1.21.2007

Desabafo!

Amei! Amei mais que todas as pessoas juntas do universo, mais que os grãos de areia. Serei julgado por todos os erros, de não ter dito o tamanho amor que guardei, que por horas corroia sem mais espaço no peito, sem saliva, com sorriso, com brilho nos olhos, como jamais alguém amou. Sei que serei julgado por não ter compartilhado de tamanho amor que me pesa, que me sobrecarrega, que faz-me sentir um escroto.
Sem saber amar! amei! amei mais do que podia amar, tive fé em Deus, na Santa, no Santo, no Amo, no Padre, no Pastor, no Pai de Santo, no Buda, nas crenças, nos bares, no breu do meu quarto. Chorei! quando te encontrei, sabia que seria feliz contigo, sabia que você não me deixaria. Erro! Erro de acreditar nas suas palavras, doces e deslizantes. Mas como novo, que ainda sou, não penso em desistir. Se a vida amanhã acabar saibam que eu amei, amei mais que todas as maneiras demonstradas nesse planeta. Você pode um dia lembrar de mim, do jeito que conheceu, nesse jeito moleque, sério, emburrado, divertido e sagaz de ser. Sempre fui o mesmo que te amou, que ama.
Pena! É uma pena saber que você está assim hoje! Uma pessoa jogada ao vento, sem saber que eu sou a brisa fresca, que te eleva e te faz repousar, te faz existente e brilhante. Posso me demonstrar convencido, mas você sabe que não sou! Deixo as ruas, as esquinas e o banco da praça, para poder me enrolar no edredon, onde você não está - escolha - eu decido, desisto, de ser o rastejante. Quero sua felicidade, e é uma pena que não percebeste que ela é ao meu lado. Tolice!
E como diz a oração de Santa Sara de Kali " a terra é nosso chão ", estou me convencendo cada vez mais disso. Não subo mais as nuvens, por que você já não é mais meu céu. Infantilidade! Somos duas crianças. Quem sabe quando estivermos nos bailes da Nostalgia e eu me sentar ao teu lado, com uma voz tremula, com um peso nas costas e com benguala para poder me apoiar, te tire para dançar e possamos prozear e termos pelo menos alguns minutos de amor e maturidade, antes de morrermos.

( Adriano Veríssimo )

1 comentário:

Anónimo disse...

Olha viajante solitário,

O amor é uma virtude, e é para poucos, dói, eu sei, mas é uma ferida que cicratiza assim que encontramos um novo amor.

Achei o seu blog excelente, muito bonito, e as palavras dessa última postagem realmente foi um desabafo, eta! Que amor ein?

Abraços,