Espero trabalhar bastante para deitar e dormir um sono profundo. Ter o prazer do cansaço.
Rodar pelos palcos deste Brasil. Ser para amigos próximos uma fonte de ânimo e tripé para seu sucesso, refletido assim o meu.
Espero que o próximo ano, eu ame mais, mais do que este. Ser amado. Ser o que desejam e encontrar o que preciso.
"Desejo pouco, pra que o muito me surpreenda." ( A.V )
Ano de luz e saúde a todos!
Com amor,
Adri Veríssimo
12.30.2008
12.22.2008
SENTIR É ESTAR DISTRAÍDO
[...]
Se eu morrer muito novo, oiçam isto:
Nunca fui senão uma criança que brincava.
Fui gentio como o sol e a água,
De uma religião universal que só os homens não têm.
Fui feliz porque não pedi cousa nenhuma,
Nem procurei achar nada,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não ter sentido nenhum.
Não desejei senão estar ao sol ou à chuva -
Ao sol quando havia sol
E à chuva quando estava chovendo
(E nunca a outra cousa),
Sentir calor e frio e vento,
E não ir mais longe.
Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela unica grande razão -
Porque não tinha que ser.
Consolei-me voltando ao sol e a chuva,
E sentando-me outra vez a porta de casa.
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
Como para os que o não são.
Sentir é estar distraido.
(Pessoa - Alberto Caeiro)
Hoje cansado, com sono e com dor de cabeça, mas bem, a não ser a frustração.
12.17.2008
...pro diabo que o carregue.
Antes de mais nada, "vai tomar no centro do seu cú"...Pronto comecei a me aliviar. Sei que é podre, ainda mais eu que posto sobre amor, paixão, momentos de um cidade enorme e o escambal. Hoje me deu vontade de mandar tudo a merda, de não olhar para os lados, mandar se fuder, tocar o foda-se pra tudo. Rir das desgraças dos outros, chorar a morte da vilã da novela, berrar com quem se atrever cruzar meu caminho, encher de porrada quem falar do meu cabelo e deixar com hematomas uma pessoa aí, inconsequente.
Se eu tô louco? Tô louco do cú, como diz uma amiga, só se for.
É fim de ano, espírito natalino, amigos ocultos, presentes, risos, comidas e o que nos trás depois? Dívidas, peso na consciência do que podia ter sido e não foi, ressaca, quilos a mais e pra quê? Pra porra nenhuma. Quero que se foda os dias de luz do papai noel. Quero que tudo se lasque. Não quero pensar em ninguém, nem mesmo em quem eu quero pensar. Tudo pra merda. Concordando com R. Carlos "E que tudo mais vá para o inferno!".
Não acordei assim não, antes fosse uma noite mal dormida ou uma foda mal gozada.
Essas coisas que disse, é só a água salgada que antecede o vômito.
12.12.2008
Momentos Paulistanos...* 07
Novinha, baixinha, sorriso largo, vinte e dois anos e desesperada para esquecer um amor; saiu do trabalho, foi para casa em Santo Amaro, nada vaidosa, se arrumou rapidamente e saiu. Encontrou um amigo no metrô e foram para o Sarajevo, uma balada escura da Augusta, comemorar o aniversário de uma amiga. A balada, lugar imenso, com rock ao vivo, duas pistas de dança com som alternativo e muito espaço para amassos fortes.
Ela se acabou a noite toda e trabalhou a sexta-feira inteira.
Dormiu até meio-dia de sábado.
Ensaiou. Foi ao cinema e riu num filme de chorar.
Noite de sábado. Vila Madalena, um dos bairros mais agitados da cidade de São Paulo, com seus restaurantes, bares e baladas.
Ritmo caribenho, era o que ela ouviria a noite inteira, com bons amigos, cerveja e suor nas costas. Era aniversário de um amigo, namorado de uma amiga, amigo de todos os seus amigos e seu amigo também.
No carro de seu amigo, ouvia funk e os pancadões. Ela não gostava de funk, mas cantava e dançava se preciso, "o importante é ser feliz, porra!!!" - era o que dizia.
Encontrou parte da galera já na porta do Conexión Caribe. A animação estava certa.
Ela ria, sorria, dançava com um, rebolava com outro; amigos gays, homens e mulheres, todos a sua volta.
Saiu pegou uma cerveja com um amigo, sentaram na parte de fora da pista - área de fumantes; ela odiava cigarro, mas pediu para que ele ensina-se a fumar . Após toques dados por ele ( pega assim, traga assim, solta o ar, biquinho, cinzas no cinzeiro...) fumante de anos e caricato no modo de ser, conversaram sobre os amores, sobre os temores e sobre a falta deles - "Por isso que não vou mais amar..." ela dizia soltando fumaça pelo nariz.
Mais um ou dois cigarros.
Voltaram a pista, sentaram em outro canto com mais quatro amigos.
Jogo da verdade ou desafio.
Beijo. Strep-tease. Bundinha. Peitinho. Mordidas. Lambidas na barriga. Beijo dos amigos.
Putaria numa balada de cubanos. Ela curtia tudo. Um lugar só de tiozinhos, homens que ela jamais sairia.
Saíram da balada, quase amanhecendo, tomaram café no posto e cada um seguiu para sua respectiva casa.
Quando chegou em casa, ela não queria mais nada, estava bem cansada.
Só tomou um gole d´agua, pensou no corpo do amigo/irmão, bateu uma siririca e dormiu gostoso.
No outro dia, dor de cabeça.
Lembrou do amor que se foi sem fechar a porta. Lacrimejou, pensou, sentiu novamente a dor no peito.
Se arrumou e curtiu a noite de domingo na festa dos artistas - tocou o foda-se.
Ela não queria saber de nada, nem mesmo do amor que sentia por alguém que não saía, a sombra do que não volta e o tormento que não vai embora.
Na segunda-feira...
Ressaca.
Ela se acabou a noite toda e trabalhou a sexta-feira inteira.
Dormiu até meio-dia de sábado.
Ensaiou. Foi ao cinema e riu num filme de chorar.
Noite de sábado. Vila Madalena, um dos bairros mais agitados da cidade de São Paulo, com seus restaurantes, bares e baladas.
Ritmo caribenho, era o que ela ouviria a noite inteira, com bons amigos, cerveja e suor nas costas. Era aniversário de um amigo, namorado de uma amiga, amigo de todos os seus amigos e seu amigo também.
No carro de seu amigo, ouvia funk e os pancadões. Ela não gostava de funk, mas cantava e dançava se preciso, "o importante é ser feliz, porra!!!" - era o que dizia.
Encontrou parte da galera já na porta do Conexión Caribe. A animação estava certa.
Ela ria, sorria, dançava com um, rebolava com outro; amigos gays, homens e mulheres, todos a sua volta.
Saiu pegou uma cerveja com um amigo, sentaram na parte de fora da pista - área de fumantes; ela odiava cigarro, mas pediu para que ele ensina-se a fumar . Após toques dados por ele ( pega assim, traga assim, solta o ar, biquinho, cinzas no cinzeiro...) fumante de anos e caricato no modo de ser, conversaram sobre os amores, sobre os temores e sobre a falta deles - "Por isso que não vou mais amar..." ela dizia soltando fumaça pelo nariz.
Mais um ou dois cigarros.
Voltaram a pista, sentaram em outro canto com mais quatro amigos.
Jogo da verdade ou desafio.
Beijo. Strep-tease. Bundinha. Peitinho. Mordidas. Lambidas na barriga. Beijo dos amigos.
Putaria numa balada de cubanos. Ela curtia tudo. Um lugar só de tiozinhos, homens que ela jamais sairia.
Saíram da balada, quase amanhecendo, tomaram café no posto e cada um seguiu para sua respectiva casa.
Quando chegou em casa, ela não queria mais nada, estava bem cansada.
Só tomou um gole d´agua, pensou no corpo do amigo/irmão, bateu uma siririca e dormiu gostoso.
No outro dia, dor de cabeça.
Lembrou do amor que se foi sem fechar a porta. Lacrimejou, pensou, sentiu novamente a dor no peito.
Se arrumou e curtiu a noite de domingo na festa dos artistas - tocou o foda-se.
Ela não queria saber de nada, nem mesmo do amor que sentia por alguém que não saía, a sombra do que não volta e o tormento que não vai embora.
Na segunda-feira...
Ressaca.
12.09.2008
Hoje
Hoje é o que sinto e penso; tudo pra mim gira em torno de hoje - amanhã? Ahh o amanhã é o simples reflexo do hoje.
"Amanhã também será hoje".
Hoje é o que me importa, é o que movimenta minhas ações...Será que vai chover? Ou vou morrer de calor, suando que nem um louco? Vou ver quem eu quero hoje? Vou poder abraçar e dizer quem eu amo hoje?
Hoje, é o dia que eu espero, hoje é o dia que eu coloco meu coração para ninar, minha mente para funcionar e não ansiar nada, só que o hoje seja simples, belo e marcante.
E o mais gostoso é que o hoje existirá todos os dias.
"Amanhã também será hoje".
Hoje é o que me importa, é o que movimenta minhas ações...Será que vai chover? Ou vou morrer de calor, suando que nem um louco? Vou ver quem eu quero hoje? Vou poder abraçar e dizer quem eu amo hoje?
Hoje, é o dia que eu espero, hoje é o dia que eu coloco meu coração para ninar, minha mente para funcionar e não ansiar nada, só que o hoje seja simples, belo e marcante.
E o mais gostoso é que o hoje existirá todos os dias.
12.05.2008
Loveology
Amorologia (o estudo do amor)
Oh, que irremediável humanista você é, vamos pro cinema?
Eu vou murmurar pra você uma música sobre nada importante.
Sente-se, classe.
Abram os livros na página 42.
Porco-espinhologia,
Veadologia,
Carrologia,
Ônibus-ologia,
Trem-ologia,
Avião-ologia.
Mãeologia
Paiologia,
Vocêologia,
Euologia,
Amorologia,
Beijologia,
Fiqueologia,
Por favor-ologia.
Amorologia, eu sinto muitologia...me perdoaologia.
Que irremediável humanista você é.
Me perdoe...perdoe-meologia.
(tradução de uma música chamada Loveology da Regina Spektor, uma cantora que tenho ouvido em meu carro. INDICO)
Essa música fala muito hoje "for me".
Oh, que irremediável humanista você é, vamos pro cinema?
Eu vou murmurar pra você uma música sobre nada importante.
Sente-se, classe.
Abram os livros na página 42.
Porco-espinhologia,
Veadologia,
Carrologia,
Ônibus-ologia,
Trem-ologia,
Avião-ologia.
Mãeologia
Paiologia,
Vocêologia,
Euologia,
Amorologia,
Beijologia,
Fiqueologia,
Por favor-ologia.
Amorologia, eu sinto muitologia...me perdoaologia.
Que irremediável humanista você é.
Me perdoe...perdoe-meologia.
(tradução de uma música chamada Loveology da Regina Spektor, uma cantora que tenho ouvido em meu carro. INDICO)
Essa música fala muito hoje "for me".
12.01.2008
40 anos...depois...
Um amigo me perguntou hoje por MSN:
- Qual será sua frase daqui a 40 anos?
Respondi:
- "Amei, amei mais que todas as pessoas juntas."
Ele, continuou:
- Daqui a quarenta anos, como será "Adriano Veríssimo"?
Depois de algum tempo, respondo:
- Não sei. Adriano Veríssimo poderá ser uma referência de artista. Poderá ter conseguido tudo o que sonhou aos 23 anos...
(depois de um tempo refletindo. 05 minutos)
- ...ou mais um alcoólatra da Praça Roosevelt.
"o amanhã, realmente, não nos pertence..."
- Qual será sua frase daqui a 40 anos?
Respondi:
- "Amei, amei mais que todas as pessoas juntas."
Ele, continuou:
- Daqui a quarenta anos, como será "Adriano Veríssimo"?
Depois de algum tempo, respondo:
- Não sei. Adriano Veríssimo poderá ser uma referência de artista. Poderá ter conseguido tudo o que sonhou aos 23 anos...
(depois de um tempo refletindo. 05 minutos)
- ...ou mais um alcoólatra da Praça Roosevelt.
"o amanhã, realmente, não nos pertence..."
11.25.2008
Criança
Ah criança...
Se ao menos criança fosses
Se pudesse correr e brincar
Divertir-se com os tropeços do próximo
Ser inconseqüente
Despreocupado
Ahh criança...
Que bom que se criança fosses
Calar quando é preciso falar
Gesticular e nada dizer
Berrando ao mundo, mas parado no mesmo lugar
Ahh criança...
Que ainda não sabe viver
Muito tem a aprender bebê-nhenhê
Com o rosto angelical
Abraço quente
Não deixarei que saibam
do demônio que és
Criança, Criança
Se criança fosses
poderia fazer tudo o que fazes
mas não podes mais desfrutar disso
cresça criança
o show da Xuxa acabou
e o palhaço do amor
não te visita mais
Criança...
Criança grande
fria, calculista e de poucos risos
Quem dera soubessem
que és mais maligno
e maldoso que uma
pobre criança.
Ahh Criança...
(Adriano Veríssimo)
Se ao menos criança fosses
Se pudesse correr e brincar
Divertir-se com os tropeços do próximo
Ser inconseqüente
Despreocupado
Ahh criança...
Que bom que se criança fosses
Calar quando é preciso falar
Gesticular e nada dizer
Berrando ao mundo, mas parado no mesmo lugar
Ahh criança...
Que ainda não sabe viver
Muito tem a aprender bebê-nhenhê
Com o rosto angelical
Abraço quente
Não deixarei que saibam
do demônio que és
Criança, Criança
Se criança fosses
poderia fazer tudo o que fazes
mas não podes mais desfrutar disso
cresça criança
o show da Xuxa acabou
e o palhaço do amor
não te visita mais
Criança...
Criança grande
fria, calculista e de poucos risos
Quem dera soubessem
que és mais maligno
e maldoso que uma
pobre criança.
Ahh Criança...
(Adriano Veríssimo)
11.23.2008
Isabela Taviani
Não falarei nada sobre o show dela de ontem...Fica entre a Nega e Eu...
A frase "martelante e exata" na cabeça:
"EU E VOCÊ PODIA SER, MAS O VENTO MUDOU A DIREÇÃO..."
Obs. Ela é demais!
A frase "martelante e exata" na cabeça:
"EU E VOCÊ PODIA SER, MAS O VENTO MUDOU A DIREÇÃO..."
Obs. Ela é demais!
11.21.2008
AMIGOS NO GUARUJA - ULTIMA
Tenho escrito algumas coisas, que não consigo revisar e postar aqui.
Disse que continuaria a aventura no Guarujá...Mas não quero mais, escrevo abaixo sucintamente o que houve com o amigos:
00h
O senhor abre a porta, aparentemente com raiva por ter acordado, mas calmo.
Eles animados, rindo muito.
O senhor pede para um responsável preencher uma ficha, Mayra preenche. Ele pede os valor combinado.
"Que havia sido passado como O FINAL DE SEMANA..."
O velho não conseguia explicar, e rasurava a ficha, e mudava, falava dos cálculos e nada de ser convincente.
Dino questiona que aquele valor não tinha sido o combinado pela DONA REGINA.
O velho entra pra conversar com a velha. 05 minutos e volta. Diz que é isso mesmo, que aquele valor era a diária e não o final de semana.
Dino se stressa pouco mais e quer falar com DONA REGINA.
O velho entra e 05 minutos, vem uma velha, gritando dos fundos dos quartos, descabelada, gordinha, baixinha - UMA PATA.
Ela já diz que não é isso, que não achariam lugar algum com o aquele valor (que havia sido combinado) e que eles eram arruaceiros, que lá não era assim.
Obs. Ela gritava.
Dino, educado, falando, aparentemente calmo.
Preta, stressada andando com seu cigarro pra lá e pra cá. Se alterando.
Mayra, observando e se intrometendo em alguns momentos.
Lara e Kika, sentadas. Vendo.
Dino, sobe o tom, e grita com a velha, que dizia que era profissional do turismo, sem saber que estava falando com o profissional da área, dizendo ainda que não havia comprado o diploma.
O clima esquentou.
Dino tremia de raiva e Preta não se continha.
Quando Dino lançou:
"Não vamos ficar nessa merda, mas chamo a polícia..."
Todos "É vamos chamar a polícia..."
E era celular pra cima e pra baixo. A PATA queria ligar, Preta liga para 103 (Speedy) - burra - Dino para 190.
Mayra segue a PATA, pois ela não queria falar na frente deles e dizia que o celular tava com problema.
Falações. Cigarros. Nervosismo. Mãos trêmulas.
01h20
Chega a viatura com 02 policiais.
A PATA toma frente e o velho, seu comedor, se é que consegue comer, atrás.
Preta vai e grita com a mulher.
Dino no portão ouvindo.
As outras três lá dentro, seriam apenas testemunhas.
Dino não agüenta com as mentiras da velha reumática e toma a frente pra falar.
A rua que estava silenciosa, era gritos.
A Velha disse que não falaria mais nada e entrou.
A discussão, o falatório, o disse, que aconteceu, que foi, que isso e que aquilo, durou 25min.
Sem opção, os policiais pedem para tirarem o carro da garagem do "barracão" e sugere procurar outro lugar - eles iam ajudar.
