Faz alguns dias que não posto aqui, ando sem inspiração. Será que inspiração é uma fase? Mas hoje fiquei com vontade de me expor, mesmo tendo nesse blog parte muito importante e secreta de minha vida. Ando sem inspiração, mas feliz, estável, sem picos de audiência, porém revendo os meu afazeres, meus conceitos, meus objetivos. Estou me considerando calculista, pois penso muito até antes de dizer: tudo bem. Creio eu, que não seja errado, pensar antes de fazer, seria errado fazer, pensar e se embananar depois. A idade chega e a nossa mente vai mudando, não minha personalidade, mas meu modo de agir e me entregar para o que me cerca. Sei que ainda estou novo, mas por muitas coisas passei nesse pequena estrada de vida até hoje; claro que todos vão pensar "eu também", todos já passamos por várias, situações parecidas obviamente, no entanto não iguais. Levo um fardo grande nas costas, a cada dia que passa percebo que vou tendo mais responsabilidade, mais amor pra dar, mais atenção, mais talento, mais, mais e mais. Isso incomoda um pouco, pois quem de nós, meros viventes, pode sempre acertar? No talento, acho mais nítido essa exigência. Na minha ultima apresentação, meu personagem era esteriotipado, mesmo eu não gostando, porque se você não balancear, fica um "zorra total" e acho que consegui fazer um trabalho que não somente para platéia rir, mas demonstrando o mundo da personagem e talz. Entretanto, logo depois tiveram algumas pessoas que disseram assim "vim esperando um bom espetáculo, afinal você estava no palco, mas percebi que você se preocupou com o corpo, com detalhes, a voz. A personagem esteve presente o tempo todo no palco. Parabéns! Eu pensei que seria um bom espetáculo, mas você arrebentou....". E aí, o que me dizem? Não pense que me gabo por isso, sendo copiosamente sincero, não me acho por isso. Claro que é bom você ser reconhecido e blá-blá-blá, porém percebi que as pessoas já vão para assistir algo bom, que elas reparam no mínimos detalhes; isso não é ruim, afinal pensei nesses detalhes, e é bom ver que está sendo reparado pela platéia e pelos amigos, só que: Eu sou ser humano e erro ( é óbvio! ), nem todos os meus trabalhos vão ser bons, estou num começo de carreira, que nem sei se me é promissora ou não, e quando eu fizer um trabalho regular ou ruim? Será que vão me achar razoavelmente bom? Bom, vou sempre tentar trabalhar da melhor maneira possível e que Deus me abençoe!
Minha velhice não é física, é de condição. Não tenho mais ânimo para algumas coisas; para alguns papos fora de sintonia, baladas e bebedeiras. Gosto de uma boa compania, uma boa conversa que vira horas e horas, um pessoal reunido bebendo, mas não enchendo a cara. Gosto de ler blogs, buscar obras na internet, poder dormir com um sono gostoso, estar a beira de uma piscina com um belo sol e nada a se preocupar, mesmo que o outro dia seja segunda, e mesmo que essa segunda-feira seja chuvosa. Estou curtindo o dia, as pessoas, o sono e eu. E é claro que como jovem que "ainda" sou, saio e danço, afinal é um dos quatro elementos da arte que amo.
Sou o mesmo, mais maduro do que ontem, mais infantil do que amanhã. E se eu porventura não te olhar, ou é porque estou em outro mundo, ou estou desligado, ou estou sem óculos ou não sou eu.
Que os próximos dias sejam melhores, maiores, diferentes e de sorte.
Bjo grande,
Adriano Veríssimo
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