que repetir pra todo mundo que eles vêem.
Pois bem, começamos arrumar o espaço, e alguns dos meninos tinham que ajudar, a colocar biombos e tal. Aquilo me corroia, pois se via no olhar de cada um, a angustia e cara de sofrimento. Claro, que estão pagando pelo que fizeram, mas lá eles apanham e muito. O Vando, que é do elenco e dá aula de circo naquela e em outras unidades, nos contou depois, que tinha um menino lá que foi pego assaltando um ônibus, e tinham 02 policiais paisando, eles pegaram e bateram muito no moleque, que chegou lá na unidade arregaçado, com a perna quebrada e dopado de remédio não sentir dor; o moleque dormiu, e como eles acordam 04h30 da manhã, os funcionários (alguns filhos da puta!) chegaram gritando, acordando, como de costume, só que o moleque não acordou, por que estava dopado, e os caras puxaram o moleque - que estava "com aquela" perna quebrada - e como mesmo assim o moleque não acordava, pisaram na cabeça do moleque (quando ouvi isso, me veio um clarão na frente, fiquei sem pensar em nada, passado os segundos, tenha certeza, eu xinguei esses cara de todos os nomes possíveis, menos de "santo"). Essa é só mais uma dentre tantas. Afinal, os meninos apanham de cacetete, pedaço de pau, fio, tomam banham gelado no frio (isso se os funcionários estiverem de mal humor, que é quase sempre), e depois do banho gelado numa noite fria, eles dormem com 01 cobertor só - e o pior é que lá é gelado, o vento lá é mal circulado - lá, tapa na cara, é comum.














Voltando para apresentação, os moleques sentados no chão, acho que tinha uns 80 meninos, mais ou menos, e todos muito parecidos, acho que pela cabeça raspada, creio eu. Só que tinha um moleque diferente, um sentado na primeira fileira. No espetáculo eu tenho 03 aparições, e no meio da 2ª cena, de relance, eu vi aquele menino olhando diferente, diferente mesmo, não era um olhar maldoso, nada assim, de interesse, mas tudo bem, talvez fosse algo da minha cabeça. Depois eu ouvi a Dolly comentando várias vezes que ficou com a imagem de um menino na cabeça, e o Jheff também falou de um menino, e quando sentamos depois para conversar - foi foda! - Era o mesmo menino. Ele já tinha nos ajudado com os biombos, e na apresentação, ele marcou presença...(me emocionei agora)...

[suspiro pesado]

Puta, foi foda, porque arrepia de lembrar, estou desde domingo tentando digerir tudo isso. E assim, gostei muito da apresentação, pois foi um dos melhores e diferentes públicos que eu já me apresentei até hoje. Lá na Febem, já tem uma energia carregada, é tudo muito pesado, e chegar assim e fazer comédia para um público que não pode nem olhar para os lados, não é muito fácil. Mas eles riram, e creio eu que pelo menos por 02 horas fizemos aquele fim de semana diferente para aqueles meninos, que para muitos estão a margem da sociedade, estão sim, por que todos pensam que isso só acontece com quem se envolve. Que estar preso, é para quem vacila, eles vacilaram sim, mas não pense que você que tem sua "liberdade", não possa cair lá a qualquer momento.

Dizer que a justiça é errada ou que eles sofrem pouco lá dentro, é visão de quem nunca viu de perto um olhar de um menino de 12 anos, que errou cedo, que "talvez" tenha se arrependido, porém levando essa vida, que eles levam lá dentro, tenham a plena certeza, que tudo é uma semente, um aprendizado para que eles sejam um grande assassino, ou traficante, ou estuprador. Eles ficam meses, gravem isso, meses, sem se olhar no espelho; eles perdem a sua própria imagem. Ficam meses sem contado sexual, digo sem contado mesmo, sem punhetinha alguma, e aí? Como resolvem isso hein? Talvez quando saírem, estuprando uma prima sua...Que tal?

