7.09.2007

Fulga



Me tortura saber que não estás aqui, onde meus olhos possam te admirar, meus abraços te aconchegar, minhas mãos acariciar seu rosto que tanto me faz bem.
Porque o circuito da vida nos faz menores do que já somos? o inferno astral ainda não chegou e mal acabou o do ano passado.
Sua escolha, seus medos, são respeitados por mim, mas não são admirados. Sendo que sua fulga terá um fim, e é uma pena que tenhas que correr tanto, parar cair neste corpo que te aquece.
Fugir de que? Se você já disse eu te faço bem. Fugir pra que? Se é apenas você abrir os braços e ser feliz. Fugir pra onde? Se é nessa matéria, que se satisfaz. Ter medo de que? Sendo que o tempo passa, os nossos anos estão correndo e enquanto mais tempo tivermos juntos, menos fugiremos um do outro.
Fulga cruel, sem pé e nem cabeça.

Tens o direito de fugir, porém preste atenção, e aprenda o caminho para não se perder quando resolver voltar.

Love,

Adriano Veríssimo

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