11.28.2007

Semana Bethânia - Segunda

Segunda



Eu sei que atrás deste

Universo de aparências

Das diferenças todas

A esperança é preservada

Nas xícaras sujas de ontem

O café de cada manhã é servido

Mas existe uma palavra

Que eu não suporto ouvir

E dela não me conformo

Eu acredito em tudo,

Mas eu quero você agora

Eu te amo pelas tuas faltas,

Pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes

Pelas tuas loucuras todas, minha vida

Eu amo as tuas mãos

Mesmo que por causa delas

Eu não saiba o que fazer das minhas

Amo teu jogo triste

As tuas roupas sujas é aqui

Em casa que eu lavo

Eu amo a tua alegria

Mesmo e fora de si

Eu te amo pela tua essência

Até pelo que você podia ter sido

Se a maré das circunstâncias

Não tivesse te banhado nas águas do equívoco

Eu te amo nas horas infernais

E na vida sem tempo quando sozinha

Eu bordo mais uma toalha de fim de semana

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas

Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas

E pelos teus sonhos inúteis

Amo teu sistema de vida e morte

Eu te amo pelo que se repete

E que nunca é igual

Eu te amo pelas tuas entradas,

Saídas e bandeiras

Eu te amo desde os teus pés

Até o que te escapa

Eu te amo de alma para alma

E mais que as palavras

Ainda que seja através delas

Que eu me defenda quando digo que te amo

Mais que o silêncio dos momentos

Difíceis quando o próprio amor vacila


Texto: Quando o Amor Vacila - Autor Desconhecido

(Disco Maricotinha ao Vivo - 2002 )

1 comentário:

Kari disse...

Linda essa poesia! Linda mesmo!!!!

Ah! E quando se ama, ama e pronto! Por tantos motivos e por nenhum...

Beijos