Dino olha bem para cara da velha, nunca tinha sentido tanta raiva de uma senhora como naquele momento:
"A senhora...senhora não, por que como senhora eu me dirijo a minha mãe...VOCÊ não tem nada de profissional...Você é ridícula...Espero que nenhuma sorte chegue a este lugar, sua velha filha da puta..."
Algumas lágrimas caíram dos olhos da velha. Encenação pura.
"Vocês são arruaceiros, marginais...durmam na rua, pois aqui vocês não entram..." - FECHA O PORTÃO.
Preta, não se contém e grita de fora..."A senhora é uma ridícula e não tem nada de arruaceiro aqui...sua vaca..."
(Quase 02 da manhã, com os gritos, polícia e sem lugar pra ficar...para os vizinhos, eles seriam exatamente o que a velha dizia)
02hs
Estavam dentro do carro procurando alguma pousada ou albergue pra ficar.
Dino, ainda nervoso.
Preta se insinuando para um dos policiais.
As meninas amenizando toda situação.
03 pousadas e 01 hotel. Nada se enquadrava com o valor que disponibilizaram para o final de semana.
02h40
Era a ultima opção. Não tinha mais onde procurar por ali, naquele horário.
Dino e Preta, escoltados pelos policiais, que por sinal assustava na entrada das pousadas.
E finalmente, acharam uma pousada, com diferença mínima do que tinham.
Era ali.
01 quadra da praia.
Perto de tudo.
Agradeceram os policiais e claro os comentários sobre o policial bonitão continuaram.
Porém é de admitir que os policiais foram muito profissionais e companheiros com eles.
03h
Dino e Preta, compram cerveja para relaxar.
Todos conversam e já vêm as risadas.
Por que tudo foi tão hilário, tão inesperado, que não tinha como não rir.
04h20
Depois dos banhos. De tantos cigarros e risos.
Ouve-se o silêncio no quarto.
- Psiiiu, eles estávam dormindo -
SÁBADO E DOMINGO
A Praia. Sol. Cerveja. Óleo de Urucum.
Conversa. Risos. Brisa.
Porção de camarão. Cerveja. Caipirinha.
"ELA BALANÇA MAS NÃO PÁRA...."
A música do fim de semana.
Chegada de seu amigo IGO e seu amigo POUL.
Mais risadas.
A noite. Jantar da Preta.
Açaí e sorvete.
Snooker - Dino e Lara.
Vermelhos de sol.
Café da manhã do Dino.
Enfim, o fim de semana foi no estilo perfeito.
Algumas outras várias coisas, mas que só serão importantes, engraçadas contadas pessoalmente, ou para eles que presenciaram e que têm mais uma história para contar.
OBS. O SUCINTO ESCAFEDEU-SE...rs
Disse que continuaria a aventura no Guarujá...Mas não quero mais, escrevo abaixo sucintamente o que houve com o amigos:
00h
O senhor abre a porta, aparentemente com raiva por ter acordado, mas calmo.
Eles animados, rindo muito.
O senhor pede para um responsável preencher uma ficha, Mayra preenche. Ele pede os valor combinado.
"Que havia sido passado como O FINAL DE SEMANA..."
O velho não conseguia explicar, e rasurava a ficha, e mudava, falava dos cálculos e nada de ser convincente.
Dino questiona que aquele valor não tinha sido o combinado pela DONA REGINA.
O velho entra pra conversar com a velha. 05 minutos e volta. Diz que é isso mesmo, que aquele valor era a diária e não o final de semana.
Dino se stressa pouco mais e quer falar com DONA REGINA.
O velho entra e 05 minutos, vem uma velha, gritando dos fundos dos quartos, descabelada, gordinha, baixinha - UMA PATA.
Ela já diz que não é isso, que não achariam lugar algum com o aquele valor (que havia sido combinado) e que eles eram arruaceiros, que lá não era assim.
Obs. Ela gritava.
Dino, educado, falando, aparentemente calmo.
Preta, stressada andando com seu cigarro pra lá e pra cá. Se alterando.
Mayra, observando e se intrometendo em alguns momentos.
Lara e Kika, sentadas. Vendo.
Dino, sobe o tom, e grita com a velha, que dizia que era profissional do turismo, sem saber que estava falando com o profissional da área, dizendo ainda que não havia comprado o diploma.
O clima esquentou.
Dino tremia de raiva e Preta não se continha.
Quando Dino lançou:
"Não vamos ficar nessa merda, mas chamo a polícia..."
Todos "É vamos chamar a polícia..."
E era celular pra cima e pra baixo. A PATA queria ligar, Preta liga para 103 (Speedy) - burra - Dino para 190.
Mayra segue a PATA, pois ela não queria falar na frente deles e dizia que o celular tava com problema.
Falações. Cigarros. Nervosismo. Mãos trêmulas.
01h20
Chega a viatura com 02 policiais.
A PATA toma frente e o velho, seu comedor, se é que consegue comer, atrás.
Preta vai e grita com a mulher.
Dino no portão ouvindo.
As outras três lá dentro, seriam apenas testemunhas.
Dino não agüenta com as mentiras da velha reumática e toma a frente pra falar.
A rua que estava silenciosa, era gritos.
A Velha disse que não falaria mais nada e entrou.
A discussão, o falatório, o disse, que aconteceu, que foi, que isso e que aquilo, durou 25min.
Sem opção, os policiais pedem para tirarem o carro da garagem do "barracão" e sugere procurar outro lugar - eles iam ajudar.
Dino olha bem para cara da velha, nunca tinha sentido tanta raiva de uma senhora como naquele momento:
"A senhora...senhora não, por que como senhora eu me dirijo a minha mãe...VOCÊ não tem nada de profissional...Você é ridícula...Espero que nenhuma sorte chegue a este lugar, sua velha filha da puta..."
Algumas lágrimas caíram dos olhos da velha. Encenação pura.
"Vocês são arruaceiros, marginais...durmam na rua, pois aqui vocês não entram..." - FECHA O PORTÃO.
Preta, não se contém e grita de fora..."A senhora é uma ridícula e não tem nada de arruaceiro aqui...sua vaca..."
(Quase 02 da manhã, com os gritos, polícia e sem lugar pra ficar...para os vizinhos, eles seriam exatamente o que a velha dizia)
02hs
Estavam dentro do carro procurando alguma pousada ou albergue pra ficar.
Dino, ainda nervoso.
Preta se insinuando para um dos policiais.
As meninas amenizando toda situação.
03 pousadas e 01 hotel. Nada se enquadrava com o valor que disponibilizaram para o final de semana.
02h40
Era a ultima opção. Não tinha mais onde procurar por ali, naquele horário.
Dino e Preta, escoltados pelos policiais, que por sinal assustava na entrada das pousadas.
E finalmente, acharam uma pousada, com diferença mínima do que tinham.
Era ali.
01 quadra da praia.
Perto de tudo.
Agradeceram os policiais e claro os comentários sobre o policial bonitão continuaram.
Porém é de admitir que os policiais foram muito profissionais e companheiros com eles.
03h
Dino e Preta, compram cerveja para relaxar.
Todos conversam e já vêm as risadas.
Por que tudo foi tão hilário, tão inesperado, que não tinha como não rir.
04h20
Depois dos banhos. De tantos cigarros e risos.
Ouve-se o silêncio no quarto.
- Psiiiu, eles estávam dormindo -
SÁBADO E DOMINGO
A Praia. Sol. Cerveja. Óleo de Urucum.
Conversa. Risos. Brisa.
Porção de camarão. Cerveja. Caipirinha.
"ELA BALANÇA MAS NÃO PÁRA...."
A música do fim de semana.
Chegada de seu amigo IGO e seu amigo POUL.
Mais risadas.
A noite. Jantar da Preta.
Açaí e sorvete.
Snooker - Dino e Lara.
Vermelhos de sol.
Café da manhã do Dino.
Enfim, o fim de semana foi no estilo perfeito.
Algumas outras várias coisas, mas que só serão importantes, engraçadas contadas pessoalmente, ou para eles que presenciaram e que têm mais uma história para contar.
OBS. O SUCINTO ESCAFEDEU-SE...rs
11.20.2008
CONSCIÊNCIA DO NEGRUME!
"Digo NÃO, a TODOS os tipos de preconceito, até os meus..." (A.V)
Sou nêgo e mais um monte de coisa!
Sou nêgo e mais um monte de coisa!
11.14.2008
AMIGOS NO GUARUJA
PARTE 01 - A SAÍDA
19h - Sexta-feira
Pronto, tudo pronto e muita chuva.
Enquanto esperavam a chuvar passar: uma cerveja e depois mais uma. Ouviam e assistiam na TV do bar "Amy Winehouse".
Preta, Lara, Mayra, Kika e Dino.
Quatro mulheres, totalmente diferentes e um homem.
A viagem seria perfeita ou uma merda.
O RISCO
Animados, depois de muito trabalho, íam descer ao litoral.
Uma vitória, conseguir juntar bons amigos para passar o final de semana juntos.
Eram risos e muita conversa.
Dino não se importava em ser o unico homem, já que outro amigo deles desmarcou em cima da hora.
21hs.
Arrumam as malas no carro, vão para o posto para abastecer.
Troca de Óleo, Troca do filtro de óleo = gastos extras, mas era preciso.
21h40
Estavam rumo ao Guarujá.
Eles falavam e falavam, os assuntos eram variados, mas todos falavam, todos riam.
A chuva já passava e durante parte do caminho não havia música - por causa da conversa.
Já na Imigrantes, Preta insiste em ouvir "Amy", porém antes Dino coloca uma música para elas, um funk, daqueles de baixo calão, podre, mas muito engraçado, logo essa música virou "jargão" da viagem, com coreografia e tudo mais, mas ainda é cedo para falar sobre "A DANÇA"...rs
"Você quer meu....., ou você quer minha......, ou você prefere que eu te toque uma....."
23hs
Já na baixada. Poucos quilômetros do Guarujá.
Uma bela imagem de fumaça e fogo que saía das fábricas ao lado da estrada.
Faróis altos. Motoristas com pressa.
No som, fim do cd da Amy, agora Roberta Sá.
Todos curtiam a música. Quietos.
23h45
No Guarujá.
Busca pela casa/pousada/albergue da Dona Regina.
Neste momento Lara pede para colocar outro funk, que seus aluninhos tem coreografia e tudo mais.
"ELA BALANÇA, MAS NÃO PÁRA...tugudugudugudugudu...BALANÇA, MAS NUNCA PÁRA..."
Todos animados, chegaram.
PRAIA DA ENSEADA
00h00
Em frente a casa de dona Regina.
Tentativa de foto.
Dino toca o interfone. Um senhor abre o portão.
....continuará....
próxima parte: "A VELHA PATONA DONA DA POUSADA..."
19h - Sexta-feira
Pronto, tudo pronto e muita chuva.
Enquanto esperavam a chuvar passar: uma cerveja e depois mais uma. Ouviam e assistiam na TV do bar "Amy Winehouse".
Preta, Lara, Mayra, Kika e Dino.
Quatro mulheres, totalmente diferentes e um homem.
A viagem seria perfeita ou uma merda.
O RISCO
Animados, depois de muito trabalho, íam descer ao litoral.
Uma vitória, conseguir juntar bons amigos para passar o final de semana juntos.
Eram risos e muita conversa.
Dino não se importava em ser o unico homem, já que outro amigo deles desmarcou em cima da hora.
21hs.
Arrumam as malas no carro, vão para o posto para abastecer.
Troca de Óleo, Troca do filtro de óleo = gastos extras, mas era preciso.
21h40
Estavam rumo ao Guarujá.
Eles falavam e falavam, os assuntos eram variados, mas todos falavam, todos riam.
A chuva já passava e durante parte do caminho não havia música - por causa da conversa.
Já na Imigrantes, Preta insiste em ouvir "Amy", porém antes Dino coloca uma música para elas, um funk, daqueles de baixo calão, podre, mas muito engraçado, logo essa música virou "jargão" da viagem, com coreografia e tudo mais, mas ainda é cedo para falar sobre "A DANÇA"...rs
"Você quer meu....., ou você quer minha......, ou você prefere que eu te toque uma....."
23hs
Já na baixada. Poucos quilômetros do Guarujá.
Uma bela imagem de fumaça e fogo que saía das fábricas ao lado da estrada.
Faróis altos. Motoristas com pressa.
No som, fim do cd da Amy, agora Roberta Sá.
Todos curtiam a música. Quietos.
23h45
No Guarujá.
Busca pela casa/pousada/albergue da Dona Regina.
Neste momento Lara pede para colocar outro funk, que seus aluninhos tem coreografia e tudo mais.
"ELA BALANÇA, MAS NÃO PÁRA...tugudugudugudugudu...BALANÇA, MAS NUNCA PÁRA..."
Todos animados, chegaram.
PRAIA DA ENSEADA
00h00
Em frente a casa de dona Regina.
Tentativa de foto.
Dino toca o interfone. Um senhor abre o portão.
....continuará....
próxima parte: "A VELHA PATONA DONA DA POUSADA..."
11.05.2008
Satisfação
Te vi ontem pela primeira vez, como nunca tinha visto antes. Os olhos meus baixos, os teus fechados.
A porta entre aberta de algo que não existiu, mas que mexeu. Mexeu em mim, mexeu na minha vida, mexeu no meu círculo seleto.
As palavras foram poucas, quase desnecessárias, pois elas não serviram de nada, talvez apenas pra concluir o lamento do corpo fraco e sem feições.
Queria ter chorado, seria bom, mas não foi, não aconteceu, nem umideceu.
Cantei e ainda bem que cantar faz bem.
Esqueço quando o sono vem, lamento apenas quando me convém. Minha saudade é uma forma nostálgica de enxergar o passado, que não machuca, muito menos incomoda. As vezes atrapalha o sono, pesa o dia, nada mais que isso.
Percebi a indiferença para comigo e nada posso fazer, a não ser seguir a vida, que eu amo tanto e deixar que tropece e sorria outras paisagens. Não quero nada, já não penso nada, quero uma sombra boa, um papo a toa, um sussurro que musicas entoa, amor e noitadas loucas.
Me satisfaria com você, porém me satisfaço de mim, dos que me cercam, dos que me querem, dos que me dão prazer e das noites longe de teu ser.
(Adriano Veríssimo)
A porta entre aberta de algo que não existiu, mas que mexeu. Mexeu em mim, mexeu na minha vida, mexeu no meu círculo seleto.
As palavras foram poucas, quase desnecessárias, pois elas não serviram de nada, talvez apenas pra concluir o lamento do corpo fraco e sem feições.
Queria ter chorado, seria bom, mas não foi, não aconteceu, nem umideceu.
Cantei e ainda bem que cantar faz bem.
Esqueço quando o sono vem, lamento apenas quando me convém. Minha saudade é uma forma nostálgica de enxergar o passado, que não machuca, muito menos incomoda. As vezes atrapalha o sono, pesa o dia, nada mais que isso.
Percebi a indiferença para comigo e nada posso fazer, a não ser seguir a vida, que eu amo tanto e deixar que tropece e sorria outras paisagens. Não quero nada, já não penso nada, quero uma sombra boa, um papo a toa, um sussurro que musicas entoa, amor e noitadas loucas.
Me satisfaria com você, porém me satisfaço de mim, dos que me cercam, dos que me querem, dos que me dão prazer e das noites longe de teu ser.
(Adriano Veríssimo)
10.31.2008
Fim da Canção
...você errou a cena, o texto e a marcação
O beijo final, a deixa e o fim da narração
O personagem central em pranto
a cortina se fechando
sem aplausos, em silêncio
Eu no palco, você na coxia
sozinhos, trazendo a tona
o que mais ninguém via
o subtexto do sim e do não, do Adeus
que um dia...
...que um dia foi meu.
( Adriano Veríssimo )
O beijo final, a deixa e o fim da narração
O personagem central em pranto
a cortina se fechando
sem aplausos, em silêncio
Eu no palco, você na coxia
sozinhos, trazendo a tona
o que mais ninguém via
o subtexto do sim e do não, do Adeus
que um dia...
...que um dia foi meu.
( Adriano Veríssimo )
10.27.2008
Uma canção pra você
PRA DECLARAR MINHA SAUDADE
EU FIZ UMA CANÇÃO
PRA DECLARAR MINHA SAUDADE
NO TEMPO EM QUE A ALEGRIA DOMINOU
MEU CORAÇÃO
EU ERA BEM FELIZ
MAS DESABOU A TEMPESTADE
LEVANDO UM LINDO SONHO
PELAS AGUAS DA DESILUSÃO
EU FIZ UMA CANÇÃO
PRA DECLARAR MINHA SAUDADE
USEI SINCERIDADE QUE ME DÁ
CERTEZA QUE VOCÊ
QUANDO OUVIR
O MEU CANTAR VAI SE LEMBRAR
QUE DEIXOU, DO LADO ESQUERDO
DO MEU PEITO ESSA DOR
QUE ESTÁ DIFICIL DE CURAR
EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊ
QUANDO OUVIR
MEU SOLUÇAR EM FORMA
DE UMA CANÇÃO
VAI SE LEMBRAR QUE O NOSSO AMOR
FOI TÃO BOM
QUE NÃO PODIA TERMINAR
(Arlindo Cruz)
EU FIZ UMA CANÇÃO
PRA DECLARAR MINHA SAUDADE
NO TEMPO EM QUE A ALEGRIA DOMINOU
MEU CORAÇÃO
EU ERA BEM FELIZ
MAS DESABOU A TEMPESTADE
LEVANDO UM LINDO SONHO
PELAS AGUAS DA DESILUSÃO
EU FIZ UMA CANÇÃO
PRA DECLARAR MINHA SAUDADE
USEI SINCERIDADE QUE ME DÁ
CERTEZA QUE VOCÊ
QUANDO OUVIR
O MEU CANTAR VAI SE LEMBRAR
QUE DEIXOU, DO LADO ESQUERDO
DO MEU PEITO ESSA DOR
QUE ESTÁ DIFICIL DE CURAR
EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊ
QUANDO OUVIR
MEU SOLUÇAR EM FORMA
DE UMA CANÇÃO
VAI SE LEMBRAR QUE O NOSSO AMOR
FOI TÃO BOM
QUE NÃO PODIA TERMINAR
(Arlindo Cruz)
10.21.2008
Entre amigos...