Erro de quem acha, que: tem que bater mesmo!. É sim, bate mesmo, é por que não é seu filho, seu irmão, seu amigo, ou VOCÊ. E se batesse ajudasse, acho que TODOS sairiam dali e mudariam de vida. Por que será então que o crime só aumenta? É por que o ódio cresce, a raiva predomina e a revolta é um troco.


Saí da Febem não agüentando mais estar lá dentro, mas eu sabia que eu ia sair...

( Adriano Veríssimo )

19 comentários:

Kari disse...

Caramba, fiquei toda arrepiada ao ler.

Eu acho que eles tem que pagar sim, mas não acho que devam pagar dessa forma, pois, como você disse, eles acabam sendo ensinados a ter raiva e cutivarem a revolta.

A quase um ano, quando fiz vestibular, lembro que o assunto da redação era Febem. Não lembro muito o que escrevi, mas lembro que disse que seria bom se nas Febens tivessem escolas, onde eles pudessem ser ensinados e educados. Onde pudessem ser transformados em cidadãos, já que não foram ensinados em casa.

Mas infelizmente no Brasil, tudo é sempre deixado de lado. E aqueles que tem poder, se acham superiores. Odeio isso.

Um beijão pra tu,
Kari

Alexandre Hallais disse...

Caríssimo Veríssimo,

o relato é repleto de verdades, duras verdades. De nossas janelas não enxergamos metade do que fazem por aí.
Se porrada fosse a solução, eu me casaria com uma lutadora de boxe...
É fácil dar uma porrada, difícil é estender a mão e ajudar.
Fiquei com um gosto amargo na boca, gosto de impunidade. Também não acho que os meninos devam ser tratados com santinhos, mas isso é no mínimo, covardia.
Aqui no RJ o bicho pega. A porrada estanca mesmo. Quem mora no RJ não é carioca, mas sim sobrevivente.
FODA PRA CARALHO, amigo.
A Febem do RJ é uma lástima. Entram menores infratores e saem ladrões, marginais.
Daqui de minha casa eu não consigo ver, meus olhos não chegam tão longe, mas quem são esses homens que se dizem do bem? De que lado eles estão, se é que tem lado...

Brou, a situação é sinistra e a cada dia tenha notado que o ódio é um TSUNAMI... devastador.

Há porrada no futebol, no teatro, no cinema, no metrô...
Aliás, no metrô... outro dia o cara quase me jogou na linha di trem e ainda me xingou...
- FILHO DA PUUUTTTAAA!!!
Bom, prefiro deixar sossegada a poeira e dar passagem a violência. E o cara foi embora como um touro em um Coliseu.
Só faltou o povo aplaudir... Nem me dei ao trabalho de responder...

Estamos juntos brou...

Alexandre Hallais

P.S. - Vou fazer parte da resistência até o fim de meus dias. Se esta é a liberdade, eu não quero conhecer a prisão.
BRASIL, MOSTRA A TUA CARA PORRRRAAA!!!!!

Unknown disse...

Muito bom o texto



abraços...

paz

Dani disse...

Ler o seu post me deixou com um nó na garganta.

Sou uma pessoa que preza a paz, a igualdade, o respeito, a cidadania... Mesmo para alguém que tenha de alguma forma agido contra esses princípios, o tratamento desses menores vai além da repressão dos atos infracionais.

Não dá para ser hipócrita a ponto de passar a mão em suas cabeças. Mas não dá para reeducar quem quer que seja, retribuindo a ele as mesmas condições que possivelmente o levaram ao crime.

A intolerância já os tomou como filhos. Resta a nós, especialmente ao poder público, traze-los como irmãos.

Abçs

Anónimo disse...

Eu fiquei imaginando tudo que vc descreveu.

Eu sempre tive isso na mente de que errou, tem que pagar. De não me comover com nada disso, que são pequenos, mas são "bandidos" e blá, blá blá.

