5.30.2007

Homenagem as Mulheres!

Hoje resolvi homenagear as mulheres. Essa maravilhosa criatura que Deus criou. Entre elas minha mãe, que é para mim um dos melhores exemplos de mulher ( paparicação de filho..rs)

Mas sério! Para nós homens é fácil criticar, mas não sabemos ao menos o valor que está em cada panela na hora do almoço de domingo para um mulher, mãe de família.

Belo exemplo é essa poesia da incrível Elisa Lucinda.


Aviso da Lua que Menstrua

Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia

Barriga cresce, explode humanidade
se ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita...

Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.

Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.

Cuidado moço, quando cê pensa que escapou é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga é que tô falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.

Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.

Não vá sem ser convidado ou sem os devidos cortejos...
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.

Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente.

Ela é uma cobra de avental.

Não despreze a meditação doméstica.

É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofia
cozinhando, costurand
oe você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...

Você que não sabe onde está sua cueca?

Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.

E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.

São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?

O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.

Vaca e galinha...ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.

Tá, não, homem.

Tá citando o princípio do mundo!

( Elisa Lucinda )


Bjo grande a todas as mulheres!

5.27.2007

Água, Sal e Espuma..

Dedicarei
Essa poesia feita de águas salgadas e mansas
E com minhas palavras te levarei ao fundo do mar
Sem precisar respirar

No fundo do mar mora a sereia
a dona do mar
Onde as minhas poesias andam a esmo na praia
de águas mornas e sujas de areia

Confie em mim
Sou pequeno ao tamanho do mar
Mas acredite, seremos devolvidos
Sal, espuma e corpo, como entramos
Acredite!

O mundo é grande e cabe nessa janela,
O mar é grande e cabe nessa cama de amar.
O amor é como o mar,
Podemos ver o começo, mas não o fim.

Acredite!

( Adriano Veríssimo )

5.25.2007

teatro / espetáculos
TEATRO DE RUA

O Auto dos Três Santos ou Fulana dos Três Santos é um projeto concebido pelo diretor cênico Genivaldo de José para o Grupo Folclórico Lira dos Autos onde são exploradas diversas manifestações da cultura popular como danças e ritos religiosos encontrados durante as festividades juninas. A música e a dança são os pontos fortes da encenação do grupo, composto por cerca de 30 elementos. O espetáculo tem a participação do músico D Portela, remanescente do Mangue Beat, onde compôs a banda Mundo Livre S/A, que lançou Otto entre outros grandes nomes da nova geração musical do Brasil.
Grátis Dia(s) 16/06, 17/06 Sábado, às 16h na praça São João e às 20h30 na praça João Pessoa, em Araçatuba, domingo, às 10h no Páteo da Igreja Matriz de Glicério, às 12h na praça Central de Coroados, às 15h na praça Central de Bilac e as 20h30 na praça Dr. Gama, em Birigui.
SESC Birigüi

...........
É nóis na programação do Sesc MANU!!! haushaushaushauhsua
Adriano Veríssimo

5.24.2007

" Fulana dos Três Santos "


E para melhorar o clima. Estou postando agora algumas fotos que tiramos para a programação do Sesc, na qual apresentaremos dia 16 e 17/06 - Sesc Birigui e Araraquara (e algumas cidades vizinhas).

Porém estreiaremos na Escola de Artes Antonio Cesar Salvi no dia 03/06, na Festa Junina que haverá no local.

E teremos várias outras, mas não sei os locais (risos).

" Fulana dos Três Santos " do Grupo Teatral Lira do Autos ( Teatro de Rua )
Texto e Direção: Genivaldo de José



( Janueldo e Januelda )

Com: Ana Paula Justino, Adriano Veríssimo, Caroline Viana, Charles Holanda, Giancarlo Mastronardi, Murillo Marques e grande elenco.

Coordenação Musical: Edinho Carvalho

Produção: Mayara Medeiros


Luto

[ DE LUTO ]

5.22.2007

Sou puta...

