6.27.2007

Vento Mundano!

Hoje queria saber como anda o mundo lá fora. Bateu uma vontade de sair e andar, andar e andar, sem destino, só para ver os pássaros pelo céu poluído, dividindo o espaço entre os aviões e os fios dos postes. Será loucura? ou desejo?

Senti vontade de ser livre e conhecer o mundo alado ao que quero, sem propor qualquer caminho, sabendo apenas da necessidade de beber todas as garrafas de Vodka que forem necessárias e se mesmo assim, precisar, eu buscaria pelos ritmos diferentes, o vento, que quer levar esse pedaço de colcha arregaçada para outros lugares.
O mundo é grande, e cabe em minha cabeça. Maravilha poder ser um e outro ao mesmo tempo. Transpor de jeito carinhoso de ser, o fogo entre as ventas.

Quero poder conhecer o alto da montanha, que batizo como: Vale do Esquecido; onde terei minha casa de campo, e "onde plantarei meus amigos, os meus livros e meus discos" (como cantava Elis).

Só que me contradigo, pois gosto dessa cidade de gente de todo o tipo. Gente que vive, gente que trabalha, gente que viaja, gente que é feliz, e gente que a todo instante, morre um pouco, sem saber que é assim.


(Obra de Salvador Dali)
Beijo,
Adriano Veríssimo

Apresentações nessa semana!

Minhas próximas apresentações:

Dia 01/07 (Domingo)

"Fulana dos Três Santos" de Genivaldo de José
(Grupo Lira dos Autos)
às 17hs no estacionamento da Feirinha de Artes - atrás da Prefeitura Municipal de Osasco.
ENTRADA FRANCA

"Em um mar de sangue, afogado" de Adriano Veríssimo
(Grupo Experimental de Teatro LAMA)
no Festival de Curtas de Teatro no Teatro Municipal de Osasco a partir das 19hs (5º grupo).
ENTRADA: R$ 2,00

Conto com a presença de vocês!



6.25.2007

O que sou? O que gosto?

Depois de algumas discussões sobre teatro com amigos nesse final de semana (Edinho, Hugo, Ana e Maya), eu comecei a refletir sobre a "minha viagem teatral". Afinal, o que gosto de fazer? Eu sei que estar atuando para mim é como subir aos céus ou descer ao inferno em fração de segundos, onde sou masoquista com prazer, se for para chorar, choro até a ultima gota que restar e ainda se preciso torço "o pano ocular" para não sobrar nada. E se porventura precisar rir, río até o abdômen não agüentar mais. Tiro de mim a energia que não reconheço.

Tá, tudo bem, mas e aí? O que gosto de fazer? Já cantei em banda, já participei de exposição de quadros (e até vendi dois quadros meus na época - rs), já dancei, já contra-regrei, já dirigi, já fiz iluminação, já maquiei, já limpei o teatro, e por aí vai. Já fiz um pouco de tudo, porém o que me agrada mais? Eu gosto de tudo isso, fiz, faço e faria tudo novamente quantas vezes fossem preciso.

Tenho "uma viagem teatral" onde gosto de trabalhar com o lúdico, com o surreal, com críticas sociais suaves, com poesia, com paráfrases, com simbolismo, com o teatro pobre. No entanto, como ator, faço de tudo, desde comédias regionais, como espetáculos tradicionais; desde espetáculo de rua, de arena, de palco italiano, do que for.

Gosto muito de ver as minhas idéias em cima do palco, tendo atores levando a mensagem que saiu dessa cabeça desmiolada aqui para o público. Porém concluídamente, eu sou ator, e gosto de atuar, amo estar no palco, amo me fazer de instrumento para o personagem. Por isso, posso fazer o que for no teatro, mas nada substituiria o prazer de atuar, que ferve no peito. Dirijo, sim, mas não sou ainda o que pode se chamar de "diretor".




Tenham uma ótima semana!

Bjo

Adriano Veríssimo

6.22.2007

Meus amigos e suas caracterísitcias

Carol e suas depressões
Mayara e suas filosofias
Rafael e suas putarias
Hugo e suas palavras
Ana e suas aventuras
Charles e suas histórias
Murillo e suas meiguices
Madu e seus mundos
Val e seus mistérios
Gabi e seus risos
Talita e seus poderes
Alê e seus conflitos
Filipe e seu sorriso
Will e seus sumissos
Kizzy e suas crises
Jana e seu casamento
Sol e sua distância
Lili e seus movimentos
Fabinha e suas carências
Gisele e suas loucuras
Clarinha e sua autenticidade
Keomas e sua observação
Fernanda e sua simplicidade
Marcelo e suas ironiazinhas
Denise e sua quietice
Thiago e suas haves

Esses e vários outros amigos me fazem muito bem, cada um com seu jeito de ser.