Eles se encontraram logo no final da tarde. Ela (Lara) vinha de uma sessão de fotos e ele (Dino) de algumas compras para reforma da casa. Eles comeram, assistiram um pouco de TV e enquanto ele arrumava o bar improvisado de sua casa, ela sentada contando sobre seu término, ele ouvia e também falava do seu. Fazia muito tempo que eles não conversavam assim, já era noite quando ele terminou de arrumar a bagunça que fizera. Estava sem carro, o que impediu de assistir a apresentação de um amigo. Uns amigos, do curso que fizeram juntos, os chamaram para uma festa. Receberam carona de uma amiga (Duma) e foram.
Naquela noite queriam esquecer o que passavam, queriam beber o quanto agüentassem e dançar...dançar muito. Duma, também estava neste espírito, queria sair, aproveitar os amigos e o que mais aparecesse.
Passaram antes no supermercado para comprar algumas bebidas. O sábado estava meio friozinho, em qualquer outro, eles desanimariam de sair e prefeririam um filme, pipoca e um cobertor, mas naquele sábado eles queriam que tudo se fudesse. Chegaram na casa da festa, tinha pouca gente, a maioria das pessoas não haviam chegado. Na sala, tinha um videokê, Lara e Dino, correram para cantar a musica que é de praxe deles cantarem juntos em videokê. Começaram com cerveja. Havia frutas. Chegaram mais amigos. A festa ficava animada e eles também. Riam, cantavam e bebiam. A casa, era imensa, a pista de dança na cobertura com um Dj. Dino, que não havia subido desde quando chegara, resolveu subir para ver, Lara e Duma, subiram em seguida, os três dançavam, pulavam, gritavam na janela "Eu sou puta meeeeeeeesmôooo!". Brindaram a solterisse. Diziam "Reveillon, nós na praiaaaaaa!". Não queriam saber de mais nada. Bons amigos, cerveja e música. Aos poucos todos subiram, a animação era geral, todos bebendo muito e todos também se conheciam. Dino já havia reparado num cara, que muito lhe interessou. Duma, queria o dono da festa, que por sinal, brigava o tempo todo com a namorada. Era do tipo homem, rústico. Duma, fervia por ele. Já Lara, ía na dança, não tinha ninguém que a interessasse, mas ao mesmo tempo, tudo era possível.
Às 03h30 da madrugada, Dino e Duma, desceram e foram para os fundos da casa, onde seria a lavanderia. Lá estava um grupo com dois caras e três meninas, que se beijavam, uma delas com o namorado, que observava de fora a farra. Duma e Dino, não exitaram e entraram na pegação. Eram 07 se beijando. Aos poucos foram chegando mais pessoas, eram a princípio, três caras, e quatro mulheres, depois tendo quase nove mulheres, que se beijavam. Eram trios, quartetos, duplas. Lara, quando chegou estranhou tudo, mas entrou na farra, afinal não tinha nada a perder. O cara que Dino reparava, entrou e uma menina foi logo pegando e beijando, Dino foi o segundo. O rapaz, não esperou outra oportunidade e eles começaram a se pegar. Ali na frente de todos. Estavam todos brincando. A brincadeira acabou e os dois continuaram a pegação. Duma foi para cima do dono da festa. Enquando Lara, tentava não magoar um cara, muito gente boa, que ficara.
A manhã já se aproximava. O som alto que já tinha tocado de tudo, agora melava com pagode, o que trazia uma nostalgia e sono pro ambiente. Lara parou na janela, lá na cobertura e pensou. Dino, não estava com sono, saiu e curtiu a manhã, da melhor maneira possível. Duma, ainda esperava que algo acontecesse com o dono da festa – teria acontecido tudo, se a namorada dele não estivesse lá.
Naquela noite queriam esquecer o que passavam, queriam beber o quanto agüentassem e dançar...dançar muito. Duma, também estava neste espírito, queria sair, aproveitar os amigos e o que mais aparecesse.
Passaram antes no supermercado para comprar algumas bebidas. O sábado estava meio friozinho, em qualquer outro, eles desanimariam de sair e prefeririam um filme, pipoca e um cobertor, mas naquele sábado eles queriam que tudo se fudesse. Chegaram na casa da festa, tinha pouca gente, a maioria das pessoas não haviam chegado. Na sala, tinha um videokê, Lara e Dino, correram para cantar a musica que é de praxe deles cantarem juntos em videokê. Começaram com cerveja. Havia frutas. Chegaram mais amigos. A festa ficava animada e eles também. Riam, cantavam e bebiam. A casa, era imensa, a pista de dança na cobertura com um Dj. Dino, que não havia subido desde quando chegara, resolveu subir para ver, Lara e Duma, subiram em seguida, os três dançavam, pulavam, gritavam na janela "Eu sou puta meeeeeeeesmôooo!". Brindaram a solterisse. Diziam "Reveillon, nós na praiaaaaaa!". Não queriam saber de mais nada. Bons amigos, cerveja e música. Aos poucos todos subiram, a animação era geral, todos bebendo muito e todos também se conheciam. Dino já havia reparado num cara, que muito lhe interessou. Duma, queria o dono da festa, que por sinal, brigava o tempo todo com a namorada. Era do tipo homem, rústico. Duma, fervia por ele. Já Lara, ía na dança, não tinha ninguém que a interessasse, mas ao mesmo tempo, tudo era possível.
Às 03h30 da madrugada, Dino e Duma, desceram e foram para os fundos da casa, onde seria a lavanderia. Lá estava um grupo com dois caras e três meninas, que se beijavam, uma delas com o namorado, que observava de fora a farra. Duma e Dino, não exitaram e entraram na pegação. Eram 07 se beijando. Aos poucos foram chegando mais pessoas, eram a princípio, três caras, e quatro mulheres, depois tendo quase nove mulheres, que se beijavam. Eram trios, quartetos, duplas. Lara, quando chegou estranhou tudo, mas entrou na farra, afinal não tinha nada a perder. O cara que Dino reparava, entrou e uma menina foi logo pegando e beijando, Dino foi o segundo. O rapaz, não esperou outra oportunidade e eles começaram a se pegar. Ali na frente de todos. Estavam todos brincando. A brincadeira acabou e os dois continuaram a pegação. Duma foi para cima do dono da festa. Enquando Lara, tentava não magoar um cara, muito gente boa, que ficara.
A manhã já se aproximava. O som alto que já tinha tocado de tudo, agora melava com pagode, o que trazia uma nostalgia e sono pro ambiente. Lara parou na janela, lá na cobertura e pensou. Dino, não estava com sono, saiu e curtiu a manhã, da melhor maneira possível. Duma, ainda esperava que algo acontecesse com o dono da festa – teria acontecido tudo, se a namorada dele não estivesse lá.
10.14.2008
10.13.2008
Se...
Se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra
eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...
(Alice Ruiz)
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra
eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto
ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio
daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...
(Alice Ruiz)
10.06.2008
AMO MUITO TUDO ISSO!
Comemorar aniversário pode parecer para muitas pessoas, uma maneira de obrigar que lembrem que você existe e que exige a presença delas ao seu lado naquele dia. Para muitas outras, é horrível, nada de falar, nada de comemorar, nada, nada, elas apenas não gostam de comemorar o fato do tempo passar. Outras muitas, fazem do seu aniversário um momento de concentração, de mudanças boas e para isso é necessário comemorar a dois ou sozinho, num bar, numa esquina, qualquer lugar que você possa se fazer presente a si mesmo.
Cada um, tem sua maneira de agir, reagir, comemorar, vibrar a sua data. Para mim, para que todos saibam, é a melhor data do ano. Se esquecer de me dar Feliz Natal ou Reveillon, tudo bem, eu entendo, mas o meu Aniversário é o meu Reveillon, é o meu Natal, é nele que eu sinto o calor do abraço de meus amados e queridos amigos. Eu comemoro sim todos os anos, passando pela mesma loucura de querer reunir pessoas queridas ao meu lado, comemorando o meu Ano Novo. Muitos não sabem da tamanha importância disso pra mim, eu compreendo, quem seria eu para julgar e condenar a ausência de alguém. Neste dia, não faço questão das pessoas, gosto de sentir a questão que elas fazem de estar ao meu lado, não somente de corpo, mas de alma, pois os imprevistos acontecem, só que o amor ele aquece mesmo que a distância.
Por que eu estou falando isso? Por que tive um lindo dia, um lindo final de semana, com pessoas queridíssimas. Não poderia ter sido melhor. Estava tudo lindo, a decoração feita pelo Genivaldo, os patês pela May, o som eletro-funk-groove-house-disco-samba comandado pelo Neco, o violão com o Sandro, a disponibilidade do João dono do bar, as fotos pela Suseli e o Leandro...Puxa, eu sou feliz, estou feliz, porque eu sei que tenho pessoas especiais em minha volta, as quais eu AMO MUITO.
Obrigado a todos que se presenciaram no Sábado, os que lembraram por telefone, por e-mail, por orkut, por este canto...Obrigado pelas boas vibrações e felicitações.
Beijo enorme a todos meus amados amigos e minha família!
AMO VOCÊS!
AMO MUITO TUDO ISSO!
Cada um, tem sua maneira de agir, reagir, comemorar, vibrar a sua data. Para mim, para que todos saibam, é a melhor data do ano. Se esquecer de me dar Feliz Natal ou Reveillon, tudo bem, eu entendo, mas o meu Aniversário é o meu Reveillon, é o meu Natal, é nele que eu sinto o calor do abraço de meus amados e queridos amigos. Eu comemoro sim todos os anos, passando pela mesma loucura de querer reunir pessoas queridas ao meu lado, comemorando o meu Ano Novo. Muitos não sabem da tamanha importância disso pra mim, eu compreendo, quem seria eu para julgar e condenar a ausência de alguém. Neste dia, não faço questão das pessoas, gosto de sentir a questão que elas fazem de estar ao meu lado, não somente de corpo, mas de alma, pois os imprevistos acontecem, só que o amor ele aquece mesmo que a distância.
Por que eu estou falando isso? Por que tive um lindo dia, um lindo final de semana, com pessoas queridíssimas. Não poderia ter sido melhor. Estava tudo lindo, a decoração feita pelo Genivaldo, os patês pela May, o som eletro-funk-groove-house-disco-samba comandado pelo Neco, o violão com o Sandro, a disponibilidade do João dono do bar, as fotos pela Suseli e o Leandro...Puxa, eu sou feliz, estou feliz, porque eu sei que tenho pessoas especiais em minha volta, as quais eu AMO MUITO.
Obrigado a todos que se presenciaram no Sábado, os que lembraram por telefone, por e-mail, por orkut, por este canto...Obrigado pelas boas vibrações e felicitações.
Beijo enorme a todos meus amados amigos e minha família!
AMO VOCÊS!
AMO MUITO TUDO ISSO!
9.29.2008
9.20.2008
A Arvore e o Menino
...Acenou, deu as costas e se foi, me deixou aqui plantada no mesmo jardim. Meu leite secou, minhas folhas me deixaram, nem o vento bate por aqui; o sol parece estar com raiva e a chuva estar por outros mares; mesmo as nuvens não me visitam mais. Me desmancho, balanço lentamente tentando chamar atenção das pessoas que passam pela rua, só que elas apressadas, não reparam, não olham, não me notam. Não sou velha, apenas não tive a sorte de ser frutífera, assim pelo menos poderiam se alimentar de mim, quem sabe assim me notariam perto da calçada. Lembro do menino que sentava, escorando-se em mim, lia seus livros e cantava suas músicas. Um dia ele conversou comigo e sem que eu pudesse perceber, iniciamos uma linda amizade, ele aparecia de vez em quando e isso me satisfazia. O tempo passou e ele se tornou freqüente nas visitas, nosso amor um pelo outro cresceu e eu não conseguia ficar um dia sem vê-lo. Eu mandava mensagens a ele pelos pássaros e ele me respondia com carinhos sem fim. Me apaixonei por um ser humano e isso não podia. Ele se apaixonou por uma árvore e isso também não podia. E como no auge do prazer, do melhor que a natureza pode oferecer, ele foi sumindo aos poucos, talvez por vergonha de eu ser uma árvore. Já não vinha me ver todos os dias, já não me dizia que gostava de minha sombra e do meu cheirinho. Eu adoeci com sua ausência, um dia na semana, depois um dia no mês e depois trezentos e tantos dias, um momento. Sofri pela forma errada de me querer e da forma mal vista de lhe ter. Ele voltou um dia e eu já não tão bela, escreveu “te amo” no meu tronco, andou e ao longe Acenou...
9.15.2008
Depois de uma tarde fria e quente ao mesmo tempo...
A chuva mostrou em verões passados no vidro embaçado do meu carro, que não posso chorar as lágrimas do mundo - não encheria o oceano. Em silêncio, grito, balbucio gemidos. As gotas de orvalho, ou mesmo o frio da madrugada sem cobertor, me resfriam. Há uma partícula ponte-aguda que me cutuca, como vodu, que machuca, dói. Reparando no que sei, no que penso e digo saber, vejo-me confuso, pelo o quê, eu não sei, sei que incomoda. Quando pisei nas terras desconhecidas deste novo mundo, eu cá de mãos vazias, com o coração trancado, solitário; quase fugi, para onde, nem imagino, mas ia e sem medo. Fiquei, seria fraco se assim fizesse. Fico, fui forte há um mês e estou sendo forte hoje. O que eu quero agora, é chorar um pouco, um beijo seu e nada mais.
9.11.2008
9.05.2008
Resposta
Eu perguntei enquanto estávamos escorados um no outro, abraçados, esperando talvez uma resposta comum, como a minha. Perguntei: "Você tem medo?" - pairou um silêncio de reflexão, de quem pensa em dizer a coisa certa. Enquanto isso eu olhava pro nada e também pensava no meu medo. Pensei comigo: "eu tenho medo da solidão..". O silêncio permanecia, ouvindo-se apenas nossas respirações.
(tempo)
"Tenho medo das coisas sem respostas." - respondeu. Bateu-me como questionamento na hora. Ninguém nunca me respondeu algo assim, quando perguntei.
Fui para casa pensando: Temer o que não tem resposta é talvez temer a vida, ela não tem resposta. A partida, o adeus, não tem resposta. Quem poderá questionar o que se teme? Eu temo não poder amanhã estar com você, isso terá resposta? Se não tiver, eu também sentirei o teu medo.
(tempo)
"Tenho medo das coisas sem respostas." - respondeu. Bateu-me como questionamento na hora. Ninguém nunca me respondeu algo assim, quando perguntei.
Fui para casa pensando: Temer o que não tem resposta é talvez temer a vida, ela não tem resposta. A partida, o adeus, não tem resposta. Quem poderá questionar o que se teme? Eu temo não poder amanhã estar com você, isso terá resposta? Se não tiver, eu também sentirei o teu medo.
9.01.2008
Volta de Férias...
Estou aqui do outro lado da cidade, para alguns, do outro lado do país, para alguns, do outro lado do mundo, para alguns, do ladinho, para alguns, mas estou de volta para todos. Disposto a escrever tudo o que me passou nesse curto mês de férias. Tive inspirações, mas não muitas, pois não pensava em nada - pensava na lua, mas nada de surpreendente; pensava no mundo, só que ele não me vinha como algo a ser comentado. Pouco pensei neste mês, mas eu vivi...e como vivi. É como Drummond dizer "...mas eu amei...", eu digo que neste Agosto, eu sorri, sorri por não ter motivo pra chorar e mesmo quando tinha, não sorri. Trouxe uma frase de um filme que assisti nessas férias:
"Iluminar tudo. Iluminar e só. Iluminar pra sempre. Esse é meu lema e do sol."
Voltei, feliz e com energia pra mais um ano.
...........
Peço desculpas "Meus Queridos Amigos Blogueiros" pela ausência, mas estou de volta e volto a "lê-los" o quanto antes. Estou com muitas saudades!
..........
Obrigado pelos comentários e pelos sêlos "Queridos".
Grande beijo
Adriano Veríssimo
"Iluminar tudo. Iluminar e só. Iluminar pra sempre. Esse é meu lema e do sol."
Voltei, feliz e com energia pra mais um ano.
...........
Peço desculpas "Meus Queridos Amigos Blogueiros" pela ausência, mas estou de volta e volto a "lê-los" o quanto antes. Estou com muitas saudades!
..........