Sou da noite, da Augusta enfrente ao Inferninho, a rua mais agitada de São Paulo. Aqui aos Sábados o que não faltam são programas com os mais variados homens, moleques que se acham homens, mulheres, e mulheres que se dizem mulheres, mas que comigo gostam de usar seu jeito grosseirão.
Sou puta, mas podem me chamar de Garota de Programa, é mais bonito. Ou se preferirem, de Acompanhante. É tudo a mesma coisa, mas eu sou puta. Uma puta feliz, uma puta de classe. Não com shorts minúsculos deixando a bunda à mostra, por isso poucos sabem que sou puta, mas isso não faz com que eu não consiga clientes, pelo contrário, atendo por volta de cinco a seis clientes por noite, com direito a ótimos motéis, suítes presidenciais, flats, apartamentos duplex. Qualquer puta gostaria de ter a vida que tenho, mas o que posso fazer? Sou uma puta de luxo, de não abrir as pernas para qualquer bêbado fedido que aparece. Ou chupar um moleque só por que ele é bonitinho. Gosto de ser bem tratada, de me embebedar com Chandon e ter um bom jantar com frutos do mar.
Faço de tudo na cama, sou liberal, entretanto não queiram que eu faça nada sem camisinha, pois tive uma amiga, que era a puta mais requisitada de São Paulo na década de 90. Só que ela vacilou e adoeceu com a doença que já estava superada - morreu de Aids. Depois daí, comecei a valorizar mais minha vida, e mesmo por que tenho uma filha e não poderia morrer por descuido meu. Gosto do que faço, tenho prazer, gosto de gozar em paus diferentes, mas isso não diz que não sofro. Sofri e sofro por amor, por um cliente que não me quis, ou melhor, me quis sim, só para fuder - e eu gostava - ele foi o melhor homem que peguei até hoje. Ele me fazia mulher de verdade. Gozava compulsivamente, era sobrenatural. Mas ele era casado, e eu sabia. Eu puta, e isso eu também sabia. Não gosto de falar sobre essas coisas, me deixam mal. Será que um dia, vou ser aceita com a profissão que tenho?
Por isso que continuo ganhando dinheiro. Já comprei meu apartamento, meu carro e aumento a conta de minha filha durante os anos, quero garantir seu futuro.
Sou puta, e sou mulher. Sou puta, e tenho coração. Sou puta e pago impostos. Sou puta, como você, só que eu cobro.

Beijinhos,

Keyla ( a puta )


( TEXTO - ADRIANO VERÍSSIMO 22/05/07 )

5.18.2007

Círculo Imáginário


- (...) Traçamos um círculo imaginário ao nosso redor para afastar aquilo que não faça parte do nosso jogo secreto. Cada vez que a vida rompe estes círculos, os jogos se tornam insignificantes e ridículos. E então construímos novos círculos e novas defesas.

- Pobre papai.
- Sim, pobre Papai forçado a viver na realidade.

...................

Tenham um ótimo FDS!
Adri Veríssimo

5.17.2007

Ator é aquele...

Ator
É aquele sujeito
Que
Quando você não está
Falando dele
Ele
Não está prestando Atenção.
[Marlon Brando]
Obs. Acho que isso parece mais com Librianos do que com o "ator em geral" ( risos ), mas deixa pra lá.

5.14.2007

Wotan e Lorca...

Sábado assisti o espetáculo "Wotan" em cartaz no Sesc Consolação. Espetáculo maravilhoso, com base em Brecht, porém é de puro culto a Dionísio e facetas. E fora que os atores num controle de ansiedade invejável. No estilo Teatro Mudo, mas com muito peso e com uma Expressão Corporal impressionante.

Domingo fui assistir "Lorca - Aleluia erótica em 38 quadros e um assassinato" no TUSP. Puro êxtase. Gostoso de assistir, com muita poesia. E o legal do grupo foi trazer Lorca para os dias de hoje, não por completo, mas nas musicas, na dialética. Senti uma falta, da raiz Lorquiana, da raiz espanhola, que é terra, chão. Porém curti muito a linguagem que eles trabalharam. E fora que Lorca é de um encantamento sem dimensões.



Por este motivo, resolvi postar parte de um texto de Lorca.



" Se o um é a perfeita fusão de duas metades,

nós homens somos selvas de metades

em eterna busca da impossível união.

O amor é a ânsia constante de chegar ao um,

mas se existisse o um seria a negação do amor.

Morremos sós, como metades sós. "



( Federico Garcia Lorca )


Bjo grande

E tenham todos uma ótima semana!



Adriano Veríssimo

5.11.2007

...Reconheci...

Conheci um novo amor, será que o amor me conhece?
Reconheci o que eu sempre procurei, mas será que me reconheceu?

Mesmo não tendo coragem, busco o contato - de não poder dizer.
Não posso ser impulsivo, não dessa vez. "Controle-se!", não pode falar agora, é cedo.
Tudo bem, me aquieto, sussego meus pensamentos. Ligo o som, ouço Bethânia "Debaixo d´agua tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido, só faltava respirar...".

Menos ancioso!