Bjo grande

Adri Veríssimo

6.21.2007

Fulana no SESC - parte 02

Na noite de Sábado.
Chegamos muito tarde na Associação, e aquela fila para o banho, que sempre é muito é divertido, por que eu não espero e tomo banho com os outros e é muito bom (Terezinha que o diga. Como diz o Murillo "Que boquinha linda!" haushausa).
A princípio todos queriam conhecer a balada DA CIDADE, que lá eles chamam de Boate. E aquela espera pelo o povo, uns tomando banho, outros também esperando, outros na fila do banho ainda. Então, fomos. Acabamos por ir: Hugo, Murillo, Charles, Samuel, Felipe (Baiano) e eu, os outros íam depois. Porém o Clóvis, me mostrou um caminho, e eu convicto de que estava certo, fui guiando o povo.
No meio do caminho algo nos parou, fez com que ficassemos mais felizes, sob "a mente superior". E continuamos andando, na metade do caminho o Felipe e Samuel decidem voltar, pois não tinham certeza se íam gostar da balada e tal. Prosseguimos Hugo, Murillo, Charles e eu, firmes e na esperança da balada. Ouvimos uns barulhos de som ligado, mas percebemos que era RAP, e já tinhamos andado muito e tava tudo muito deserto e escuro. Havíamos perguntado para várias pessoas sobre a "boate da cidade" e ninguém conhecia - Eita! Como assim, alguém não conhece uma unica balada da cidade, sendo que a cidade nem é tão grande!?. E o pior que os risos vinham junto.
E eu tava meio bobo, lezo e tonto. E comecei a contar histórias de terror "Casos do Cidade Alerta", o pior foi o final. E tb perguntar para o porteiro de um prédio algumas coisas. Mas isso não vale contar por histórias de blog, tem que ser pessoalmente. Porém imaginem como três caras, rindo compulsivamente, que nem ienas desgovernadas (eu digo três, porque o Charles não estava na mesma VIBE). Ai começo a rir só de lembrar! haushaahushaushaushaus.
Por fim, depois de andar pelo menos 01h, chegamos na balada, o Hugo e Murillo resolvem voltar, Charles e eu entramos. No entanto, não seria qualquer balada, seria uma balada Open-Bar no interior, em Birigui.
A música era realmente boa, mas o povo era "mái-o-meno", o open-bar então! miaaado!!! O vinho eu não lembro o nome e o refrigente se chamava paulistinha. Bom, dançamos pra caramba, o Charles como puta que é, beijou a balada toda..(risos)...zuêra! Mas não vou ficar falando sobre beijo. Só digo que zuei, e não ía sair da balada e deixar passar batido uns novos pescoços (risos).
Voltamos para associação umas 03h30. Fiquei cantando com o pessoal um pouco, o pessoal tava na VIBE de vinho, amigos e violão. Só que não comento sobre a cara da Carol e seu bafão durante a noite e pela manhã.

Continuará...

6.18.2007

Fulana no SESC - parte 01

Contando um pouco da aventura do Lira dos Autos no Sesc. Primeiro saímos daqui tarde, houve uma pequena confusão, com desistência de um figura que é melhor não dar mais ibope do que ele quis ter. Seguimos rumo ao interior, porém tinhamos que pegar a percussionista ( a Jura ) que estava tocando num bar do lado da Vergueiro. Tudo bem, passa-se algum tempo e nada. E nesse tempo parados foi muito engraçado, por que o Gê ficou nervoso, e nós sabíamos que iriamos rir disso depois, e eu por estar com os nervos todos naquele dia, eu só ria, ria, ria.

Bom, depois de horas de viagem, com musica, buzina, e gritaria do pessoal do fundão, chegamos a Birigui. E estava com um sol limpo, forte e muito quente. Na Associação dos Artistas, onde ficamos hospedados, fomos muito bem recebidos. Tivemos a nossa apresentação numa cidade vizinha de Araçatuba as 16hs, depois tivemos uma recepção no Sesc, com alguns comes, e depois fomos apresentar numa Praça no centro de Araçatuba - o que era aquela praça? Lá tem um palco, com uma boa iluminação, com os bancos de concreto queimado em meia lua, e ao lado palco tem lanchonetes/quiosques com várias mesas no estilo litorâneo, e fora que estava com um clima super agradável. Muito me agradou aquela praça.