Obrigado pelos comentários e pelos sêlos "Queridos".
Grande beijo
Adriano Veríssimo
7.29.2008
Momentos Paulistanos...* 06
Olá meus queridos amigos BLOGUEIROS. Bom, hoje estou saindo de férias, um mês para descansar, ganhar energia e voltar com a corda toda.
[suspiro]
Peço desculpas pela a ausência nos "cantos" de vocês, mas é que estive nessa ultima semana sem tempo, mas prometo que quando voltar, recompensarei o tempo perdido.
Deixo um beijo grande a vocês e mais um "MOMENTO PAULISTANO". Espero que gostem.
.........
Dividia o apartamento com ele há dois anos. Fazia a feira de sábado, o supermercado de domingo de manhã, trabalhava numa agência bancária na Alameda Santos, seus pais moravam no interior, o que fazia-o dono de sua vida e de seus problemas; mas a dois anos morava com ele, não tinham muito contato, sabiam pouco um da vida do outro, era reservado e ele também; enquanto trabalhava no banco, não sabia o que outro fazia da vida, era tatuado, forte, aparentemente malhava bastante, careca e com estilo despojado, contudo, ele não faltava com suas obrigações, estava em dia com as dívidas divididas pelos os dois.
Certo dia, observou-o saindo do banho, só de toalha, pela primeira vez viu sua tatuagem das costas, que começa no meio perto das costelas e termina na bunda, mas não viu exatamente como terminava - a toalha cobria. Pela primeira vez, olhou diferente e ele percebeu, pois seus olhos o fixaram enquanto ele passava do banheiro ao quarto.
Passado alguns dias. Chegou em casa e se surpreendeu com ele, deitado só de cueca no sofá, de bruço. Ficou em silêncio, reparou em todo o detalhe de seu corpo, estava indo pro seu quarto quando ouviu:
- Vem aqui...
Não entendeu, olhou para trás e ele estava deitado, agora de frente - excitado.
- O que você disse?
- Deita aqui comigo.
- Pára cara, que idéia é essa?
Foi pro seu quarto e ele num salto do sofá, o agarrou por trás e o beijou. Não conseguiu se conter e os dois cairam na cama.
Em pouco minutos estavam nus.
Suor. Gemidos. Suspiros. Saliva. Camisinha.
Uma hora e meia depois, estavam deitados, abraçados e com a respiração sincronizada.
- Puxa nunca imaginei, você sempre reservado, nem sei nada da sua vida. Você até trouxe aquela sua namorada aqui.
- É...Eu não curto isso...mas é que queria com você.
[beijo longo]
- Ué, mas comigo? por que? o que eu tenho?
- Teus pais moram em Sorocaba, não é?
- Sim.
- Seu pai se chama, José Aparecido de Carvalho?
- Chama. Como você sabe? E o que que isso tem a ver?
- ...
- Responde.
- ...
Levantou da cama, incomodado.
- Acho que foi uma grande besteira.
- ...
- E você não fala nada?
[tempo]
- Teu pai...é meu pai.
- ...
[suspiro]
Peço desculpas pela a ausência nos "cantos" de vocês, mas é que estive nessa ultima semana sem tempo, mas prometo que quando voltar, recompensarei o tempo perdido.
Deixo um beijo grande a vocês e mais um "MOMENTO PAULISTANO". Espero que gostem.
.........
Dividia o apartamento com ele há dois anos. Fazia a feira de sábado, o supermercado de domingo de manhã, trabalhava numa agência bancária na Alameda Santos, seus pais moravam no interior, o que fazia-o dono de sua vida e de seus problemas; mas a dois anos morava com ele, não tinham muito contato, sabiam pouco um da vida do outro, era reservado e ele também; enquanto trabalhava no banco, não sabia o que outro fazia da vida, era tatuado, forte, aparentemente malhava bastante, careca e com estilo despojado, contudo, ele não faltava com suas obrigações, estava em dia com as dívidas divididas pelos os dois.
Certo dia, observou-o saindo do banho, só de toalha, pela primeira vez viu sua tatuagem das costas, que começa no meio perto das costelas e termina na bunda, mas não viu exatamente como terminava - a toalha cobria. Pela primeira vez, olhou diferente e ele percebeu, pois seus olhos o fixaram enquanto ele passava do banheiro ao quarto.
Passado alguns dias. Chegou em casa e se surpreendeu com ele, deitado só de cueca no sofá, de bruço. Ficou em silêncio, reparou em todo o detalhe de seu corpo, estava indo pro seu quarto quando ouviu:
- Vem aqui...
Não entendeu, olhou para trás e ele estava deitado, agora de frente - excitado.
- O que você disse?
- Deita aqui comigo.
- Pára cara, que idéia é essa?
Foi pro seu quarto e ele num salto do sofá, o agarrou por trás e o beijou. Não conseguiu se conter e os dois cairam na cama.
Em pouco minutos estavam nus.
Suor. Gemidos. Suspiros. Saliva. Camisinha.
Uma hora e meia depois, estavam deitados, abraçados e com a respiração sincronizada.
- Puxa nunca imaginei, você sempre reservado, nem sei nada da sua vida. Você até trouxe aquela sua namorada aqui.
- É...Eu não curto isso...mas é que queria com você.
[beijo longo]
- Ué, mas comigo? por que? o que eu tenho?
- Teus pais moram em Sorocaba, não é?
- Sim.
- Seu pai se chama, José Aparecido de Carvalho?
- Chama. Como você sabe? E o que que isso tem a ver?
- ...
- Responde.
- ...
Levantou da cama, incomodado.
- Acho que foi uma grande besteira.
- ...
- E você não fala nada?
[tempo]
- Teu pai...é meu pai.
- ...
7.24.2008
..espelho nas ruas
Um senhor negro, mendigo, passou na minha frente esta manhã, ele comia um pão, assim como nós comemos uma boa macarronada num domingo, digo, com muito gosto; mas era só um pão. Ele não cheirava bem, ele tinha as barbas brancas e os cabelos também, ambos grandes e sujos. Estava com uma sacola de supermercado e uma bolsa feminina no braço esquerdo, dessas de courino antigo; sapatos escorraçados e a calça nas canelas. Eu com um pacotinho de Ana Maria de recheio de morango, ele com o pão de ontem. Eu com minhas vaidades medíocres de classe média podre, ele junto a pobreza desse país mais miserável ainda. Ele passou por mim, eu não consegui respirar direito, o cheiro era forte. Eu passei por ele, mais um jovem cabeludo com seu empreguinho achando que será novo para o resto da vida.
A identidade que encontramos no espelho das ruas, faz com que eu pense
“O que será de mim quando eu crescer?”
A identidade que encontramos no espelho das ruas, faz com que eu pense
“O que será de mim quando eu crescer?”
7.16.2008
Parado
Eu quero parar de me organizar para fazer aquilo, isso ou o que for
Eu quero parar com esses risos neutros e sem cor
Eu quero parar de fingir que sou simpático com você, mesmo te odiando
Quero parar de me emburrar por nada e por quase nada chorar
Eu quero parar a noite e te admirar de frente a lua
Parar de fazer de algumas pessoas meu amuleto – delas, a sorte de ter quem eu amo
Eu quero parar de inalar a fumaça dos automóveis desta cidade poluída
Eu quero parar e beber contigo, aquele vinho a`sec que embriaga e instiga
Parar, observar, a alma e o vendaval
Quero parar enfrente ao mar, do teu lado, quem sabe me afogar
Eu quero parar de fugir
Eu quero parar pra ti
Eu quero parar pra sentir
Parar, mesmo parado, eu quero parar
Parar para gozar o gozo mais gostoso
Parar de me lamentar pelo leite que já secou
Parar de ler o livro da vida passada, revisada e apagada
Eu quero parar de fumar...só isso.
Eu quero parar com esses risos neutros e sem cor
Eu quero parar de fingir que sou simpático com você, mesmo te odiando
Quero parar de me emburrar por nada e por quase nada chorar
Eu quero parar a noite e te admirar de frente a lua
Parar de fazer de algumas pessoas meu amuleto – delas, a sorte de ter quem eu amo
Eu quero parar de inalar a fumaça dos automóveis desta cidade poluída
Eu quero parar e beber contigo, aquele vinho a`sec que embriaga e instiga
Parar, observar, a alma e o vendaval
Quero parar enfrente ao mar, do teu lado, quem sabe me afogar
Eu quero parar de fugir
Eu quero parar pra ti
Eu quero parar pra sentir
Parar, mesmo parado, eu quero parar
Parar para gozar o gozo mais gostoso
Parar de me lamentar pelo leite que já secou
Parar de ler o livro da vida passada, revisada e apagada
Eu quero parar de fumar...só isso.
7.12.2008
Comigo
Quando sabia de mim, veio você e me apontou outro caminho. Perdido e confuso, sigo sem rumo a direção que trás ao coração conforto, mesmo com tantas fagulhas e folhas, a noite me trás o que não procurava, mas encontrei. Inerte, te procuro e não acho, venero e não tenho. O caminho está certo, o coração contente e na Aurora...você.
7.08.2008
Momentos Paulistanos...* 05
Bia cresceu pelas ruas do centro. Morou os primeiros anos de vida no Vale do Anhangabaú, depois na 23 de Maio e hoje no Cambuci. Quando ainda tinha dezoito anos parava enfrente ao prédio "Luz" da Av. Paulista e pensava na vida - na verdade não gostava de pensar, achava um trabalho doloroso e desnecessário, afinal para onde a levaria seus monótonos pensamentos?! “Lugar algum!” – pensava.
Precisava arrumar um emprego. Com a ausência de sua mãe e com seu irmão doente, não poderia viver da pensão miserável de seu pai, que não via há anos, sabia apenas que estava vivo pelo extrato mensal do valor que caía em sua conta. Enquanto sua irmã do meio, Amanda, cuidava de Paulinho, ela sairia para trabalhar. Acabara os estudos e sentia-se disposta e inteligente.
Numa cidade grande a concorrência é imensa e mesmo sendo inteligente e bem apresentável não conseguiu outro trabalho a não ser o de atendente na lanchonete 24 horas de frente ao MASP. Trabalhava em média de onze a treze horas por dia e todos os dias da semana. Precisava bancar os remédios de Paulinho, da doença que não era descoberta.
Numa quinta-feira, chegou cedo na lanchonete, colocou o avental e foi para a chapa, fez alguns lanches, quando o seu Berto a chamou e disse que era sua irmã no telefone, pensou no irmão.
"Ai meu Deus! Será que ele piorou? Ou será que não aguentou a alta dosagem dos remédios? Sabe, por um lado eu não aguento mais, ando tão cansada, tão exausta, trabalhando tanto ultimamente, não saio, fico em casa, sou mãe e pai ao mesmo tempo, até quando conseguirei viver assim? Se fosse melhor, preferiria que Deus o levasse para junto dele. Ficaria muito aliviada, assim poderia viver minha vida em paz..."
- Alô!
- Bia?
- Diz Amanda, o que foi?
- ...
- Amanda?
- ...
- Amanda, você está aí?
- Estou.
- O Paulinho....?!
- Está aqui, tomando os remédios.
- Então por que você me ligou!?
- Para te dar os Parabéns. Feliz aniversário! O Paulinho tá te mandando um beijo e disse que te ama!
Bia tremeu e se deixou emocionar. Havia esquecido do seu aniversário.
- Obrigada Amanda, eu levo um bolo pra gente comer a noite. Dê um beijo no Paulinho e diz que eu também o amo muito, que ele vai ficar bom...
Desligou o telefone.
Era sua família, seu irmão, as únicas pessoas que tinha.
Engoliu o gosto seco do pensamento torpe.
Precisava arrumar um emprego. Com a ausência de sua mãe e com seu irmão doente, não poderia viver da pensão miserável de seu pai, que não via há anos, sabia apenas que estava vivo pelo extrato mensal do valor que caía em sua conta. Enquanto sua irmã do meio, Amanda, cuidava de Paulinho, ela sairia para trabalhar. Acabara os estudos e sentia-se disposta e inteligente.
Numa cidade grande a concorrência é imensa e mesmo sendo inteligente e bem apresentável não conseguiu outro trabalho a não ser o de atendente na lanchonete 24 horas de frente ao MASP. Trabalhava em média de onze a treze horas por dia e todos os dias da semana. Precisava bancar os remédios de Paulinho, da doença que não era descoberta.
Numa quinta-feira, chegou cedo na lanchonete, colocou o avental e foi para a chapa, fez alguns lanches, quando o seu Berto a chamou e disse que era sua irmã no telefone, pensou no irmão.
"Ai meu Deus! Será que ele piorou? Ou será que não aguentou a alta dosagem dos remédios? Sabe, por um lado eu não aguento mais, ando tão cansada, tão exausta, trabalhando tanto ultimamente, não saio, fico em casa, sou mãe e pai ao mesmo tempo, até quando conseguirei viver assim? Se fosse melhor, preferiria que Deus o levasse para junto dele. Ficaria muito aliviada, assim poderia viver minha vida em paz..."
- Alô!
- Bia?
- Diz Amanda, o que foi?
- ...
- Amanda?
- ...
- Amanda, você está aí?
- Estou.
- O Paulinho....?!
- Está aqui, tomando os remédios.
- Então por que você me ligou!?
- Para te dar os Parabéns. Feliz aniversário! O Paulinho tá te mandando um beijo e disse que te ama!
Bia tremeu e se deixou emocionar. Havia esquecido do seu aniversário.
- Obrigada Amanda, eu levo um bolo pra gente comer a noite. Dê um beijo no Paulinho e diz que eu também o amo muito, que ele vai ficar bom...
Desligou o telefone.
Era sua família, seu irmão, as únicas pessoas que tinha.
Engoliu o gosto seco do pensamento torpe.
7.04.2008
Momentos Paulistanos...* 04
Morava na Martinho Prado, ao lado da Praça Roosevelt, desceu até a República, e parou enfrente a Planet, uma boate freqüentada por gays, lésbicas, travestis, simpatizantes e os que gostam de falar mal, mas são os comedores das travas, vulgos “machões”. Ele não se importava com aquilo, com esse mundo, pois com seus trinta e cinco anos de idade já havia conhecido de tudo e não se arrependia, porém hoje o que mais gostava eram garotinhas, novinhas, pequenas, apertadinhas.
Ficou no bar, ao lado do posto, tomou uma dose de conhaque, resolveu entrar numa outra boate chamada Freedom, freqüentada pelos menores de idade. Ele se excitava facilmente ao ver aquelas rodinhas de amigos e amigas rindo e ele imaginava por debaixo daquelas roupas coloridas os peitinhos das meninas que ainda se formavam e meninos que os pêlos ainda eram poucos.
Parecia de certo modo um animal, quem lê-se seus pensamentos o compararia com algum maníaco, pedófilo ou pervertido – mas não era. Era apenas um homem que gostava de ensinar aos mais jovens a forma de sentir prazer. Se assim o denomina-se, problema, ele não ligava.
Bebeu. Parado no balcão do bar. Alguns goles. Viu uma menina, loirinha, no centro da pista, entre luzes, neons e fumaça. Excitou-se. Desejou-a. Chamou-a de canto, jogou algumas palavras, ela riu, ele sorriu.
Dark-room.
Ele a abaixou. Ela chupou e ele gostava demais daquilo - “A menina moça é mais sabida do que eu imaginava”.
Beijos. Dedos. Mãos. Saliva. Dentes. Penetração. Escuro. Isqueiros.
E ela também gostou daquele homem, com cheiro de homem, pois com apenas quatorze anos não tinha dado para um homem tão mais velho, ainda mais naquelas condições. Enquanto a pegada acontecia, ela ficava imaginando contar tudo para suas amigas. Entre o suor e os sussurros ao pé do ouvido. Vinte minutos. Saíram e deram um beijo miúdo de tchau.
Ele voltou pra sua casa. Ela dormiu na casa da amiga. Ele assistiu “Philadelphia”. Ela contou tudo. Ele pensou na sua doença. Ela já pensava na semana seguinte e a nova aventura.
Ele morreu dois anos depois, vítima de HIV. Ela pegou o resultado hoje...
Positivo.
Ficou no bar, ao lado do posto, tomou uma dose de conhaque, resolveu entrar numa outra boate chamada Freedom, freqüentada pelos menores de idade. Ele se excitava facilmente ao ver aquelas rodinhas de amigos e amigas rindo e ele imaginava por debaixo daquelas roupas coloridas os peitinhos das meninas que ainda se formavam e meninos que os pêlos ainda eram poucos.
Parecia de certo modo um animal, quem lê-se seus pensamentos o compararia com algum maníaco, pedófilo ou pervertido – mas não era. Era apenas um homem que gostava de ensinar aos mais jovens a forma de sentir prazer. Se assim o denomina-se, problema, ele não ligava.
Bebeu. Parado no balcão do bar. Alguns goles. Viu uma menina, loirinha, no centro da pista, entre luzes, neons e fumaça. Excitou-se. Desejou-a. Chamou-a de canto, jogou algumas palavras, ela riu, ele sorriu.
Dark-room.
Ele a abaixou. Ela chupou e ele gostava demais daquilo - “A menina moça é mais sabida do que eu imaginava”.
Beijos. Dedos. Mãos. Saliva. Dentes. Penetração. Escuro. Isqueiros.