Até que há dois anos eu fui fazer um trabalho no CIAD, que é onde os adolescente infratores ficam esperando julgamento. Fomos para lá para discutir alguns assuntos com eles (drogas, sexualidade, futuro...).
Saí de lá com outra noção de criminalidade, punição, adolescente infratores...
Foi uma mega lição de vida, sem exageros!

Frequentei lá por uns dois meses e convivi de perto com eles. No começo eu fiquei receosa com eles, do que eles podiam fazer. E, de fato, existiam alguns que só de olhar já colocava medo e foram exatamente esses que nem se aproximaram de nenhum de nós.

O restante dos meninos, eram meninos mesmo! como qualquer um que você possa ver na rua, sendo um infrator ou não.
Inteligentes (tinham 2 em especial, que me surpreenderam com a capacidade), bem informados (sabiam de tudo que estava acontecendo lá fora, na política, seja na novela), divertidos, engraçados, educados...
Você não imagina como sai dessa temporada de dois meses!

E escutá-los falando sobre futuro e sobre o que eles gostam, o que quere, quem amam... foi tão gratificante, sabe?

E daí ficamos nos questionando qual será o real futuro desses meninos com tanto potencial, o que a sociedade tem a oferecer, como eles sairão daquele inferno...
O pensamento sobre essas questões da violência e da punição mudam. E muito.

Erraram? Tem que pagar. Isso não se discute.
Mas que forma é essa de pagar pelos erros? Ela é justa? Ela realmente está reeducando esses garotos?
Aí a situação vai ficando cada vez mais complexa, onde envolve toda a estrutura do nosso país.

Você realmente me inspirou agora. Deu até vontade de escrever sobre essa minha experiência.

E como vc está se sentindo agora, depois de tudo que viu?
Quero saber.

Beijooos

Marcos Seiter disse...

iRMÃO,

FICO TRI FELIZ POR TU TER ESTA SENSIBILIDADE. SOMENTE UM SER QUE EM A MENTE LIMPA E A ALMA REPLETA DE COISAS BOAS PARA PASSAR. Li tudo e senti as tuas emoções quando esteve presente naquela FEBEM. Onde há aqueles doidos que acham que bater é a solução e esquecem de educar. Cadê o humanismo nisso?Cadê a libedarde de viverem de se conhecerem? É HORRÍVEL OUVIR ISSO, MAS É REAL NESSA PORRA DE BRASIL. QUE PENSA EM CARNAVAL E FUTEBOL.

FREUD ANDA DISCUTINDO COMIGO MUITAS COISAS SOBRE ISSO, SOBRE COISAS DA NOSSA MENTE. COM ELE SEI QUE POSSO FALAR TUDO, QUE ELE VAI ME OUVIR.

vALEU, IRMÃO!

aBS1!1


MARCOS sTER

Cícero Nascimento disse...

Nossa meu!!!!!

Me emocionei com tamanha descrição dos sentimentos que sentiu lá dentro...

Certa vez tive que ensaiar uma peça dentro de uma cadeia abandonada, na real um posto policial abandonado, haviam 6 cubiculos - salas onde os presos ficavam - cada um com um WC, eu sentia um peso imenso nas costas a todo momento em que estava la dentro.O clima sempre pesado vinha das camas de cimento que foram improvisadas la dentro, isso sem falar que em cada sela tinha fotos de mulheres peladas e coisas que os presos tinham um contato maior. Sentia como se ainda tinha pessoas la dentro, e como se estivesse em um quarta apertado por causa do numero de pessoas dentro do comodo.

A peça saiu, os ensaios foram pesados, discutiamos muito dentro da PM100, mas ao passar do portão pra fora as coisas voltavam ao normal, como passe de mágica.

Mas uma experiencia louca foi, isso sim...

beijos
parabêns pela experiência.

EeAfins disse...

E ai hermano tudo bem? Primeiramente parabéns pelo texto, muito bem escrito, e por isso muito envolvemente, me fez lembrar quando estive numa unidade da Febem, infelizmente para visitar um irmão, o clima é tenso e pesado, dá vontade de chorar, talvez eu chore até hoje após conter o que senti por la. No último dia 08 de outubro fez 7 anos que este mesmo irmão não estã entre nós, não fica difícil imaginar o motivo......
Resumidamente é isso!

abrs
Emerson

Adriano Veríssimo disse...