(tempo)

Mas o que fazer quando toma conta dos seus sonhos? E mesmo quando não sonho, penso, penso, penso! É agradável ouvir sua voz, é suave, leve e confortável.
"Não, não pode pensar assim, pode ser ilusão!" É verdade, já me iludi muito, estou com os pés no chão. Porém o que fazer quando algo te faz bem? Te faz sentir melhor. Ela é demasiadamente amigável, não precisa dizer muito para te deixar feliz.

Tudo foi muito louco, aconteceu assim: já tinha visto, ela me olhava com olhar fixo, forte, e eu gostei, mas não arriscaria, afinal eu namorava, e jamais trairia, não se enquadra nos meus conceitos. O tempo passou e hoje sei seu nome, seu telefone, seu dia-a-dia.
E daí? Será que isso ajuda em algo?
Quero pensar que sim, não quero pensar no final, até porque todos sabemos que um dia tudo acaba, mas existem coisas que sangram mais.

"Acalme-se Adriano!". Okay! Vou trocar de Cd, vou ouvir Negra Li e sua regravação da música de Caetano "Atenda os meus telefonemas, eu preciso ouvir a sua voz, acredite eu sei o que é sofrer de amor...".

Mais emoção, menos razão.

Se for atração, eu não sei não.
Se for paixão, eu não sei não.
Se for do coração, eu não sei não.
Talvez não seja nenhum desses, sei apenas que é bom.

Desejo poder daqui a um tempo dizer que esse sonho se realizou, e se ele não acontecer, tenham certeza que estou feliz nesse momento, por um desapego e uma aproximação.

[...Faz a luz do entendimento e que eu seja assim comedido...]

Bjo Grande,

Adriano Veríssimo

Augusto dos Anjos

Hoje senti saudade de um soneto que li a anos atrás. Lembro que havia decorado, mas desdecorado no decorrer desses anos. O mais famoso soneto de Augusto dos Anjos.


Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

5.10.2007



...Não estou legal...

Poesia de Sophia de Mello

Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
( Sophia de Mello Breyner Andresen )

5.09.2007

Calado

Calado

Faço desse silêncio
A agitação da noite,
Que me eleva à lua
E que me trás o sono,
Tranqüilo, nevado e suspirável.
O sono dos amantes
Mal amados e dos poetas
Que mal viveram.

Faço desse silêncio
O meu aconchego,
Da vida cheia, de lua cheia,
De campos cheios
De verdes mares.
Nessa constante transformação
Do querer mais,
Pois o muito pra mim é pouco
E o pouco, é um pouco demais.

Faço desse silêncio
Meu centro de idéias fixas
Que transmito no palco.
A transmissão ao vivo
Traz-me a verdadeira
Razão de continuar a viver.
Entendo-me menos a cada dia
E isso é ótimo.
Entendo menos o meu coração
E isso também é ótimo.
Entendo menos a vida
E isso é frustrante.

( Adriano Veríssimo - 09/05/07 )

5.08.2007

Virada Cultural...

Nesses ultimos tempos tenho postado muitos poemas, poesias, contos, porém faz tempo que não falo sobre o que fiz. Também, tem pessoas que amam saber sobre a vida alheia, mas eu não ligo (risos).

Esse fim de semana passado foi bem corrido, mas divertido também. No sábado tive ensaio do "Auto dos Três Santos" e logo depois fomos apresentar num evento da Secretaria da Cultura. Tive que sair correndo, pois tinha minha aulinha de Dança de Salão. A aula foi legal, peguei alguns passos de Bolero e de Vanerão, essas duas eu já sabia um pouco, mas é sempre bom retomar né?! E claro, continuei correndo, afinal tinha "Virada Cultural", fui para casa me arrumei, fui encontrar com minha família para comer, comi rápido e os deixei lá, e fui para o encontro do pessoal que estavam no Anhangabaú - e nem tinha trânsito né?! - me atrasei, mas encontrei a galera, encontrei pessoas que até pensei que não ía encontrar, mas que foi muito bom.

Dentro da Virada, tivemos várias aventuras, uma das mais marcantes foi assim: Eu estava seco por uma cerveja, e fui comprar com a Fernanda, ela comprou a dela e eu comprei a minha. E havia uns amigos ( Val, Gabi e Alessandro ) que estavam vestidos de palhaços/clowns e quando chegamos o Alessandro estava conversando com dois caras, que eu nem havia reparado, pensei que eram amigos dele, ofereci a cerveja pro Alessandro e ele não quis, e automaticamente ofereci para o cara que estava junto, depois que a cerveja estava na mão dele, eu percebi que era um morador de rua. Ahhhh!!! sem preconceito, mas o cara até babava, e minha cerveja todinha na mão dele e ele bebendo. Eu fiquei besta olhando! E claro que o povo riu da minha cara até umas hora neh!?