E ela também gostou daquele homem, com cheiro de homem, pois com apenas quatorze anos não tinha dado para um homem tão mais velho, ainda mais naquelas condições. Enquanto a pegada acontecia, ela ficava imaginando contar tudo para suas amigas. Entre o suor e os sussurros ao pé do ouvido. Vinte minutos. Saíram e deram um beijo miúdo de tchau.
Ele voltou pra sua casa. Ela dormiu na casa da amiga. Ele assistiu “Philadelphia”. Ela contou tudo. Ele pensou na sua doença. Ela já pensava na semana seguinte e a nova aventura.
Ele morreu dois anos depois, vítima de HIV. Ela pegou o resultado hoje...
Positivo.
6.30.2008
Enquanto menino...
Tenho saudade, é, saudade mãe. Saudade de quando dormíamos a tarde, depois do almoço. Que passava o meu tempo entre gibis, discos e tv. Sabe aquelas tardes ensolaradas? Que o começo da noite é bem fresca, que todos os vizinhos se reuniam nas calçadas e meus pés sujos de tanto correr? Então, era tudo simples, era tudo tão bom.
Sabe mãe?! Lembro de como éramos cúmplices, cúmplices de dias inteiros juntos. Eu com meus afazeres diferentes e os seus de do lar. E as minhas satisfações eram somente pra você que eu devia, que não me julgava, só corrigia.
Você nunca me bateu né mãe? Mas tenho apanhado tanto na vida e as vezes fico com hematomas, no peito, lá dentro.
É verdade...bem que você dizia “Para aproveitar enquanto menino eu fosse, pois era a época mais gostosa da vida”, mas eu quis crescer, ser homem, dono do meu próprio nariz – tolo né mãe!? – fazer o que se é assim!?
Tenho saudade mãe, saudade de ser menino, de correr e se perder, de voar bem alto e cair atrás do sofá. De mirar um ponto e arremessar o aviãozinho de papel. De brincar muito, capotar de cansaço no chão da sala, adormecer, você me botar pra dormir e deixar-me tomar banho no dia seguinte.
Saudade mãe, uma saudadezinha, de não precisar saber quem eu era...só ser.
Só sentir, só viver, só sentir saudade de quando isso tudo passasse e eu não percebesse.
E passou.
Sabe mãe?! Lembro de como éramos cúmplices, cúmplices de dias inteiros juntos. Eu com meus afazeres diferentes e os seus de do lar. E as minhas satisfações eram somente pra você que eu devia, que não me julgava, só corrigia.
Você nunca me bateu né mãe? Mas tenho apanhado tanto na vida e as vezes fico com hematomas, no peito, lá dentro.
É verdade...bem que você dizia “Para aproveitar enquanto menino eu fosse, pois era a época mais gostosa da vida”, mas eu quis crescer, ser homem, dono do meu próprio nariz – tolo né mãe!? – fazer o que se é assim!?
Tenho saudade mãe, saudade de ser menino, de correr e se perder, de voar bem alto e cair atrás do sofá. De mirar um ponto e arremessar o aviãozinho de papel. De brincar muito, capotar de cansaço no chão da sala, adormecer, você me botar pra dormir e deixar-me tomar banho no dia seguinte.
Saudade mãe, uma saudadezinha, de não precisar saber quem eu era...só ser.
Só sentir, só viver, só sentir saudade de quando isso tudo passasse e eu não percebesse.
E passou.
6.28.2008
Momentos Paulistanos...* 03
Pegou o trem na estação Presidente Altino sentido Barra Funda, eram 08h40 da manhã, o trem estava cheio, era terça-feira, todos com cara de sono, alguns com hálito azedo de quem mal acordou, as olheiras, os perfumes fortes, os cheiros mal cheirosos, criança chorando, mulheres conversando, homens mal encarados, senhores enternados, gente de todos os tipos. E ele não raciocinava direito, estava com sono, muito sono, pensara que um dia compraria um carro e se divertiria com o trânsito, pelo menos estaria sozinho, ouvindo suas musicas, gritando, bocejando alto, com seu cheiro apenas e não naquele aperto, pensou isso, como pensava todo dia, e tudo se repetia.
A voz falhada que saiu das alto falantes:
- Estaçãooo.....LAPA!
Ele continuava, de pé, com seu livro de 656 páginas, com seus óculos caindo, mal olhava para os lados, odiava aquele montante de gente todos com aquela vida chata de trabalho – tal como a sua. Chegou.
- Estaçãooo.....Barra Funda, acesso ao metrô e aos trens da linha A, favor desembarcar pelo lado esquerdo do trem!
Guardou o livro e via a multidão a sua frente e a multidão que o seguia, todos para subir aquela escada. Cansou. Queria que ninguém o encostasse – o que era inevitável. E a multidão foi passando por ele e ele só pensava:
- Que sentido é esse? Pegar trem, subir escadas, trabalhar o dia inteiro, descer escadas, pegar trem e dormir.
(bateu uma ponta de tristeza)
03 minutos. Subiu as escadas e trabalhou o dia todo. Volto pra casa e dormiu.
Repetiu-se. Repetiu-se. Repete-se. Repetirá.
A voz falhada que saiu das alto falantes:
- Estaçãooo.....LAPA!
Ele continuava, de pé, com seu livro de 656 páginas, com seus óculos caindo, mal olhava para os lados, odiava aquele montante de gente todos com aquela vida chata de trabalho – tal como a sua. Chegou.
- Estaçãooo.....Barra Funda, acesso ao metrô e aos trens da linha A, favor desembarcar pelo lado esquerdo do trem!
Guardou o livro e via a multidão a sua frente e a multidão que o seguia, todos para subir aquela escada. Cansou. Queria que ninguém o encostasse – o que era inevitável. E a multidão foi passando por ele e ele só pensava:
- Que sentido é esse? Pegar trem, subir escadas, trabalhar o dia inteiro, descer escadas, pegar trem e dormir.
(bateu uma ponta de tristeza)
03 minutos. Subiu as escadas e trabalhou o dia todo. Volto pra casa e dormiu.
Repetiu-se. Repetiu-se. Repete-se. Repetirá.
6.27.2008
Momentos Paulistanos...* 02
Passou por debaixo do minhocão, próximo a estação do metrô Santa Cecília, andou por mais ou menos vinte minutos e quando estava próximo a Consolação, lembrou do desejo de conhecer o cemitério, um dos mais conhecidos da cidade, onde estão enterrados: Tarsila, Oswald, Mario e tantos outros nomes da história de São Paulo. Subiu. Chegou de frente ao portão, ficou ressabiado, eram quase sete da noite e daqui a pouco os portões se fechariam e o sol estava caindo por detrás dos jazigos.
Andou. Reparou. Leu os nomes:
• 1919 – 1988 Guilhermina Albuquerque
• 1897 – 1962 Manoel Negreiro – NEGUINHO do SAMBA
Era fascinante, tantos túmulos, que eram verdadeiras obras de arte, decorados, alguns esquecidos, alguns de idosos, outros de crianças. Aquelas fotos antigas estampadas.
Subiu mais um pouco e por detrás das árvores avistou um túmulo diferente, bonito.
‘DEJA-VU’
“Nossa que estranho!” – pensou. Se aproximou. Era de um homem, sem foto, com as escritas:
• Marcio Alves de Souza 1978 – 2008
“Meu nome?!” – assustou-se.
Noticiário dia seguinte
“Atropelamento na Rua da Consolação deixou um senhor ferido e um homem de trinta anos morto...[...]...motorista não prestou auxilio e está preso por dirigir embriagado...”
.........
Andou. Reparou. Leu os nomes:
• 1919 – 1988 Guilhermina Albuquerque
• 1897 – 1962 Manoel Negreiro – NEGUINHO do SAMBA
Era fascinante, tantos túmulos, que eram verdadeiras obras de arte, decorados, alguns esquecidos, alguns de idosos, outros de crianças. Aquelas fotos antigas estampadas.
Subiu mais um pouco e por detrás das árvores avistou um túmulo diferente, bonito.
‘DEJA-VU’
“Nossa que estranho!” – pensou. Se aproximou. Era de um homem, sem foto, com as escritas:
• Marcio Alves de Souza 1978 – 2008
“Meu nome?!” – assustou-se.
Noticiário dia seguinte
“Atropelamento na Rua da Consolação deixou um senhor ferido e um homem de trinta anos morto...[...]...motorista não prestou auxilio e está preso por dirigir embriagado...”
.........
6.25.2008
Momentos Paulistanos...* 01
A noite estava bem escura, como daquelas noites contadas pelos avós, histórias interioranas, com lobisomem e lua cheia. Ela estava atrativa, encantadora, a noite estava para uma boa orgia, seus mamilos arrepiados e sua vagina lubrificada. Só que era segunda-feira, e ela sabia que naquela noite não trabalharia tanto e com a gripe que pegou na semana passada, ficou de cama o fim de semana todo, uma pena, ela queria atender todos os clientes que aparecesse, estava prestes aos dias femininos e aquele misto de TPM e sensibilidade, a excitava muito.
Saiu pela Peixoto Gomide, atravessou a Paulista, virou a esquerda e mais cinco minutos já estava na Augusta, com lápis escuro nos olhos, a boca com um brilho sedutor, olhou um senhor, de meia idade, charmoso, resolveu parar e jogar-lhe uma cantada. Antes. Parou ao lado do posto de gasolina, comprou um maço de cigarros, filtro vermelho, andou em direção ao Inferninho onde estava o senhor, que parado no poste estava como quem esperava algo/alguém, ele percebeu que ela se aproximava, magra, alta, cabelos bagunçados, estranha, mas bela. Trocaram olhares. E quando estavam frente a frente, ela disse:
- Quero ter você essa noite. Estou doidinha de tesão por você...
Ele olha bem nos seus olhos, fixamente, e responde:
- Pra você eu cobro baratinho.
............
(Adriano Veríssimo )
Saiu pela Peixoto Gomide, atravessou a Paulista, virou a esquerda e mais cinco minutos já estava na Augusta, com lápis escuro nos olhos, a boca com um brilho sedutor, olhou um senhor, de meia idade, charmoso, resolveu parar e jogar-lhe uma cantada. Antes. Parou ao lado do posto de gasolina, comprou um maço de cigarros, filtro vermelho, andou em direção ao Inferninho onde estava o senhor, que parado no poste estava como quem esperava algo/alguém, ele percebeu que ela se aproximava, magra, alta, cabelos bagunçados, estranha, mas bela. Trocaram olhares. E quando estavam frente a frente, ela disse:
- Quero ter você essa noite. Estou doidinha de tesão por você...
Ele olha bem nos seus olhos, fixamente, e responde:
- Pra você eu cobro baratinho.
............
(Adriano Veríssimo )
6.23.2008
Por, pelas e pêlos...
Agora eu que falo
Me perdoa por ter desperdiçado meus beijos com você
Por ter olhado tão profundamente em teus olhos ao ponto de ver tua alma
Por me arrepiar toda vez que encostava em mim
Por aqueles momentos tão singelos e ao mesmo tempo tão febris
Por me inspirar tanto e me render alegrias
Pelas tantas palavras de amor que viraram histórias e poesias
Pelo seu cheiro ter se misturado com o meu naquelas tantas noites frias
Por rir das suas piadas idiotas e depois te abraçar com tanta força
Por aquele momento de duvida...e
Por aquele momento de certeza
Se me quer não sei se quero
Se te quero não quer
No fundo queremos, só não queremos mais querer
No fundo gosto, mais não quero mais gostar
Desculpa me incomodar com a sua falta de pudor e sua falta de respeito
Pelas madrugadas de longas conversas que nunca levam a nada
Por não conseguir olhar nos teus olhos quando tenho raiva
Pela confiança mutua que se foi e
Pela historia que poderia ter sido...
e não foi.
( Adriano Veríssimo )
Me perdoa por ter desperdiçado meus beijos com você
Por ter olhado tão profundamente em teus olhos ao ponto de ver tua alma
Por me arrepiar toda vez que encostava em mim
Por aqueles momentos tão singelos e ao mesmo tempo tão febris
Por me inspirar tanto e me render alegrias
Pelas tantas palavras de amor que viraram histórias e poesias
Pelo seu cheiro ter se misturado com o meu naquelas tantas noites frias
Por rir das suas piadas idiotas e depois te abraçar com tanta força
Por aquele momento de duvida...e
Por aquele momento de certeza
Se me quer não sei se quero
Se te quero não quer
No fundo queremos, só não queremos mais querer
No fundo gosto, mais não quero mais gostar
Desculpa me incomodar com a sua falta de pudor e sua falta de respeito
Pelas madrugadas de longas conversas que nunca levam a nada
Por não conseguir olhar nos teus olhos quando tenho raiva
Pela confiança mutua que se foi e
Pela historia que poderia ter sido...
e não foi.
( Adriano Veríssimo )
6.17.2008
A LEI...pelos cristãos...NÃO PODE ACONTECER...
É impressionante como hoje as pessoas procuram o que falar, não é mesmo? Talvez fosse errado eu postar uma mensagem que recebi hoje pela manhã de uma linda amiga minha, porém como este espaço é para expôr e compartilhar, comportilho com vocês esse acontecido de hoje cedo.
Recebi o e-mail que dizia:
"Bom dia, a Paz do Senhor a todos.
Acredito que a maioria já ouviu dizer sobre O PROJETO DE LEI 122/06 que criminaliza a homofobia. Ele esteve um tempo parado e agora voltou a ser discutido no Senado, quem tiver a curiosidade é só procurar no Google que achará várias matérias, inclusive o andamento do projeto.
O Pastor...(foi citado o nome do pastor, mas é desnecessário a exposição) esteve nestes últimos finais de semana em seu programa chamando nossa atenção para este projeto, que com certeza calará a voz de muitos cristãos.
O que quero dizer é que precisamos nos mexer quanto a isso!
Hoje nossa luta não é mais medida em guerras, batalhas, e sim, de uma forma mais espiritual do que nunca e não podemos ficar omissos a um assunto de suma importância e que atingirá a todos de tal forma que pastores serão 'obrigados' a realizar casamentos homossexuais, já pensaram nisso? Livros cristãos que orientam, de acordo com a palavra, sobre esta prática não poderão mais ser escritos. Uma minoria calará a maioria caso este projeto seja aprovado.
Precisamos compreender a gravidade deste assunto e nos unirmos como família de Deus e cidadãos, afinal, onde fica nossa liberdade de expressão?
O próprio Presidente da República, representante e autoridade máxima em nosso país é criticado, motivo de piadas, chacotas não se 'ofende', o que será que esta por trás deste aumento e movimentação homossexual que induz as pessoas e afronta os critãos que amam a Deus e sua palavra?
Como disse o Pastor (citado o nome novamente), condenar não, expressa opinião sim.
Divulguem se achar necessário..."
Bom, essa minha amiga é ótima, me divirto com ela, conversamos bastante, nos conhecemos há muitos anos, no entanto como milhares de pessoas, cristãos mais propriamente, ela é estagnada em alguns pontos de vista. E não tive como não responder essa mensagem, respondi a ela, não a lista imensa de receptores e tive que colocar que "fofoca", "julgo" e "discriminação" vai contra a palavra de Deus. Concordo que eles tem se que mover a favor dos valores que lhes são corretos. Mas dizer que o aumento de HOMOSSEXUAIS é uma afronta? É um pouco de exagero. Será que Deus fica feliz de ter filhos mundanos ou religiosos vivendo fora da palavra Dele?
Os movimentos religiosos não resolverão nem esse e nem outra opção do ser humano, afinal quem é dono da verdade, o homem ou Deus? Quem somos nós, meros 'comedores de feijão', para dizer que isso é errado?
Cada vez mais fica claro o porque o aumento de homossexuais no espirítismo, no budismo, no ateísmo, em qualquer outra crença. AFINAL QUEM VAI QUERER CRER NAS PALAVRAS DOS CRISTÃOS QUE JULGAM OS HOMOSSEXUAIS, MAS PECAM COM TODOS OS OUTROS MANDAMENTOS?
...
Que Deus abençoe a todos e continue ouvindo os anjos tocarem uma música bem alto, por que ouvir as palavras de religiosos é muito chato.
Recebi o e-mail que dizia:
"Bom dia, a Paz do Senhor a todos.
Acredito que a maioria já ouviu dizer sobre O PROJETO DE LEI 122/06 que criminaliza a homofobia. Ele esteve um tempo parado e agora voltou a ser discutido no Senado, quem tiver a curiosidade é só procurar no Google que achará várias matérias, inclusive o andamento do projeto.
O Pastor...(foi citado o nome do pastor, mas é desnecessário a exposição) esteve nestes últimos finais de semana em seu programa chamando nossa atenção para este projeto, que com certeza calará a voz de muitos cristãos.
O que quero dizer é que precisamos nos mexer quanto a isso!
Hoje nossa luta não é mais medida em guerras, batalhas, e sim, de uma forma mais espiritual do que nunca e não podemos ficar omissos a um assunto de suma importância e que atingirá a todos de tal forma que pastores serão 'obrigados' a realizar casamentos homossexuais, já pensaram nisso? Livros cristãos que orientam, de acordo com a palavra, sobre esta prática não poderão mais ser escritos. Uma minoria calará a maioria caso este projeto seja aprovado.
Precisamos compreender a gravidade deste assunto e nos unirmos como família de Deus e cidadãos, afinal, onde fica nossa liberdade de expressão?