Na volta passamos pelo sítio de uma artista plástica que agora me fugiu o nome; fizemos uma pequena apresentação para eles e voltamos para a Associação.

Bom as apresentações de Sábado foram no estilo redondinhas, apesar de ter gostado muito da apresentação nessa praça de Araçatuba.


To be continue....

6.15.2007

A Pedra do Reino

( enquete retirada do site UOL hoje dia 15/06 )

O que você está está achando da microssérie "A Pedra do Reino"?

Tentei assistir ao primeiro episódio, mas achei tudo muito chato e complicado e acabei desistindo.
(34,85%)
Não assisti e nem me interessei. Não gosto de programas como este ou "Hoje é Dia de Maria"
(33,69%)
Gostei. O programa é sofisticado e de alta qualidade. Deveria haver mais programas deste tipo na TV.
(14,93%)
Achei o programa bem feito, mas é sofisticado demais para a TV. Quando assisto à TV, prefiro ver algo mais relaxante.
(9,07%)
Não assisti, mas ainda quero pegar os últimos capítulos. Acho que o programa deve ser bom.
(7,45%)

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Agora se explica a situação do Brasil. E também se entende o porque que a televisão brasileira não investe em programas como esse, por que o povo não gosta. Agora se entende, que ser pobre, ser rico, ser inteligente, não é algo de posição social e sim de interesse.


Bom, um dia, se estiver vivo daqui até lá, verei um Brasil mais interessado pela cultura, ou afundado na merda, que é o caminho que se toma a cada dia.

.
Que porra!



Adriano Veríssimo

Sobre amor...

[...Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile...]

Trecho da música Vênus de Paulinho Moska

Meu amigo Filipe apresentou hoje essa música e fiquei paralisado com a forma posta sobre o Amor.

Tenham um ótimo fim de semana! E desejem merda, estarei apresentando no Sesc de Birgui a "Fulana dos Três Santos".

Bjo enorme



(obra de Salvador Dalí)

6.12.2007

Dia de São Valentim!

Em nosso país hoje é o Dia dos Namorados e em vários outros países como Dia de São Valentim. Mas não somente para os namorados, também para os que se amam e isso é muito bonito, pois muitas vezes amamos pessoas e não falamos e hoje é um dia de dizer TE AMO, àquelas pessoinhas que te fazem bem e não somente para os namorados.

Hoje é um dia de fossa para muitos, de alegrias para outros. Para alguns, dia de sexo - os motéis ficam sem reservas (eita!) - e para outros dia de amorzinho.

Bom para mim está sendo um dia muito bom, mesmo não estando namorando, eu estou feliz.

Não sei se estou apaixonado.

Não sei se estou confuso.

Não sei o que eu quero.

Mas sei que estou muito bem e muito feliz!


Ótimo dia de São Valentim!

e abracem os queridos e beijem muito os seus "desejados(as)".



Adriano Veríssimo

6.11.2007

Bem, muito bem!

É bom poder mudar. Olhar os carros sem se surpreender com a rua contramão na sua frente, somente viro a direita, ou a esquerda e continuo.

É bom sorrir, poder abraçar os amigos e beijar quem te agrada. Gosto do som e das luzes da noite, gosto também do perfume no pescoço estranho.

Sinto-me feliz, porque mudei, me livrei e já me vejo em outras e outras companhias. É bom poder mudar, se sentir mais leve, mesmo estando com aquela espinha no meio da testa, fazendo o terceiro olho, mas estando bem e desencanado.

Me peguei nesses ultimos dias mais vaidoso, mas ligando menos para a minha aparência. Não, não fiquei louco! Quem me conhece sabe como sou - vaidoso demais. Porém percebi que estou cada vez ligando mais para arte do que pra mim. Me pego como profissional realmente.

"Esse corpo não é meu, é do personagem que me toma."

E quero pode viver cada momento no palco ou na rua, intensamente, assim como é minha vida. Me desligando cada vez mais desse homem que pode ser que exista ou não, mas que o que está em cima do palco seja verdadeiro e com sinceridade no olhar.

repito:

"Esse corpo não é meu, é do personagem que me toma."