Domingo dormir muito e a noite fui assistir "a Flor de Mandacarú", onde eu vou substituir um ator. E foi legal, porque ri muito - o espetáculo é engraçadíssimo, e o grande Jheff mandou muito bem.

E tiveram vários momentos engraçados, bons nesse fim de semana. Estive com uma turma de pessoas boníssimas. Gostaria de mandar beijos/abraços para: Madú, Fê Helen, Val, Alê, Carolzinha, Keomas, Gabi, Renata, Charles, a Aline "Itaquera", o Alessandro, a Coração ( q não lembro o nome, mas que ri muito com ela ). Nos divertimos copiosamente, e como o Val disse "Ficou pra história". Realmente foi muito bom!

É isso!

Bjo grande

Adri Veríssimo

5.04.2007

Poesias de Bethânia!

Vou postar algumas poesias de uma mulher que faz algo no palco difícil de explicar. Ela faz música no teatro, ela interpreta, ela declama, ela cativa e valoriza, o palco do teatro, onde ela prefere fazer seus shows.

Essa mulher, é Maria Bethânia.


"Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou com uma carta na mão.
Antes surpreso tão rude, nem sei como pude chegar ao portão.
Lendo o envelope bonito, o seu subscrito eu reconheci.
A mesma caligrafia, que me disse um dia: estou farto de ti.
Porém, não tive coragem de abrir a mensagem, porque na incerteza
Eu meditava dizia: será de alegria ou será de tristeza?
Quanta verdade tristonha ou mentira risonha uma carta nos trás
E assim pensando, rasguei sua carta e queimei para não sofrer mais."

( Maria Bethânia )

"Sonhar, mais um sonho impossível...
Lutar quando é fácil ceder, vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender [...]
Voar no limite improvável, tocar o inacessível chão.
É minha lei, é minha questão, virar este mundo, cravar este chão.
Não me importa saber se é terrível demais,
quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz...
E assim seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição
e o mundo vai ver uma flor brotar do impossível chão. "

( Maria Bethânia )


Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

( Maria Bethânia )




............
E BÉTHÂNIA! rs...Está na trilha sonora do meu novo espetáculo...Show de bola!
Adriano Veríssimo

5.03.2007

Amoras...


"Um dia farei uma poesia pra você, olharei nos seus olhos, flor de uva, e contarei as laranjeiras que em meio a tantas árvores sobrarão apenas as amoras, vermelhas, doces e que mancham as mãos. Pois bem, não será preciso fazer a poesia, se os momentos vividos não valerem como um belo poema de amor, as palavras serão inúteis."

( Adriano Veríssimo - 20/11/06)


5.02.2007

Fotos do Santa!

Agora está na hora de postar algumas fotos novamente. Essas fotos foram de segunda-feira, véspera de feriado, antes de entrarmos no Santa. A baladinha foi loka! rs


Madú e Eu...Minha linda que amo muito!

Fernanda Helen...Um menina que aprendi a gosta muito, hoje ela é meu coraçãozinhu! T ADORO FÊ!!!

Charles, um grande amigo, um amigo do peito, irmão camarada!


Charles e Fernanda

Madú e Charles

Madú e Fernanda

Charles e "Quem vos escreve!" rsrs

" Vamú fazê bebê, vamu bebê....Vamu fazê bebê, vamu bebê" Não acaba a sessão fotos! rsrs

" Você mi-jô...Você mi-jô...Você mi jogô fora.....E se fo-dê...e se fo-dê...e se fô desse jeito não quero..." kkkkkkkkkkkkkkkkk

Ufa...Acabou!

Bjo

Adriano


Outra música!

Ontem foi um dia, e hoje amanheci com essa música na cabeça e condiz com o que passei ontem.

Chico Buarque - O que será

O que será que me dá que me bole por dentro
Será que me dá
Que brota a flor da pele será que me dá
E que me sobe as faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo me faz implorar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Que é feito aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
Que nem todos os santos será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro será que me dá
Que me perturba o sono será que me dá
Que todos os ardores me vem atiçar
Que todos os tremores me vem agitar
E todos os suores me vem encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá



..............

Que eu possa compreender meu pensamentos, meus sentimentos e meus tormentos!


Adriano Veríssimo