Puxa, percebi que meu post, causou um certo frisson, uma catarse em cada um...Que bacana!

Adriano Veríssimo disse...

Olá Kari!

Tenha certeza absoluta que com outros modos de tratamento eles desistiriam dessa vida torpe...Eles só deveriam conhecer o amor, um sentimento que eles só ouviram falar. A maioria daqueles meninos não chegarão aos 30 anos, sabe por que? Por que não conheceram o amor.

Condenar é mais fácil!

Me aprisiono em pensamentos, quando penso nisso.

= (

Beijo

Adriano Veríssimo

Adriano Veríssimo disse...

Meu caro Alexandre!

Fico sempre muito feliz quando vejo suas escritas. Percebo o tamanho coração que tens, e isso dá gosto de ver.

E tenha a certeza absoluta que porrada só causa hematoma, raiva gosto de vingança. Um estatística:

* 100 moleques entram na FEBEM...
* 60 são transferidos para o internato, onde passarão pelo menos 08 anos presos...
* Os outros 35 saem da FEBEM e morrem no prazo de 05 anos...
* Os 05 restantes tentam um vida comum, + apenas 01 consegue ter uma família e levar o bem para alguém...
* Dos primeiros 60, 01 chegou a líder, como MARCOLA e os outros, são os chefes do tráfico, estupradores, assassinos, contrabandista...

E isso tem fim?

Claro que não, eles não aprenderam outra coisa, a não ser, ter raiva, querer vingança e odiar polícia...
É a realidade!

Meu irmão, obrigado por se fazer presente em meu BLOG...

= )

Forte abraço,

Adriano Veríssimo

Adriano Veríssimo disse...

Reticências!

Tudo isso que acontece na FEBEM, nos Presídios, nos Centros de Detenção, no que seja, acho certo sim a punição, mas não o tratamento do ser humano como animais.

Entre esses dias me perguntaram, se tivessem matado sua mãe?
[parei, pensei]
E com certeza absoluta exigiria justição, punição. Mas ainda sim, não acho que tem que ser na condições que as coisão estão sendo levadas, ou melhor, trazidas a séculos.
Olha como o mundo está?
E é engraçado ter neguinho pagando por casos, enquanto ladrões de grande porte estão por aí neh!?
Polícia é corrupta, erram também, como todos, por que somos "denominados" seres humanos...

Obrigado pela visita em minhas terras...

Lisonjea tê-la por aqui!

Beijo

Adriano Veríssimo

Adriano Veríssimo disse...

É Candy!!!

Tens razão, acho que trabalhos sociais mudam nossos pensamentos. Eu nunca fui tão brusco em pensar: "fez tem pagar mesmo, apanhar e dane-se"...Eu sempre pensei na mãe, nos irmãos, nos filhos, pensamento não muito comuns, até mesmo naquelas discussões em família, sabe!? Que cada um acha uma coisa, e eu era o do contra. Desde de pequeno, fui daqueles meninos que quando via um briga, pensava na dor de quem estava apanhando...
Acho que sempre fui mais emoção do que razão, por isso.

E assim, pra mim todas essas experiências são validas, tanto para eu, Adriano, como para o ator, Adriano Veríssimo, que pode usar essas experiências em seus personagens. E que por sinal, estou trabalhando desde o começo do ano com um espetáculo meu, chamado "Em um mar de sangue, afogado", com base numa história que ouvi de um presidiário, no presídio de Carapicuiba, num trabalho voluntário que eu fazia.

Então pra mim tudo é útil, tanto para o crescimento como homem, como ator, e também, por que não, como escritor, posso escrever o que a imaginação não pode dizer...A REALIDADE!

= )

Feliz de tê-la como amiga Blogueira!

Beijo

Adriano Veríssimo

Anónimo disse...