O próprio Presidente da República, representante e autoridade máxima em nosso país é criticado, motivo de piadas, chacotas não se 'ofende', o que será que esta por trás deste aumento e movimentação homossexual que induz as pessoas e afronta os critãos que amam a Deus e sua palavra?
Como disse o Pastor (citado o nome novamente), condenar não, expressa opinião sim.
Divulguem se achar necessário..."
Bom, essa minha amiga é ótima, me divirto com ela, conversamos bastante, nos conhecemos há muitos anos, no entanto como milhares de pessoas, cristãos mais propriamente, ela é estagnada em alguns pontos de vista. E não tive como não responder essa mensagem, respondi a ela, não a lista imensa de receptores e tive que colocar que "fofoca", "julgo" e "discriminação" vai contra a palavra de Deus. Concordo que eles tem se que mover a favor dos valores que lhes são corretos. Mas dizer que o aumento de HOMOSSEXUAIS é uma afronta? É um pouco de exagero. Será que Deus fica feliz de ter filhos mundanos ou religiosos vivendo fora da palavra Dele?
Os movimentos religiosos não resolverão nem esse e nem outra opção do ser humano, afinal quem é dono da verdade, o homem ou Deus? Quem somos nós, meros 'comedores de feijão', para dizer que isso é errado?
Cada vez mais fica claro o porque o aumento de homossexuais no espirítismo, no budismo, no ateísmo, em qualquer outra crença. AFINAL QUEM VAI QUERER CRER NAS PALAVRAS DOS CRISTÃOS QUE JULGAM OS HOMOSSEXUAIS, MAS PECAM COM TODOS OS OUTROS MANDAMENTOS?
...
Que Deus abençoe a todos e continue ouvindo os anjos tocarem uma música bem alto, por que ouvir as palavras de religiosos é muito chato.
6.04.2008
Noite afora!
Puxa, que inepto pensamento de besteiras.
Não quero pensar, mas o desejo vem e...
- Pára pára, pára com isso, eu não posso...
É, não posso já sei como é, já senti isso.
-
-
-
Ahhh mas não consigo, eu quero você sim.
E dane-se os maus olhares, a verborragia dos delatores.
Vem aqui, agora, é uma ordem - não é assim que você gosta?
Eu domino, te bato, faço o que o prazer mandar, mas deita aqui...
...sinta o meu menino te tocar com cuidado.
-
-
-
-
Chocolate bom, você gosta não é mesmo?
Eu gosto do chocolate quando ele está na tua boca...
...assim, melado, criando saliva e suor por todo o corpo.
Ah esse teu perfume, essa ingênua maldade infantil,
esse desejo contido, rasgado, contrito,
que aumenta com o passar do tempo.
-
-
-
-
-
Pára pára pára, isso é horrível, incesto,
ou não, afinal não é errado desejar,
se atrair, fazer dos sonhos, noites de deleites,
leites, amoras, malícia, sussurros, gritos e gemidos.
Isso, sua, pode suar e deixa a lava tomar conta de nós...
Pegue nele com carinho...espere o momento certo...
...comece tudo outra vez.
(Adriano Veríssimo - após um sonho meu desta noite)
Não quero pensar, mas o desejo vem e...
- Pára pára, pára com isso, eu não posso...
É, não posso já sei como é, já senti isso.
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Ahhh mas não consigo, eu quero você sim.
E dane-se os maus olhares, a verborragia dos delatores.
Vem aqui, agora, é uma ordem - não é assim que você gosta?
Eu domino, te bato, faço o que o prazer mandar, mas deita aqui...
...sinta o meu menino te tocar com cuidado.
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Chocolate bom, você gosta não é mesmo?
Eu gosto do chocolate quando ele está na tua boca...
...assim, melado, criando saliva e suor por todo o corpo.
Ah esse teu perfume, essa ingênua maldade infantil,
esse desejo contido, rasgado, contrito,
que aumenta com o passar do tempo.
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Pára pára pára, isso é horrível, incesto,
ou não, afinal não é errado desejar,
se atrair, fazer dos sonhos, noites de deleites,
leites, amoras, malícia, sussurros, gritos e gemidos.
Isso, sua, pode suar e deixa a lava tomar conta de nós...
Pegue nele com carinho...espere o momento certo...
...comece tudo outra vez.
(Adriano Veríssimo - após um sonho meu desta noite)
5.27.2008
O que é meu, ninguém tira...
A vida e suas loucuras. O dito "O que é seu ninguém tira", está muito presente em minha vida. E sou extremamente grato a Deus, as boas energias de meus amigos. Estou numa bateria de trabalhos desde de o ano de 2005, imendando um trabalho com o outro. Passando por montagens minhas, de amigos, de conclusões de curso, de cias teatrais, com cinema, com música, TV...E vencendo cada um.
Estou feliz pela luz de meu caminho. Tenho Deus abençoando os meus anseios. Confesso que as vezes me pego cansado, mas quando você faz o que gosta não há cansaço que vença o desejo do coração.
Despedi de meu personagem em MINHA NOSSA nesta ultima Sexta-feira no Satyros II. Nossa e como doeu. Doeu muito. Na ultima cena que RUMAR vê UIARA como imagem da Santa e que ela diz: "Põe um pouco de mel no teu sorriso, assim como se morde a polpa de uma fruta...". Neste momento estou de frente com ela e a interprete da personagem, é minha linda amiga LUH QUINTANS. Não deu outra, eu já estava chorando baldes e baldes. Era único, era aquilo, era O ULTIMO. A cena não tinha como ficar mais emocionante. Luh, Soraya, Silmara e Eu conseguimos fechar com chave de ouro, e despedirmos satisfeitos e orgulhosos de defendermos tão bem nosso queridos personagens. E também com a casa cheia, maior público, se não me engano, desde a estréia.
Agora é NOVA ETAPA. Dia 07 estréio a temporada 2008 do espetáculo FULANA DOS TRÊS SANTOS, percorrendo pelas FESTAS JUNINAS de São Paulo.
E ontem tive o resultado do teste de domingo: Estou dentro do grupo GALPÃO DO FOLIAS e em Julho começamos o processo para estreiarmos em Janeiro o espetáculo QUERÔ de Plínio Marcos.
E fora o processo em andamento do VEM, ME AMA NESSE MAR com a Cia PANAMBI.
Bom como vocês podem ver, o garoto aqui corre muito e vocês vão ter que me aturar muito ainda pelos palcos.
.................................
Queria mandar um beijo enorme para alguns amigos, grandes amores meus, presentes nesses ultimos tempos: Hugo Henrique Leme, Madu Ferreira, Luh Quintans, Filipe Macedo, Ana Paula Justino, Mayara Medeiros, Murillo Marques, Soraya Rivelino, Lilian Domingos, Caroline Viana, Clara Nascimento, Keomas Fernanda, Val Ribeiro, Cicero Nascimento e tantos outros.
OBRIGADO PELA PRESENÇA E BOAS ENERGIAS EM MINHA VIDA.
................................
Há duas semanas. Aquela noite. Aquela cama. Você respirando e adormecendo em meu peito.
hmmmmm!
...............................
Preciso do mar na minha frente o mais rápido possível................
..............................
No domingo flutuei, o carro era um barco. ENTENDE?
.............................
Ministério da Saúde adverte: VINHO BARATO CAUSA DORES DE CABEÇA INFERNAIS.
Obs. Eu que o diga.
............................
Tô adorando ter aulas de Libras.
............................
Não me lembre, não me lembre...ai ai...
...........................
O black tá puro sucesso...(risos)
Estou feliz pela luz de meu caminho. Tenho Deus abençoando os meus anseios. Confesso que as vezes me pego cansado, mas quando você faz o que gosta não há cansaço que vença o desejo do coração.
Despedi de meu personagem em MINHA NOSSA nesta ultima Sexta-feira no Satyros II. Nossa e como doeu. Doeu muito. Na ultima cena que RUMAR vê UIARA como imagem da Santa e que ela diz: "Põe um pouco de mel no teu sorriso, assim como se morde a polpa de uma fruta...". Neste momento estou de frente com ela e a interprete da personagem, é minha linda amiga LUH QUINTANS. Não deu outra, eu já estava chorando baldes e baldes. Era único, era aquilo, era O ULTIMO. A cena não tinha como ficar mais emocionante. Luh, Soraya, Silmara e Eu conseguimos fechar com chave de ouro, e despedirmos satisfeitos e orgulhosos de defendermos tão bem nosso queridos personagens. E também com a casa cheia, maior público, se não me engano, desde a estréia.
Agora é NOVA ETAPA. Dia 07 estréio a temporada 2008 do espetáculo FULANA DOS TRÊS SANTOS, percorrendo pelas FESTAS JUNINAS de São Paulo.
E ontem tive o resultado do teste de domingo: Estou dentro do grupo GALPÃO DO FOLIAS e em Julho começamos o processo para estreiarmos em Janeiro o espetáculo QUERÔ de Plínio Marcos.
E fora o processo em andamento do VEM, ME AMA NESSE MAR com a Cia PANAMBI.
Bom como vocês podem ver, o garoto aqui corre muito e vocês vão ter que me aturar muito ainda pelos palcos.
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Queria mandar um beijo enorme para alguns amigos, grandes amores meus, presentes nesses ultimos tempos: Hugo Henrique Leme, Madu Ferreira, Luh Quintans, Filipe Macedo, Ana Paula Justino, Mayara Medeiros, Murillo Marques, Soraya Rivelino, Lilian Domingos, Caroline Viana, Clara Nascimento, Keomas Fernanda, Val Ribeiro, Cicero Nascimento e tantos outros.
OBRIGADO PELA PRESENÇA E BOAS ENERGIAS EM MINHA VIDA.
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Há duas semanas. Aquela noite. Aquela cama. Você respirando e adormecendo em meu peito.
hmmmmm!
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Preciso do mar na minha frente o mais rápido possível................
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No domingo flutuei, o carro era um barco. ENTENDE?
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Ministério da Saúde adverte: VINHO BARATO CAUSA DORES DE CABEÇA INFERNAIS.
Obs. Eu que o diga.
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Tô adorando ter aulas de Libras.
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Não me lembre, não me lembre...ai ai...
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O black tá puro sucesso...(risos)
5.24.2008
Bendito
" [...] Bendito seja você, Leo, que habitou as sombras! [...] Bendito seja você na arrogância, na paranóia, no delírio, na pretensão de escrever a obra definitiva! [...] Bendita a sua luz que brilhou para mim e mais uns poucos! Bendito teu fracasso, o álcool que corroeu as tuas vísceras, a nicotina que envenenou teu sangue, bendita a coragem de cagar pra vida, bendita a morte que te acolheu! [...] Benditos todos os que como você escolheram as trevas, benditos os loucos, os homossexuais, os bêbados e párias de todas as ordens, bendita a solidão, bendito o desespero que fez você cometer finalmente a grande obra da sua vida!..."
(trecho do livro "Aos Meus Amigos" de Maria Adelaide do Amaral)
(trecho do livro "Aos Meus Amigos" de Maria Adelaide do Amaral)
5.20.2008
Desistência
Ela disse, eu ouvi, ela chorou, eu segurei...
Quando me veio o momento das palavras, me derramei,
As lágrimas eram como vômito incontrolável.
Era confuso, era sincero. Dolorido, mas pro bem, e isso eu compreendo.
Num mar sem fim e profundo,
Ela desistiu de nadar. E eu entendo.
te amo...mãe!
Quando me veio o momento das palavras, me derramei,
As lágrimas eram como vômito incontrolável.
Era confuso, era sincero. Dolorido, mas pro bem, e isso eu compreendo.
Num mar sem fim e profundo,
Ela desistiu de nadar. E eu entendo.
te amo...mãe!
5.19.2008
Pigarro
Sentou-se coitado!
Com o cigarro na mão esquerda,
Pigarriou e sentiu-se confortável,
Tão confortável que passaria a noite toda ali
escrevendo...
...escrevendo para nem ele mesmo ler.
(Adriano V)
Com o cigarro na mão esquerda,
Pigarriou e sentiu-se confortável,
Tão confortável que passaria a noite toda ali
escrevendo...
...escrevendo para nem ele mesmo ler.
(Adriano V)
5.15.2008
"Aos meus amigos" de Maria Adelaide do Amaral
Li esse livro há alguns anos, ainda era novo, gostei, só que assistindo os capítulos da minissérie global, fiquei instigado a ler novamente e quem sabe absorveria outros tipos de informações, afinal o menino cresceu e o tempo passou. E não deu outra, o livro vem me envolvendo a cada página, hoje é diferente. Vou deixar aqui um trecho do livro que eu gosto bastante.
"- Sinto saudade do tempo em que a gente era amigo.
- Eu também. Tenho saudade das piadas idiotas, da vida de todos passada a limpo, daquela espécie de adolescência revivida do afeto que nos unia, da família que éramos. Quando nos separamos, eu perdi a família. Nós temos que ficar juntos. Nós, que apesar de todas as diferenças nos queremos tanto, por tudo o que vivemos, pela cumplicidade que muitas vezes não é verbal, mas que se expressa na nossa afetividade, na agressão, no carinho que temos uns pelos outros, que é o carinho pela nossa juventude, nós não podemos romper, nos afastar.
- Que grande teatro! O que será que o Leo diria de tudo isso?"
Aos meus lindos amigos, um grande beijo no coração.
"- Sinto saudade do tempo em que a gente era amigo.
- Eu também. Tenho saudade das piadas idiotas, da vida de todos passada a limpo, daquela espécie de adolescência revivida do afeto que nos unia, da família que éramos. Quando nos separamos, eu perdi a família. Nós temos que ficar juntos. Nós, que apesar de todas as diferenças nos queremos tanto, por tudo o que vivemos, pela cumplicidade que muitas vezes não é verbal, mas que se expressa na nossa afetividade, na agressão, no carinho que temos uns pelos outros, que é o carinho pela nossa juventude, nós não podemos romper, nos afastar.
- Que grande teatro! O que será que o Leo diria de tudo isso?"
Aos meus lindos amigos, um grande beijo no coração.
5.06.2008
ENQUETE
Nesta foto estou mesmo parecendo o Lenny, eu não acho, mas o que vale é a votação da maioria...OPINEM!
Apesar que se for parecido também, eu tô bem! rs
Apesar que se for parecido também, eu tô bem! rs
5.02.2008
Extinto
Quando te dei carinho, abrigo, afeto, não cobrei e muito menos pedi o mesmo em troca, esperava apenas que hoje você pudesse retribuir com algo que se chama: consideração. Imagino eu que não te conquistei, não conquistei pelo pouco que alguém pode ter. Não quero cobrar - odeio cobrar dinheiro, imagine amor - mas por que não me trata como a maioria? Isso não me diz que sou melhor, sou menos pra você, tão menos que me rebaixo a querer sentir um beijo seu no rosto - Será pedir demais? É claro que não.
Não se envergonhe e não tema, pois o sentimento que tinha por você mudou, mudou ao ponto de te querer em momentos comuns, tão comuns que nem sei se vale a pena. A cada atitude sua, é como se nesse balde chamado "amizade" tivesse um furo e cada atitude que me faça senti menor, escorresse, vazasse o líquido chamado "amor". Tome cuidado o balde está quase vazio, e quando a água secar, não haverá tornera para ser aberta - tenho comigo que não terá mesmo.
Me preserve, estou extinção.
Não se envergonhe e não tema, pois o sentimento que tinha por você mudou, mudou ao ponto de te querer em momentos comuns, tão comuns que nem sei se vale a pena. A cada atitude sua, é como se nesse balde chamado "amizade" tivesse um furo e cada atitude que me faça senti menor, escorresse, vazasse o líquido chamado "amor". Tome cuidado o balde está quase vazio, e quando a água secar, não haverá tornera para ser aberta - tenho comigo que não terá mesmo.
Me preserve, estou extinção.
4.30.2008
MINHA NOSSA
TEMPORADA PRORROGADA, AGORA AS QUINTAS E SEXTAS ÀS 21H NO ESPAÇO DOS SATYROS II ATÉ 30/05.
"Estou feliz por ter sido um sucesso na Virada Cultural..." (Comentário feito pela atriz Luh Quintans, integrante do espetáculo).
E eu concordo "Foi mesmo!"...
Agradeço aos amigos que compareçam dentre esses meses, aqueles que prestigiaram inúmeras vezes (né Hugo? né Madu? rs).
Beijo
Adriano Veríssimo
"Estou feliz por ter sido um sucesso na Virada Cultural..." (Comentário feito pela atriz Luh Quintans, integrante do espetáculo).
E eu concordo "Foi mesmo!"...
Agradeço aos amigos que compareçam dentre esses meses, aqueles que prestigiaram inúmeras vezes (né Hugo? né Madu? rs).
Beijo
Adriano Veríssimo
4.29.2008
Saliva
Antes eu pensava que AMAR, era sair de si, transpor algo inexplicável a alguém - transpirar ao ENCONTRAR, tremer ao beijar e sonhar, sonhar e SONHAR. Mas amor, é por si só suficiente para pôr saliva na boca e RITMAR o coração em leves toques, suaves e gostosos, fazendo de tudo isso uma LINDA CANÇÃO, com melodia, letra e sentimento.
4.18.2008
Vem aí...
