12.18.2007

Perdido na Noite

A noite já não me interessa
Se você não é a buzina dos carros
Faróis acesos reluzentes
como você, altruísta.
Perdido, vago pelas ruas de São Paulo,
Leve!
Abnego meus anseios, pelos teus ombros.
As pick-ups e as luzes, o som alto e o absinto
não têm o mesmo sabor, a diversão
que tanto fazia bem
hoje é tormento de um paulistano
paulistano que não sofre, não vê,
se encontra, ama. Acho eu.
A sua boca não tenho
se é que algum dia tive.
As vésperas do Natal
E fico assim, solitário, na minha solidão.
Não estou bem, muito menos mal
com sono, talvez.
Mas tive a certeza, nessa noite
que você é o que falta para minha vida
ter o sentido que tanto procuro
tanto necessito
Fadiga!
Te vejo amanhã?
Que bom, talvez amanhã esteja melhor,
podendo disfarçar a falta que tua presença
me faz.
Perdido na noite, vago, sem você...
...infelizmente.

(Adriano Veríssimo)

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