.
Estou muito feliz, graças aos meus amigos e também por estar coonhecendo pessoas bacanas e que estão me fazendo muito bem.
Bjo grande,
Dri Veríssimo

6.05.2007

Seja você, e não eu...

Queria transmitir algo nessa mensagem. Algo nem bom e nem ruim, somente algo.
Para você que busca sua identidade, faça o seguinte: tente buscar os seus gostos, os seus interesses - tentar conhecer alguém pelo que já é aparente e conhecido por vários, não é interessante, é desprezível.
Não tente gostar do mesmo, e não vasculhe uma outra vida; não tente ser igual, e nem saiba o que a pessoa, que você diz amar, tomou no café da manhã. O interessante está na descoberta do diferente e não se fazer igual.
Goste de livros românticos, literários, dramáticos, mas não necessariamente com o mesmo autor. Cante e dance, mas não exatamente a mesma musica, o mesmo ritmo, o mesmo cantor. Fale de amor, mas com outras palavras, com outro olhar, de um outro esplendor.
Faz a ti mesmo o prazer de ver "o lúdico mundo de ter o seu mundo", o seu jeito, a sua poesia, a sua marca, o seu teclar. E, sim, poderá "encalhar" de gostarem da mesma cor, mas deixe que aconteça, não busque saber o que eu gosto, sem que eu os apresente, para mim nada vale se não for assim.



Eu gosto de Expressionismo. E, já sei, você também!

Blah!

6.04.2007

Poesia: Poesia de Antonio Vieira

Poesia
( Antonio Vieira)

A nossa poesia é uma só
Eu não vejo razão pra separar
Todo o conhecimento que está cá
Foi trazido dentro de um só mocó
E ao chegar aqui abriram o nó
E foi como se ela saísse do ovo
A poesia recebeu sangue novo
Elementos deveras salutares
Os nomes dos poetas populares
Deveriam estar na boca do povo

Os livros que vieram para cá
O Lunário e a Missão Abreviada
A donzela Teodora e a fábula
Obrigaram o sertão a estudar
De repente começaram a rimar
A criar um sistema todo novo
O diabo deixou de ser um estorvo
E o boi ocupou outros lugares
Os nomes dos poetas populares
Deveriam estar na boca do povo

No contexto de uma sala de aula
Não estarem esses nomes me dá pena
A escola devia ensinar
Pro aluno não me achar um bobo
Sem saber que os nomes que eu louvo
São vates de muitas qualidades
O aluno devia bater palma
Saber de cada um o nome todo
Se sentir satisfeito e orgulhoso
E falar deles para os de menor idade
Os nomes dos poetas populares

.............
.
Ao ler essa poesia sinta-se esbofeteado. Sinta-se com peso de não dar o devido valor aos "poetas populares".
.
Essa poesia na voz de Maria Bethânia com os tambores dando o ritmo da fala e a intensidade crescente a cada frase, me arrepia.

6.02.2007

Frio com chuva

Sábado!

êta Sábado difícil de acordar, os olhos pregados sem forças para ver o dia, que por sinal está chovendo e com um friozinho gostoso. Mas tenho que trabalhar!

- Não, não! Só mais dez minutos Zzzzz!!!.

Hoje eu amanheci amontoado, exausto, pêndulo, essa semana foi cansativa. Clientes chatos/repugnantes no ouvido, ensaios, ensaios, reuniões, ensaios, figurinos, decora texto. Não foi fácil, por alguns momentos eu pensei que não ía conseguir - mas saiu - porém ainda tem hoje e amanhã, mas falta pouco, vou conseguir.

Evoé! Evoé! Evoé!

Ontem foi minha estréia em "Flor do Mandacarú" de Genivaldo de José com direção: Guina Vitória.
Digo, sinceramente, que não foi fácil! Estava inseguro, o que não gosto! Mas algo aconteceu, baixou o personagem, o que não estava acontecendo nos ensaios, aconteceu na apresentação; com erros, é claro, porém eu conseguir ter o chamado TIME, acho que sem apelar, as vezes em apenas uma reação minha, tinha o TIME. Bom, mesmo assim, preciso me aprofundar no Grinaldo, ele tem o seu mundo, e eu preciso achar, senti apenas o gostinho desse personagem que ainda vai arrebentar.

E amanhã tem o "Fulana", que venha Janueldo, baixe nesse corpo (risos)

Bjo grande,

Adri Veríssimo