Vem aí, com a Cia Teatral Panambi o espetáculo "VEM, ME AMA NESSE MAR" de Adriano Veríssimo.
Num momento conturbado onde o lúcido é mero reflexo da compreensão humana, que a LOUCURA MOMENTÂNEA faz a infelicidade eterna de um homem. O questionamento do amor e a EXPERIÊNCIA DE AMAR, são trocas sem fim da vida. A liberdade e o prisioneiro dão as mãos, onde a verdadeira prisão é a CONDENAÇÃO que se leva para o resto da vida. O proteger ANIMAL do homem para suas crias - a família que fala e cala ao mesmo tempo. O MAR SEM FIM, assim seria o amor de Deco para com Jana, se suas veias e ambições não houvessem trilhado seus caminhos.
“Vem, me ama nesse mar”, conta o fato com a ilusão, o ato e a manifestação, a junção do amor e ódio, o querer e o não poder apossam-se deste espetáculo. A vontade do grito trava-se na garganta, coça as amídalas, mas sem som o grito se condensa e apodrece o coração.
No elenco: Clara Nascimento, Madu Ferreira, Valdiney Ribeiro e Adriano Veríssimo.
Direção: Lilian Domingos.
"O PREÇO DA MORTE, É A TORTURA DE VIVER"
AGUARDEM!
Num momento conturbado onde o lúcido é mero reflexo da compreensão humana, que a LOUCURA MOMENTÂNEA faz a infelicidade eterna de um homem. O questionamento do amor e a EXPERIÊNCIA DE AMAR, são trocas sem fim da vida. A liberdade e o prisioneiro dão as mãos, onde a verdadeira prisão é a CONDENAÇÃO que se leva para o resto da vida. O proteger ANIMAL do homem para suas crias - a família que fala e cala ao mesmo tempo. O MAR SEM FIM, assim seria o amor de Deco para com Jana, se suas veias e ambições não houvessem trilhado seus caminhos.
“Vem, me ama nesse mar”, conta o fato com a ilusão, o ato e a manifestação, a junção do amor e ódio, o querer e o não poder apossam-se deste espetáculo. A vontade do grito trava-se na garganta, coça as amídalas, mas sem som o grito se condensa e apodrece o coração.
No elenco: Clara Nascimento, Madu Ferreira, Valdiney Ribeiro e Adriano Veríssimo.
Direção: Lilian Domingos.
"O PREÇO DA MORTE, É A TORTURA DE VIVER"
AGUARDEM!
4.14.2008
Sonhos...
A vida de ator é tão louca. Estamos em constante atenção, reparando os mínimos detalhes da senhora que atravessa a rua, o cantado do falar nordestino, o ritmo do gaúcho, a moleza do baiano e a forma folgada do carioca. Ator é tudo louco. E essa loucura é tão boa.
Estou numa jornada tranquila, terminando um temporada no Espaço dos Satyros, na qual aprendi muito e participando da Programação da Virada Cultural pela primeira vez, sinto-me realizado com isso. Com o "MINHA NOSSA" passamos pelas fazes de platéia cheia, vazia, com risos, com os rostos sérios. Tivemos aqueles dias onde a bruxa tava solta, ou que todos estão doentes, gripados. Aqueles dias que saímos satisfeitos, felizes, prontos para beber uma cerveja e comentar sobre tudo. Momentos "queridos amigos", ou aqueles "me deixem só", nos estressamos inúmeras vezes, mas nos divertimos, rimos, dançamos e cantamos - Ah! como cantamos nesse grupo (suspiro). O Nucleo Estep, passou por vários momentos, estamos completanto quase 01 ano de trabalho juntos, e hoje pra mim é díficil ficar sem algumas pessoas deste grupo. Estou feliz por terminar uma temporada difícil, mas que sem dúvida alguma aprendi muito. E também por ter oportunidades de conhecer: Paulinho Vilhena, Beto Bellini, Claudia Melo, Caio Blat, Julio Carrara. De ter na platéia: Chico Cabrera, Lázaro Ramos e grandes amigos.
Puxa, dá um apertinho no coração, saber que aquele menino, mirrado, nascido e morador da periferia, que sonhava conhecer o mundo e chegar lá, no meio de artistas, pode dizer com orgulho, mesmo não sendo famoso, EU SOU UM ARTISTA. Ufa! É bom realizar alguns sonhos - mas não acaba por aqui, tem tantos e tantos e tantos sonhos a se realizarem. Ainda contarei aqui cada um deles, afinal " O SONHO REFRIGERA A ALMA".
Obs. Ultimas semanas de apresentação do espetáculo MINHA NOSSA de Carlos Alberto Soffredini, direção: Renata Soffredini no ESPAÇO SATYROS II sextas e sábados a meia-noite. Ultima apresentação no sábado dia 26/04 na VIRADA CULTURAL - grátis.
Estou numa jornada tranquila, terminando um temporada no Espaço dos Satyros, na qual aprendi muito e participando da Programação da Virada Cultural pela primeira vez, sinto-me realizado com isso. Com o "MINHA NOSSA" passamos pelas fazes de platéia cheia, vazia, com risos, com os rostos sérios. Tivemos aqueles dias onde a bruxa tava solta, ou que todos estão doentes, gripados. Aqueles dias que saímos satisfeitos, felizes, prontos para beber uma cerveja e comentar sobre tudo. Momentos "queridos amigos", ou aqueles "me deixem só", nos estressamos inúmeras vezes, mas nos divertimos, rimos, dançamos e cantamos - Ah! como cantamos nesse grupo (suspiro). O Nucleo Estep, passou por vários momentos, estamos completanto quase 01 ano de trabalho juntos, e hoje pra mim é díficil ficar sem algumas pessoas deste grupo. Estou feliz por terminar uma temporada difícil, mas que sem dúvida alguma aprendi muito. E também por ter oportunidades de conhecer: Paulinho Vilhena, Beto Bellini, Claudia Melo, Caio Blat, Julio Carrara. De ter na platéia: Chico Cabrera, Lázaro Ramos e grandes amigos.
Puxa, dá um apertinho no coração, saber que aquele menino, mirrado, nascido e morador da periferia, que sonhava conhecer o mundo e chegar lá, no meio de artistas, pode dizer com orgulho, mesmo não sendo famoso, EU SOU UM ARTISTA. Ufa! É bom realizar alguns sonhos - mas não acaba por aqui, tem tantos e tantos e tantos sonhos a se realizarem. Ainda contarei aqui cada um deles, afinal " O SONHO REFRIGERA A ALMA".
Obs. Ultimas semanas de apresentação do espetáculo MINHA NOSSA de Carlos Alberto Soffredini, direção: Renata Soffredini no ESPAÇO SATYROS II sextas e sábados a meia-noite. Ultima apresentação no sábado dia 26/04 na VIRADA CULTURAL - grátis.
4.01.2008
Na ativa novamente...
Esses tempos...
Peguei-me em momentos involuntários, desprevenido, encontrei um amor antigo, que não via a tanto tempo, tantas luas passadas, reencontrar causou-me oscilações, incessantes, no estômago. Não reatei esse amor, nem senti saudade, foi diferente, conversamos como antes, com olhares que podavam cada reação, mas foi bom, melhor ainda saber que não existem vestígios, apenas lembranças boas de quando éramos amigos. Lembrei do livro, hoje minissérie "Queridos Amigos", amizade forte, cúmplice de momentos e curtas histórias, únicas, que tenho certeza que também marcaram sua vida. Mesmo já passados alguns anos.
..........
Foram dias difíceis, de pura solidão. Pensar dói. Eu em meu quarto, já sem livros para ler, sem cigarros para acender e sem disposição para dormir. Mediano ao inconsciente prazer de fazer nada e o desespero da impossibilidade e incapacidade moral de enfrentar as pessoas, sim, aquelas pessoas que ficam perguntando, questionando um band-aid. Não queria responder e por isso me isolei, e pensei muito, tentei filtrar meu coração. Notei o quanto sou egocêntrico e machuca descobrir isso, porém machuca ainda mais, sentir a falta de alguns "queridos", amigos, que também corriam com seus afazeres, mas eu não corria, estava parado, a mercê das horas que não passavam. Como é horrível não ter nada o que fazer. Tive um encontro comigo mesmo, e me reencontrar, foi duro, mas eu gostei.
............
Olhei aqueles olhinhos pequeninos, meio azulados e meio esverdeados, que sorriu de leve, que olhava pra mim, como enfeitiçada. Ela é linda. Eu beijava seu rostinho, e ela se mexia como quem não entendia. Peguei sua mãozinha fina, beijava e mordia com os dentes tapados com os lábios, ela ria e se mexia toda. Ela é linda, ela é meu bem precioso. Minha sobrinha, minha afilhada, o bebê mais lindo. Encontrei em mim um espírito, um amor, paternal. Isso é tão bom.
.............
Andei distraído. Acho que você passou, de relance, me beijou e eu não percebi. Ou não quis perceber. Sinto-me apreensivo, talvez por sua história. Quem sabe!?
............
Me chamam de puta! Não, não sou não. Só uns beijos, umas trepas e umas bolinações, nada mais. Até por que, "não cobro" (risos).
...........
Eu vi uma bunda esses dias que penso nela até hoje. Caralho! O que era aquilo!?
...........
Agora com Batmóvel! (Segura minha cueca aí caraiiii)
..........
Espera um pouco. Calma. Assim vai. Apaga a luz. Isso. Delícia......
...........
Estou bem! Graças a Deus! Estou comigo e isso é muito bom!
...........
O black tá crescendo!
Peguei-me em momentos involuntários, desprevenido, encontrei um amor antigo, que não via a tanto tempo, tantas luas passadas, reencontrar causou-me oscilações, incessantes, no estômago. Não reatei esse amor, nem senti saudade, foi diferente, conversamos como antes, com olhares que podavam cada reação, mas foi bom, melhor ainda saber que não existem vestígios, apenas lembranças boas de quando éramos amigos. Lembrei do livro, hoje minissérie "Queridos Amigos", amizade forte, cúmplice de momentos e curtas histórias, únicas, que tenho certeza que também marcaram sua vida. Mesmo já passados alguns anos.
..........
Foram dias difíceis, de pura solidão. Pensar dói. Eu em meu quarto, já sem livros para ler, sem cigarros para acender e sem disposição para dormir. Mediano ao inconsciente prazer de fazer nada e o desespero da impossibilidade e incapacidade moral de enfrentar as pessoas, sim, aquelas pessoas que ficam perguntando, questionando um band-aid. Não queria responder e por isso me isolei, e pensei muito, tentei filtrar meu coração. Notei o quanto sou egocêntrico e machuca descobrir isso, porém machuca ainda mais, sentir a falta de alguns "queridos", amigos, que também corriam com seus afazeres, mas eu não corria, estava parado, a mercê das horas que não passavam. Como é horrível não ter nada o que fazer. Tive um encontro comigo mesmo, e me reencontrar, foi duro, mas eu gostei.
............
Olhei aqueles olhinhos pequeninos, meio azulados e meio esverdeados, que sorriu de leve, que olhava pra mim, como enfeitiçada. Ela é linda. Eu beijava seu rostinho, e ela se mexia como quem não entendia. Peguei sua mãozinha fina, beijava e mordia com os dentes tapados com os lábios, ela ria e se mexia toda. Ela é linda, ela é meu bem precioso. Minha sobrinha, minha afilhada, o bebê mais lindo. Encontrei em mim um espírito, um amor, paternal. Isso é tão bom.
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Andei distraído. Acho que você passou, de relance, me beijou e eu não percebi. Ou não quis perceber. Sinto-me apreensivo, talvez por sua história. Quem sabe!?
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Me chamam de puta! Não, não sou não. Só uns beijos, umas trepas e umas bolinações, nada mais. Até por que, "não cobro" (risos).
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Eu vi uma bunda esses dias que penso nela até hoje. Caralho! O que era aquilo!?
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Agora com Batmóvel! (Segura minha cueca aí caraiiii)
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Espera um pouco. Calma. Assim vai. Apaga a luz. Isso. Delícia......
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Estou bem! Graças a Deus! Estou comigo e isso é muito bom!
...........
O black tá crescendo!
2.28.2008
A noite
A noite
Antes de chegar
passei ali
virei aqui
e nada de começar
Depois que chegar
pegarei aqui
beijarei ali
e nada de acabar
Quando começar
Sussurrarei
morderei assim
e nada de recuar
Após o suor
esfragarei assim
enxugarei
e então é só recomeçar
(Adriano Veríssimo)
Antes de chegar
passei ali
virei aqui
e nada de começar
Depois que chegar
pegarei aqui
beijarei ali
e nada de acabar
Quando começar
Sussurrarei
morderei assim
e nada de recuar
Após o suor
esfragarei assim
enxugarei
e então é só recomeçar
(Adriano Veríssimo)
2.20.2008
Eu aqui, de novo....
Estou em falta com meu canto, eu sei, mas é que a correria do dia-a-dia me impede um pouco de expor o que vem acontecendo em minha vida. Uma transformação, mais uma, melhor dizendo. Ando feliz. Com tudo e com o mínimo, venho aprendendo nessas ultimas semanas, aprendendo e aprendendo, e isso é tão bom.
Estou terminando de ler um livro, um livro que tem uma temática, um público, digo...específico, porém o conteúdo é de uma sensíbilidade, uma verdade, além de espírita, o livro tem uma linguagem cotidiana, o que aguça a leitura. Falo de "O preço de ser diferente" de Mônica de Castro. O livro não é pequeno e nem grande, tem trezentas e cinquenta páginas, e não tem como parar para ler e não ler pelo menos cinquenta delas. Confesso que chorei, no começo e no meio, ainda não terminei. A história de Romero, é comovente. Não vou falar muito, espero que tenham a oportunidade de lerem esse livro, e saibam que o "preconceito é a peste da humanidade".
A musica que ouço neste momento: "No One" da Alicia Keys.
Quero dizer algumas coisas para algumas pessoas, que pensei muito nesses ultimos dias, sendo que muitas delas não tenho falado frequentemente, mas mesmo assim são importantes a mim. Digo:
Hugo - Corre, o tempo é agora. Alça seu vôo, tenta de novo e nada contra a corrente. E se lhe faltar o ar, lembre-se de amar. Amor é oxigênio. E lembre-se: ESTRADA, não tem fim, uma estrada acaba sempre em outra estrada.
Filipe - Põe um pouco de mel no teu sorriso, como se morde a polpa de uma fruta. Saia um dia caminhando pela estrada como quem não quer chegar, só caminhar. Se encontrar um rio, se joga dentro dele como se o corpo fosse feito de água fresca. E se a vida doer dentro de ti, deixe que rebente.
Val - Alguém cegou-se por minutos, e por minutos não viu o que passou diante de seus olhos. Uma luz se aproximou, um anjo talvez, que lhe trouxe a visão, a felicidade e o prazer de enxergar que tanto de lhe fazia e lhe faz bem. Quem sabe, talvez, um anjo, negro...E desde então a luz tem um dever, não se apagar, jamais.
Carol - A flor trás espinhos, e não deixa de ser bela por isso. Ela machuca aquele que a trata com agressividade, mas mesmo assim enfeita o ambiente. Ela murcha se não cuidada, morre se não amada e quem ousa despetá-la por um jogo qualquer de bem-me-quer, jamais saberá o valor dela para um florista. Assim é a vida.
Noemi - Palavras duras não são bem recebidas normalmente. Cada um tem o que merece ter. E para cada qual existe o começo e o término de um ciclo. Não queira sair por aí vagando, como uma folha sem rumo, pois mesmo a folha tem um motivo onde chegar. E pense: não há mais passos, se a musica parou de tocar. Para tudo há uma missão, e a missão pede tempo....agora.
Madú - Desperta da primavera, que o verão está próximo. As ondas não batem na praia, sem antes passar pelos tremores do oceano. O coração pulsa saudoso e alarga o anseio do riso intenso e belo que a porta está.
Murillo - Conte as horas como segundos, os dias podem parecer longos, mas são eles conta gotas de uma vida de magnitude que ainda está por vir e surpreender os teus caminhos.
Charles - Sorria, quando a vontade é chorar. Faça o contrário do que sente, nem tudo é tão aparente e nem presente quanto os olhos mentem em ver.
Rafael - Seja neste momento o vento e não uma fagulha solta no ar. Tome a vida com a mão, seja ela sua e não contrário.
Mayara - Olhe, repare, não deixe passar. Momentos são únicos.
Ana Paula - Seus passos não são os pulsos do teu coração. Não faça de seus batimentos cardíacos o movimento de seus caminhos.
Não sei por que disse isso, e pra essas pessoas, mas quis dizer e está aí.
...........................
Teatro
* Ainda estou em temporada no Satyros II, toda sexta e sábado a meia-noite, espero vocês por lá.
* Assisti o espetáculo Vestido de Noiva dos Satyros, mesmo gostando do trabalho deles, há anos, esse me faltou algo, me faltou verdade.
* Vi também "Simpatia" com a Leandra Leal e Xuxa Lopes. Neste espetáculo uma atriz me surpreendeu, uma ruivinha, não sei o nome dela, assim que souber conto como foi. Ela é ótima.
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Aniversário
Quero desejar meus mais imenso PARABÉNS para meus Corações "Madú e Denise", essas pessoinhas que amo muito e desejo tudo de melhor nessa vida.