Achei seu blog no da Kari!
Confesso que tenho meus limites para ler, mas seu post me prendeu até o fim.

Acho a Febem um lugar horrivel e mau estruturado.
Nunca estive la para ver, mas aqui de fora nao consigo ter dó, afinal, eles não tiveram dó quando fizeram o crime pelo qual estão pagando.
Muitas coisas la estão erradas (para nao dizer tudo) pois é um centro de "reabilitação" e nas condiçoes em que eles vivem, é quase impossivel alguem sair de lá uma melhor pessoa...
Mas fazer o que? Esse é apenas um dos resultados do nosso país, em que nada vai pra frente.

Animal seu post!
Bjos

Adriano Veríssimo disse...

Meu querido, Cícero!

Para "nós" artistas, ter esse contato mais próximo com a realidade é um baque, pois vivemos de sonhos, imaginações, com olho na vida (alheia por sinal...rs) para laboratório. E também é muito forte esse contato, por que querendo ou não, todo artista é mais sensível, tem as sensações a flor da pele, como um sentido que a maioria das outras pessoas não têm; isso é bom, mas numa situação como é essa, é difícil não sair de lá sem refletir, sem pensar e digerir o mundo que vivemos atualmente, e por que não, imaginar como será daqui algumas décadas neh!?

Adorei seu comentário!

"Saudade, muita saudade!"

Beijo

e se cuida

= )

Adriano Veríssimo disse...

Hermano, Emerson!

É o clima não é mesmo nada fácil mesmo dentro da FEBEM. É como se a verdade dos filmes, dos livros e dos comentário que se "ouve dizer", batesse ali, em segundos, na nossa frente.

E sobre seu irmão Emerson, tenha contigo que ele está melhor do que dentro daquele lugar. Afinal, ali não é lugar de ensino, educação e de aprendizagem, é uma escola sim, de revoltas, como um ABC para eles crescerem e tornarem-se o que vemos na TV.

Grande abraço meu véio!

= )

Adriano Veríssimo disse...

Olá Helena!

Fico feliz de tê-la em meu "canto"...rs

É, eu sei como pensa, e não acho que esteja errado em pensar assim, afinal, não julgo o mudo de pensar, soh acho que o futuro poderia ser pelo menos 15% melhorado, do que já sabemos de como vai ser, e isso é extramemente triste.

E sei como é ter um olhar mais racional, mas é triste ver crianças numa situação dessas~. Você assistiu Falcão - Meninos do Tráfico? É essa a situação que não temos pena, crianças morrendo, por falta de opção, que os brinquedos são armas desde de mto novos e as brincadeiras não são pega-pega, é de quem é cagueta e quem vai morrer...Me diz, isso é triste nesse país.

Em Março estréio um espetáculo chamado "Em um mar de sangue, afogado", é baseado em todos esses relatos. Eu montei para um festival uma esquete desse espetáculo e teve um puta repercussão, de crítica, de conscientização. Não sei onde mora, mas será um prazer tê-la assistindo.

= )

Beijo!

Anónimo disse...

Sim, a historia da violencia na Febem é terrivel, mas nao é só violencia, tem muitos trabalhos bons por lá. Nao pretendo enumerá-los mas acha que ajuda apenas lamentar? Apos toda essa reflexao o que pretendem fazer?vao ficar como classe dominante discutindo volencia na mesa de um restaurante e só? o que vao fazer com isso que acabaram de constatar? nada? cade a atitude? caso contrario serao piores que eles........omissos!!!!! achometros!!!!!!! ( faltou os devidos acentos pois o tecclado é america )

Anónimo disse...

AO LER ESTA REPORTAGEM EU FIQUEI SUPER REVOLTADO, ESSE PAÍS ESTÁ TRANFORMANDO ESSES MENINOS EM PESSOAS QUE MAIS TARDE SAIRÃO DE DE LÁ PIOR, TUDO ISSO PRECISA MUDAR, É TRISTE ESSA SITUAÇÃO.