Um senhor toda manhã fazia sua rotina de passar na banquinha de jornal do Seu Abreu e tomar um café forte na padaria de esquina de sua casa. E enquanto ele fazia todo esse percurso, sua esposa, uma senhora de pele branca, com olhar doce, ficava na varanda observando seu marido. Aguardava ele voltar com os pães e como de costume de ele lhe dar um beijo na testa junto com as palavras " Te amo querida! Vamos tomar nosso café? ", toma sua mão e a leva para dentro de casa e lá tomam seu café, diário, a mais de quarenta anos.
Um certo dia, o senhor não passou na banca de jornal do Seu Abreu e nem tomou o café forte na padaria. Nos dias seguintes também não. Os amigos de anos, acharam estranho e foram até a casa do senhor, e lá estava a senhora, sentada, descabelada, de quem não fazia outra coisa a não ser ficar sentada aguardando. O senhor havia morrido, e a senhora desde o primeiro dia ficou na varanda aguardando ele voltar da padaria, e ele não voltava. Esperançosa, ela permanecia. Meses a espera, até que um dia encontram a senhorinha, na mesa da casa debruçada, com o jornal numa mão e um pãozinho na outra. Hoje ela toma café com seu amor no céu. Afinal a vida sem amor é rotina, mas com amor é prazer. Ela pode ter sido covarde de se entregar a morte, mas foi muito corajosa de entregar sua vida para estar com seu amor, matutino, sincero e feliz.
( Autor - Adriano Veríssimo 26/01/07 11h30 )
Dedico a você que ama e espera!
Bjo grande,
Dri Veríssimo
1.26.2007
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2 comentários:
Verísismo,
O amor é uma força inexplicável de atitudes e gesto.
Muito lindo conto cara, parabéns!!!
abraços,
Mais um pra coleção de pérolas, heim, Adriano?
Muito bom.
Nós, do Rabo de Kalango, queriamos muito conversar com você e com o Hugo. Gostamos muito do trabalho de vocês, "Devaneio" no FENAPO 2006. Antes do festival, estavamos engajados em um projeto que segue a mesma linha.
Se lhes interessar, estavamos pensando em conversar nesse sábado à tarde (dia 3/2/2007).
Esperamos resposta.
Abraço!
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