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Queria agradecer...Fê, obrigado pela tua existência em minha vida...te amo!
..........................
Cicero, meu querido, saudade de ti! Imensa saudade!
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Edinho ainda precisamos nos falar sobre o musical, sei que estou em falta contigo. Perdoe-me! Vamos nos falar...
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Acho que é só...
Beijo
Adriano
Estou terminando de ler um livro, um livro que tem uma temática, um público, digo...específico, porém o conteúdo é de uma sensíbilidade, uma verdade, além de espírita, o livro tem uma linguagem cotidiana, o que aguça a leitura. Falo de "O preço de ser diferente" de Mônica de Castro. O livro não é pequeno e nem grande, tem trezentas e cinquenta páginas, e não tem como parar para ler e não ler pelo menos cinquenta delas. Confesso que chorei, no começo e no meio, ainda não terminei. A história de Romero, é comovente. Não vou falar muito, espero que tenham a oportunidade de lerem esse livro, e saibam que o "preconceito é a peste da humanidade".
A musica que ouço neste momento: "No One" da Alicia Keys.
Quero dizer algumas coisas para algumas pessoas, que pensei muito nesses ultimos dias, sendo que muitas delas não tenho falado frequentemente, mas mesmo assim são importantes a mim. Digo:
Hugo - Corre, o tempo é agora. Alça seu vôo, tenta de novo e nada contra a corrente. E se lhe faltar o ar, lembre-se de amar. Amor é oxigênio. E lembre-se: ESTRADA, não tem fim, uma estrada acaba sempre em outra estrada.
Filipe - Põe um pouco de mel no teu sorriso, como se morde a polpa de uma fruta. Saia um dia caminhando pela estrada como quem não quer chegar, só caminhar. Se encontrar um rio, se joga dentro dele como se o corpo fosse feito de água fresca. E se a vida doer dentro de ti, deixe que rebente.
Val - Alguém cegou-se por minutos, e por minutos não viu o que passou diante de seus olhos. Uma luz se aproximou, um anjo talvez, que lhe trouxe a visão, a felicidade e o prazer de enxergar que tanto de lhe fazia e lhe faz bem. Quem sabe, talvez, um anjo, negro...E desde então a luz tem um dever, não se apagar, jamais.
Carol - A flor trás espinhos, e não deixa de ser bela por isso. Ela machuca aquele que a trata com agressividade, mas mesmo assim enfeita o ambiente. Ela murcha se não cuidada, morre se não amada e quem ousa despetá-la por um jogo qualquer de bem-me-quer, jamais saberá o valor dela para um florista. Assim é a vida.
Noemi - Palavras duras não são bem recebidas normalmente. Cada um tem o que merece ter. E para cada qual existe o começo e o término de um ciclo. Não queira sair por aí vagando, como uma folha sem rumo, pois mesmo a folha tem um motivo onde chegar. E pense: não há mais passos, se a musica parou de tocar. Para tudo há uma missão, e a missão pede tempo....agora.
Madú - Desperta da primavera, que o verão está próximo. As ondas não batem na praia, sem antes passar pelos tremores do oceano. O coração pulsa saudoso e alarga o anseio do riso intenso e belo que a porta está.
Murillo - Conte as horas como segundos, os dias podem parecer longos, mas são eles conta gotas de uma vida de magnitude que ainda está por vir e surpreender os teus caminhos.
Charles - Sorria, quando a vontade é chorar. Faça o contrário do que sente, nem tudo é tão aparente e nem presente quanto os olhos mentem em ver.
Rafael - Seja neste momento o vento e não uma fagulha solta no ar. Tome a vida com a mão, seja ela sua e não contrário.
Mayara - Olhe, repare, não deixe passar. Momentos são únicos.
Ana Paula - Seus passos não são os pulsos do teu coração. Não faça de seus batimentos cardíacos o movimento de seus caminhos.
Não sei por que disse isso, e pra essas pessoas, mas quis dizer e está aí.
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Teatro
* Ainda estou em temporada no Satyros II, toda sexta e sábado a meia-noite, espero vocês por lá.
* Assisti o espetáculo Vestido de Noiva dos Satyros, mesmo gostando do trabalho deles, há anos, esse me faltou algo, me faltou verdade.
* Vi também "Simpatia" com a Leandra Leal e Xuxa Lopes. Neste espetáculo uma atriz me surpreendeu, uma ruivinha, não sei o nome dela, assim que souber conto como foi. Ela é ótima.
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Aniversário
Quero desejar meus mais imenso PARABÉNS para meus Corações "Madú e Denise", essas pessoinhas que amo muito e desejo tudo de melhor nessa vida.
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Queria agradecer...Fê, obrigado pela tua existência em minha vida...te amo!
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Cicero, meu querido, saudade de ti! Imensa saudade!
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Edinho ainda precisamos nos falar sobre o musical, sei que estou em falta contigo. Perdoe-me! Vamos nos falar...
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Acho que é só...
Beijo
Adriano
2.12.2008
Sonho Impossível
Sonho Impossível
Maria Bethânia
Composição: Chico Buarque e Ruy Guerra
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Maria Bethânia
Composição: Chico Buarque e Ruy Guerra
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
2.01.2008
Por onde anda?
Eu tenho as mãos e os pés atados dentro de mim, qualquer movimento em falso leva-me a crer que sou o que posso e o que posso ser, exito. Tenho luz nos ouvidos e sons na boca que mesmo diante do semblante que me trago faço do homem um reflexo meu, uma noite oculta, de guizos distantes. Passo posto a frente, desejo de corrida, mas vejo nela a falta que faço, nos dias sem fim e sem volta. Uno minhas lembranças, e os nossos abraços de criança, que ficaram escritos em nossos cadernos coloridos. Escola de um dia serem bons amigos, se assim tiver que ser, onde anda você? Que aos poucos se foi e a anos não vejo. Não lembro seu nome, era Andréia, Liliana, Maitê ou Mariana? Tanto faz, adorava ter nomes artísticos. As confissões de crianças adultas, os desejos irrustidos de moleques atrevidos, que com cartas eram expressadas e lidas em céu aberto no parque e na praça. Vanglória minha te ter por um minuto, por um segundo nesses tempos bons de pirulitos voadores, pelo que hoje me esqueço das coreografias que fazíamos, dos beijos de novela de suspirávamos e das brigas que nunca tivemos.
Quieta, lúdica, inteligente, sonhava em ver o mar, dizia nunca amar, pois o amor era para loucos, sim, loucos, e não éramos loucos, éramos leitores de gibis, de livros espíritas, mesmo não entendendo, sabíamos que estivemos juntos em outras vidas. Paciência, balões, verdade, o aniversário que não passamos juntos e o choro da mudança. Tudo se faz hoje distante, minguante, puras lembranças das mais puras aventuras de criança, dos sopros nos machucados meus, dos olhos cruzados nos sermões dos pais seus, das cantigas, das pimentas, dos cafés adocicados de sua avó e dos pés pretos de rua. Marica, Bolêro, Moleques. Foram os dias, as noites, as tardes, os dias inteiros, os pedaços deles. Pelo que não foram, serão e pelo os que serão, tristes somente, pois cadê você? que não vejo mais, que não me faz mais bem, nem mal. Cadê você? Menina Pica-pau.
[suspiro]
(homenagem a uma amiga que se foi e não sei se voltará, minha lembrança, seu apelido era Pica-pau. Meu desenho, animado)
Quieta, lúdica, inteligente, sonhava em ver o mar, dizia nunca amar, pois o amor era para loucos, sim, loucos, e não éramos loucos, éramos leitores de gibis, de livros espíritas, mesmo não entendendo, sabíamos que estivemos juntos em outras vidas. Paciência, balões, verdade, o aniversário que não passamos juntos e o choro da mudança. Tudo se faz hoje distante, minguante, puras lembranças das mais puras aventuras de criança, dos sopros nos machucados meus, dos olhos cruzados nos sermões dos pais seus, das cantigas, das pimentas, dos cafés adocicados de sua avó e dos pés pretos de rua. Marica, Bolêro, Moleques. Foram os dias, as noites, as tardes, os dias inteiros, os pedaços deles. Pelo que não foram, serão e pelo os que serão, tristes somente, pois cadê você? que não vejo mais, que não me faz mais bem, nem mal. Cadê você? Menina Pica-pau.
[suspiro]
(homenagem a uma amiga que se foi e não sei se voltará, minha lembrança, seu apelido era Pica-pau. Meu desenho, animado)
1.30.2008
Metade de Mim...
METADE
“Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito, não me tape os ouvidos e a boca, porque metade de mim é o que grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe, seja linda ainda que tristeza. Que as palavras que falo, não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro, seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito. Que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia, mas a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade.....também.”
(Oswaldo Montenegro)
“Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito, não me tape os ouvidos e a boca, porque metade de mim é o que grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe, seja linda ainda que tristeza. Que as palavras que falo, não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço e que essa tensão que me corrói por dentro, seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito. Que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia, mas a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade.....também.”
(Oswaldo Montenegro)
1.24.2008
Estou de volta aos palcos...
MINHA NOSSA de Carlos Alberto Soffredini.
A diretora Renata Soffredini, 45, reestréia a encenação de "Minha Nossa", peça do dramaturgo Carlos Alberto Soffredini (que morreu em 2001) no dia 25 de janeiro em São Paulo.
A peça estreou em dezembro em curta temporada, de apenas quatro apresentações, no Teatro dos Satyros 2. Agora, ela volta para ficar até o dia 26 de abril com apresentações às sextas e sábados.
O texto, segundo a diretora, não é um dos mais conhecidos do dramaturgo nascido em Santos.
"Mas eu gosto muito e acho que merece destaque. Também é uma forma de nos resguardar, de resgatar o trabalho do Soffredini...", disse a diretora.
"Eu também faço um teatro para público de teatro, para quem quer ver Soffredini, mas não tenho nada contra o público em geral", afirmou a diretora.
Com o trabalho, Renata Soffredini retoma a idéia do Grupo Estep --criado por seu pai, em 1985-- formado para o desenvolvimento de uma estética teatral popular, de circo-teatro, que o autor pesquisou na época em que estava à frente do grupo Mambembe.
A montagem atual de "Minha Nossa" é a terceira montagem do espetáculo, que parte de um fato real, acontecido na cidade de Aparecida (SP), no ano de 1978, quando um rapaz de 19 anos quebrou a imagem da padroeira do Brasil.
No elenco estão os atores: Adriano Veríssimo, Alex Morales, Fernanda Sanches, Ian Soffredini, Jefferson Coimbra, Luh Quintans, Marcos Barros, Marina Bastos, Regina Arruda, Silmara Garciah, Sílvio Giraldi e Soraia Revelino.
"Minha Nossa"
Quando: do dia 25 a 26 de abril, sexta-feira e sábado, às 24h
Onde: Espaço dos Satyros 2 (praça Roosevelt, 124 tel. 0/xx/11/3258-6345)
Quanto: R$ 20 (censura 14 anos)
(Matéria publicada na Folha de São Paulo -Ilustrada 10/01/08)
ESPERO VCS LÁ!
Beijo
Adriano Veríssimo
A diretora Renata Soffredini, 45, reestréia a encenação de "Minha Nossa", peça do dramaturgo Carlos Alberto Soffredini (que morreu em 2001) no dia 25 de janeiro em São Paulo.
A peça estreou em dezembro em curta temporada, de apenas quatro apresentações, no Teatro dos Satyros 2. Agora, ela volta para ficar até o dia 26 de abril com apresentações às sextas e sábados.
O texto, segundo a diretora, não é um dos mais conhecidos do dramaturgo nascido em Santos.
"Mas eu gosto muito e acho que merece destaque. Também é uma forma de nos resguardar, de resgatar o trabalho do Soffredini...", disse a diretora.
"Eu também faço um teatro para público de teatro, para quem quer ver Soffredini, mas não tenho nada contra o público em geral", afirmou a diretora.
Com o trabalho, Renata Soffredini retoma a idéia do Grupo Estep --criado por seu pai, em 1985-- formado para o desenvolvimento de uma estética teatral popular, de circo-teatro, que o autor pesquisou na época em que estava à frente do grupo Mambembe.
A montagem atual de "Minha Nossa" é a terceira montagem do espetáculo, que parte de um fato real, acontecido na cidade de Aparecida (SP), no ano de 1978, quando um rapaz de 19 anos quebrou a imagem da padroeira do Brasil.
No elenco estão os atores: Adriano Veríssimo, Alex Morales, Fernanda Sanches, Ian Soffredini, Jefferson Coimbra, Luh Quintans, Marcos Barros, Marina Bastos, Regina Arruda, Silmara Garciah, Sílvio Giraldi e Soraia Revelino.
"Minha Nossa"
Quando: do dia 25 a 26 de abril, sexta-feira e sábado, às 24h
Onde: Espaço dos Satyros 2 (praça Roosevelt, 124 tel. 0/xx/11/3258-6345)
Quanto: R$ 20 (censura 14 anos)
(Matéria publicada na Folha de São Paulo -Ilustrada 10/01/08)
ESPERO VCS LÁ!
Beijo
Adriano Veríssimo
1.12.2008
Bolha
Ele acordou era quase meio-dia, com a cabeça pesada, com olhos inchados e olheiras saltadas. Locomoveu-se lentamente até o banheiro, olhou para o espelho e reparou seu cabelos desdrenhados, lavou o rosto , escovou os dentes, trocou a samba-canção por uma bermuda vermelha com respingos de tinta e sua camisa de academia que comprou na época que ainda malhava. Acendeu um cigarro, mesmo antes de ir pra casa de cima tomar o café. Parou na varanda de frente ao lago, colocou seus óculos escuros, pois o sol estava forte, e o seu corpo pouco ardendo da tarde de sol do dia anterior. Tomou um café nada convencional, com algumas uvas, yogurte, pão e peito de peru. Não pensava em nada, e quando abria a boca para dar bom dia, parecia que tinha engolido um urso, voz grave e meio baixa.
Apanhou seu protetor solar, seu cigarro, um caderno e um lápis que encontrou no canto da mesa. Descendo as escadas a caminho da piscina, sentiu-se lezado, tudo estava lento, parecia que o baseado da noite anterior, o Martini, as caipirinhas e as cervejas, ainda faziam efeito. Sentou na beira da piscina, colocou os pés dentro d´agua, e não pensava em nada, exatamente nada. Admirou as árvores em volta da piscina, que deixava cair algumas folhas, reparou no movimento das nuvens, e sentiu um arrepio, talvez pelo ventinho que batia, ou pela água, ainda um pouco gelada. Neste momento pensou nele, teve saudade, saudade sabe lá do quê, customizou como um jeans o sentimento que ainda sentia, e não via mesma beleza, nem mesmo enfeitado. Queria que ele estivesse ali, do lado dele, sentado, com os pés dentro d´agua, mas ele estava longe, longe em tudo.
Pegou o caderno e escreveu "Amor meu, partes agora que já não vejo mais em ti beleza que me atraia. Tentei enquanto pude. Partes agora e meu anjo não mais será, decido seguir enfrente, meu amor, meu momento rápido, intenso. Anjo, vai, e embeleze outro céu, não mais o meu."
Dobrou o pedaço de papel em algumas partes, olhou, reolhou, e foi para o lago. Parou a beira d´agua, respirou profundamente, e rasgou o papel em pedaços minúsculos. E os peixes em bolhas de ar vinham pegar os pedacinhos, os pedacinhos de um amor contrito, e ele observava os peixes, e ele observava as bolhas, e ele percebeu que a falta de tudo foi ar. Ele precisava respirar.
(Adriano Veríssimo 08/01/08 - baseado numa conversa com um amigo)
Apanhou seu protetor solar, seu cigarro, um caderno e um lápis que encontrou no canto da mesa. Descendo as escadas a caminho da piscina, sentiu-se lezado, tudo estava lento, parecia que o baseado da noite anterior, o Martini, as caipirinhas e as cervejas, ainda faziam efeito. Sentou na beira da piscina, colocou os pés dentro d´agua, e não pensava em nada, exatamente nada. Admirou as árvores em volta da piscina, que deixava cair algumas folhas, reparou no movimento das nuvens, e sentiu um arrepio, talvez pelo ventinho que batia, ou pela água, ainda um pouco gelada. Neste momento pensou nele, teve saudade, saudade sabe lá do quê, customizou como um jeans o sentimento que ainda sentia, e não via mesma beleza, nem mesmo enfeitado. Queria que ele estivesse ali, do lado dele, sentado, com os pés dentro d´agua, mas ele estava longe, longe em tudo.
Pegou o caderno e escreveu "Amor meu, partes agora que já não vejo mais em ti beleza que me atraia. Tentei enquanto pude. Partes agora e meu anjo não mais será, decido seguir enfrente, meu amor, meu momento rápido, intenso. Anjo, vai, e embeleze outro céu, não mais o meu."
Dobrou o pedaço de papel em algumas partes, olhou, reolhou, e foi para o lago. Parou a beira d´agua, respirou profundamente, e rasgou o papel em pedaços minúsculos. E os peixes em bolhas de ar vinham pegar os pedacinhos, os pedacinhos de um amor contrito, e ele observava os peixes, e ele observava as bolhas, e ele percebeu que a falta de tudo foi ar. Ele precisava respirar.
(Adriano Veríssimo 08/01/08 - baseado numa conversa com um amigo)
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